Notícias representação
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Com investimento previsto de R$ 809 milhões, o governo promete construir terminais de passageiros em quatro portos marítimos e fazer importantes reformas em outros dois, até o fim de 2013. Todas as obras deverão começar em cinco meses, no máximo, segundo estabelece o cronograma oficial. A intenção, além de criar 45 mil leitos temporários durante a Copa do Mundo de futebol de 2014 e reforçar o sistema hoteleiro, é ajudar no processo de reurbanização das áreas portuárias das cidades.
Obras - Seis cidades passarão por obras. Salvador, Recife, Fortaleza e Natal ganharão terminais - hoje, não existe uma única estrutura adequada para receber passageiros em toda a região Nordeste. Em Santos, o cais será realinhado. No Rio, um píer em formato de Y será construído e terá seis berços exclusivos para a atracação de navios de passageiros. Atualmente, existem apenas duas posições para atracação, mas elas são compartilhadas por cruzeiros e grandes embarcações de cargas.
Rio - "Era um projeto para a Olimpíada, mas resolvemos antecipá-lo para a Copa do Mundo", explica Leônidas Cristino, referindo-se às obras no Rio. Nas cidades onde não houver berços exclusivos, o compartilhamento de posições poderá ocorrer, principalmente na baixa temporada, mas "os navios de passageiros terão prioridade" para a atracação.
Licença ambiental - À exceção do porto de Mucuripe, em Fortaleza, cujo projeto inclui uma linha de VLT (veículo leve sobre trilhos) com estação próxima ao terminal de passageiros, todas as obras já obtiveram licença ambiental prévia e estão com licitações em curso. Além das seis cidades, o governo prevê construir ainda um terminal fluvial em Manaus, sob a responsabilidade do Ministério dos Transportes e com investimentos previstos de R$ 89 milhões.
Santos - No maior porto do país, o de Santos, a capacidade de receber turistas mais do que duplicará com os investimentos. Na última temporada, o porto registrou o embarque e desembarque de 1,1 milhão de passageiros, com crescimento de 30% na comparação com o período anterior. Com as obras concluídas, até o fim de junho de 2013, Santos poderá receber 2,5 milhões de pessoas por temporada.
Complicações - Apesar do otimismo do governo em ter as obras prontas em menos de dois anos, algumas complicações podem frustrar as expectativas, se não forem contornadas. Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) paralisou a licitação para as obras do píer carioca, alegando indícios de irregularidades. A concorrência estava prevista para este mês. Para o TCU, há suspeita de sobrepreço de R$ 45 milhões. O tribunal pediu correções no edital para liberá-lo.
Estrutura caótica - Para a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), os portos têm hoje uma estrutura "caótica" e "à base de improvisos" para receber os passageiros. Nos portos do Nordeste, segundo Márcia Leite, coordenadora de infraestrutura da entidade, os turistas desembarcam literalmente entre contêineres. "Por isso, recebemos com grande alegria as informações sobre esses projetos", afirmou.
Falta de discussão com o setor - Márcia diz que lamenta o fato de que, com exceção de Salvador, nenhum dos projetos foi discutido com o setor. Mesmo assim, ela ressalta que não há evidências de que as reformas nos portos vão passar pelos atrasos que estão sendo verificados nos aeroportos. "Será um grande legado da Copa", afirma.
Redução - As limitações de infraestrutura fizeram as operadoras de cruzeiros marítimos diminuir, pela primeira vez em vários anos, o número de navios na costa brasileira durante a próxima temporada. Serão 17 navios, segundo a Abremar, três a menos do que na alta temporada de 2010/2011.
Preocupações - Apesar dos elogios aos planos do governo, a associação tem duas preocupações envolvendo esses projetos. A primeira é sobre o que ocorrerá durante o período de obras, especialmente com os acessos às zonas portuárias. Márcia lembra que cada grande cruzeiro que atraca em Salvador, por exemplo, gera uma demanda de 20 ônibus lotados de turistas para conhecer a cidade. O temor é de que haja dificuldades com estacionamento, acesso viário e conforto até o torneio esportivo.
Tarifas - Para depois da Copa do Mundo de 2014, a grande preocupação é com o nível de tarifas que serão cobradas para movimentos de manobras (praticagem), atracação e permanência. As duas últimas taxas são livres e teme-se uma espécie de "tarifaço". "Já existem terminais contando com a recuperação dos investimentos, o que é justo, mas isso não pode ocorrer no curto prazo", avalia Márcia.
Custo alto - Se isso acontecer, segundo a executiva da Abremar, os gargalos de infraestrutura podem ser resolvidos, mas o crescimento do setor ficará limitado pelo alto custo de operar no Brasil. "Dependendo do que ocorrer, poderemos ter mais terminais, mas menos navios de passageiros."
Estudo - Um estudo feito recentemente pela associação demonstrou que as taxas de embarque e desembarque de passageiros em Santos são 398% maiores do que as cobradas no porto de Civitavecchia (Itália), 266% superiores às de Túnis (Tunísia) e 190% acima das de Barcelona (Espanha). No caso da praticagem, serviço obrigatório na maioria dos portos, que prevê auxílio de profissionais aos comandantes para manobras dos navios, a tarifa por manobra chega a R$ 18.952, a R$ 16.754 na Ilhabela (SP) e a R$ 10.014 no Rio de Janeiro. O valor de Santos é 2.979% mais alto do que o registrado em Port Said (Egito), 1.117% mais alto do que em Santorini (Grécia) e 670% mais alto do que em Montevidéu (Uruguai). Os portos brasileiros ainda cobram taxas maiores para outros serviços, como bagagem e reabastecimento de água. "Os custos são muito elevados e não favorecem o aumento dos cruzeiros", diz Márcia. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Está sendo realizada, nesta sexta-feira (30/09), em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, a primeira conferência macrorregional do Trabalho e Emprego Decente. O encontro, promovido pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, com apoio da Superintendência Regional do Paraná do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), abre o ciclo dos encontros regionais preparatórios para a I Conferência Estadual, que será realizada em Curitiba, nos dias 25 e 26 de novembro. A Fecoopar e o Sincoopar Sudoeste estão participando com uma delegação de representantes em Pato Branco. Segundo o superintendente da Fecoopar, Nelson Costa, o objetivo é discutir regionalmente as propostas de modificações nas leis do trabalho para depois apresentá-las na Conferência Nacional que acontecerá em Brasília, no mês de maio de 2012.
Encontros - Serão realizados seis encontros em cidades pólo de todas as regiões do Paraná para debater o trabalho decente e eleger delegados para as conferências estadual e nacional. Outras quatro conferências regionais acontecem no mês de outubro: em Cascavel (07/10) Maringá (20/10) Londrina (21/10), Curitiba (27/10) e Ponta Grossa(28/10). A conferência vai eleger os 500 delegados que representarão os órgãos governamentais, entidades de empregadores e entidades de trabalhadores no encontro estadual e na conferência nacional, a ser realizada em 2012, em Brasília.
Passo decisivo - Para o Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no Paraná, Neivo Beraldin, a iniciativa do MTE em promover um debate nacional sobre o trabalho decente é um passo decisivo para formular uma política nacional, como parte da estratégia de erradicação da extrema pobreza até 2014. “Esse é um grande desafio porque, infelizmente, no Brasil, ainda há trabalhadores em condição análoga à escravidão, que trabalham em condições subumanas. Apenas no ano de 2010, em 309 operações, o Ministério do Trabalho resgatou 2.628 trabalhadores em condição análoga à escravidão. No Paraná, 120 trabalhadores foram resgatados e 325 autos de infração foram lavrados. Ainda há muito o que fazer para assegurar que todos os brasileiros tenham um trabalho digno- exercido em condições de liberdade, segurança, equidade e adequadamente remunerado”, diz Neivo Beraldin.
Eixos temáticos - Todas as conferências macrorregionais debaterão os eixos temáticos Princípios e direitos fundamentais no trabalho; Proteção social; Trabalho e emprego; Fortalecimento do tripatismo e do diálogo social como instrumento de governabilidade democrática. (Com informações do Jornal União)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As novas cultivares de soja e trigo CD e o projeto Intacta RR2 PRO foram os principais assuntos da reunião realizada nesta semana, na Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec, em Cascavel, Oeste do Estado O evento envolveu empresas e cooperativas licenciadas da Coodetec. Durante a reunião também ocorreu a revisão do contrato de licenciamento para as próximas safras.
Mercado de sementes - O diretor executivo da Coodetec, Ivo Carraro, abriu a reunião, propondo uma discussão entre os licenciados. Ele destacou o mercado de sementes de soja. “A Coodetec passa por uma correção de rumo, seguindo preferências dos agricultores, que buscam plantas eretas, com crescimento indeterminado, ciclo curto, que permitam plantio antecipado e ainda possuam resistência ao acamamento. Vamos renovar e os licenciados são nossos parceiros. Vamos reforçar a pesquisa nacional.”
Discussão em grupos - Após apresentação, Carraro lançou algumas perguntas aos participantes. Os licenciados discutiram, em pequenos grupos, sobre as demandas do campo e o relacionamento com a Coodetec. Marcos Antonio Trintinalha, da Cocari (Mandaguari/PR), assim como outros participantes, destacou alguns pontos fortes da Cooperativa Central. “A Coodetec está a frente de outros obtentores pela abertura para discussão. Está muito próxima de nós e possui uma equipe técnica sempre presente no campo. Além disso, é uma empresa bastante atuante no combate a pirataria de sementes.” Outro fator que foi destacado pelos licenciados, como ponto forte da Coodetec, é a sua origem. “É uma empresa nacional”, argumentaram.
Novas cultivares - Os licenciados também conheceram as novas cultivares que estarão disponíveis nas próximas safras. Entre as novidades em trigo, estão variedades do tipo pão e melhorador, com características que agradam os produtores. “São trigos com ciclo e porte bons, boa tolerância a doenças e acamamento e de alto potencial produtivo”, informou o gerente comercial Sul da Coodetec, Marcelo da Costa Rodrigues.
Soja - Os licenciados também receberam informações sobre as novas cultivares de soja. “Além do alto potencial produtivo, ciclo precoce e crescimento indeterminado, as novas variedades de soja Coodetec apresentarão mudanças no nome. Estas sementes estarão entre as mais produtivas do mercado e competirão com as mais procuradas pelo agricultor”, destacou Rodrigues.
INTACTA RR2 PRO - A expectativa é de que a China e a União Européia autorizem a importação da nova soja, com a tecnologia INTACTA RR2 PRO, ainda no primeiro semestre de 2012. Por isso, a Coodetec já está bastante adiantada na pesquisa e desenvolvimento de novas cultivares. O gerente da divisão de pesquisa da Cooperativa, Ivan Schuster, afirma que a expectativa para a liberação e lançamento das novas variedades é grande. “Enquanto não houver autorização para importação, por parte desses dois mercados consumidores, não podemos cultivar comercialmente a nova tecnologia. Mas acreditamos que em 2012 o Brasil estará liberado para produzir comercialmente a soja INTACTA RR2 PRO”, explicou. No Brasil, a aprovação para o plantio ocorreu em agosto de 2010.
Poder 3 em 1 - A INTACTA RR2 PRO garante à soja o poder 3 em 1. INTACTA se refere à resistência às principais lagartas, RR2 indica tolerância ao glifosato e PRO remete ao aumento de produtividade. Segundo Ivan Schuster, a Coodetec possui alguns critérios de seleção desta nova tecnologia. “Estamos focando precocidade, antecipação de plantio, ciclo indeterminado e alta produtividade. Se não houver pelo menos 10% de produtividade acima das testemunhas, em pelo menos 70% dos locais de avaliação, a soja não avança.”
Ainda de acordo com Ivan, um dos objetivos da mudança da Coodetec, que inclui alteração na nomenclatura de cultivares, é a marcação de um novo ciclo. “É a nova fase do portfólio Coodetec.”
Percepção do licenciado - Para Fabio da Silva Polo, da empresa Sementes ASP (Santo Augusto/RS), a reunião entre licenciados e Coodetec traz resultados positivos. “O diálogo fica mais próximo e claro e podemos tirar dúvidas, saber qual o caminho que a Coodetec vai seguir nas próximas safras. Somos parceiros da Coodetec, principalmente pela independência genética e por nos manter representados no concorrido mercado de sementes.” (Imprensa Coodetec)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), de forma a se manter atualizado sobre as discussões e novidades que envolvem a regulamentação da Lei 10.097/2000 (a Lei do Aprendiz) está em constante processo de busca por informações e debates sobre o tema. Na quarta-feira (28/09), a analista de Formação e Qualificação Profissional Edlane Melo, participou da conferência “Regulamentação da Lei do Aprendiz”, promovida pela Academia de Desenvolvimento Profissional e Organizacional, na cidade de São Paulo (SP).
Temas - Os palestrantes abordaram temas como as implicações da lei na contratação de aprendizes, o papel dos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente (CMDCA) e a operacionalização dos programas de aprendizagem em algumas qualificadoras do Sistema S, como o Senac e o Senai. “O ponto positivo deste evento foi a oportunidade de participação dos presentes, que enriqueceram a conferência com suas experiências. Foram apresentados casos de sucesso, de superação de dificuldades de alguns dos participantes, que fazem parte de diversos setores da economia.”, ressaltou a analista.
Unidades - Além da unidade nacional do Sescoop, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará também enviaram técnicos para participar da conferência. “O objetivo é manter sempre atualizados os profissionais que atuam nas áreas de formação e aprendizagem”, destacou Edlane.
Sobre a lei - A Lei da Aprendizagem, aprovada em 2000 e regulamentada em 2005 pelo Decreto nº 5,598 determina que toda empresa de grande e médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes em seu quadro de pessoal. Ela veio para facilitar o ingresso do jovem no mundo do trabalho, permitindo sua formação profissional e desenvolvimento pessoal. É considerado aprendiz o maior de quatorze anos e menor de vinte e quatro anos, que celebra contrato de aprendizagem e esteja inscrito em programa específico para este fim. Sendo que para o aprendiz portador de deficiência, a idade máxima prevista em lei não se aplica.
Disposições - A Lei 10.097, de 19 de dezembro de 2000, explicita disposições da Constituição Federal Brasileira, do Estatuto da Criança e do jovem - ECA e altera a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, de 1943, dando nova regulamentação à aprendizagem. (Informe OCB)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes (foto), será a o palestrante do próximo Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio, promovido pela Gazeta do Povo. Ele vai discorrer sobre os desafios da pesquisa nacional no ambiente competitivo e globalizado em que se insere o setor. O evento será no dia 10 de outubro no auditório da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba, a partir das 14h30.
Painel - Depois da palestra de Arraes, representantes de instituições corporativas e de pesquisa (Embrapa, Iapar, Coodetec, Fundação Meridional, Apasem) vão debater sobre o tema. O mediador será Florindo Dalberto, presidente do Iapar. O encontro vai dar continuidade às discussões abertas na última edição do Ciclo de Palestras, em Londrina, em que ficou evidente a necessidade de o setor reagir de forma organizada para atender às necessidades de inovação do agronegócio brasileiro. Faça inscrição repassando seu nome e contato pelo e-mail
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. e aguarde confirmação. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
As commodities agrícolas tiveram em setembro, até o fechamento desta quinta-feira (29/09), o pior desempenho desde o ápice de crise financeira detonada pela quebra do banco Lehman Brothers, em 2008. Segundo o Valor Data, os contratos futuros de segunda posição - geralmente, os de maior liquidez - recuaram em sete dos dez mercados monitorados, considerando-se os preços médios praticados. Na bolsa de Chicago, o trigo registrou a maior queda média mensal (-4,23%), seguido por milho (-2,54%), farelo (-2,10%) e soja (-0,94%). No mercado nova-iorquino, a maior queda foi a do cacau (-5,60%), acompanhada por açúcar (-4,23%) e suco de laranja (3,84%). Na contramão, tiveram ganhos os contratos de algodão (2,96%), café (0,99%) e óleo de soja (0,08%).
Médias mensais - Mas as médias mensais não captaram o tamanho do estrago provocado pelo recrudescimento da crise nos países desenvolvidos. Quando considerada a variação acumulada no mês, as perdas foram generalizadas, sendo que a maioria dos mercados agrícolas amargou perdas de dois dígitos.
Reação - Mesmo com a recuperação desta quinta, uma reação dos investidores à divulgação de notícias positivas na Europa e nos Estados Unidos, os contratos de milho acumulavam queda de 15,86%, os de soja, 14,84% e os de trigo, 13,36%. Em Nova York, o café registrava queda de 18,68%, acompanhada por açúcar e suco de laranja, que recuavam respectivamente 10,42% e 5,6% em setembro. O melhor desempenho foi o do algodão, que recuou apenas 3,39% desde o fechamento do dia 31 de agosto.
Dow Jones - O grupo de commodities agrícolas do índice Dow Jones-UBS, que monitora uma cesta de produtos alimentícios negociados nas bolsas internacionais, registrou queda de 15,2% - a maior desde outubro de 2008. Os produtos agrícolas caíram mais que a média das commodities. Em setembro, o índice CRB, que acompanha também matérias-primas metálicas e energéticas, caiu 10,69% - também neste caso, o maior recuo desde outubro de 2008.
Aversão - As commodities, como um todo, sofreram com a piora dos indicadores econômicos globais. Os sinais de recessão nas economias maduras e os temores de um calote soberano por parte da Grécia fizeram crescer a aversão dos investidores a ativos de risco. De acordo com o analista do Jefferies Bache, em Nova York, Vinícius Ito, fundos liquidaram quase 100 mil contratos futuros de soja, 50 mil de milho e 17 mil de trigo ao longo do mês.
Fatores sazonais - Segundo Ito, fatores sazonais também influenciaram a aposta contra os mercados agrícolas. "A colheita da safra de grãos nos Estados Unidos exerce uma pressão natural nesta época do ano. Além disso, o mercado havia exagerado na precificação dos problemas climáticos americanos e da demanda chinesa", avalia.
Desvalorização do real - A desvalorização do real frente o dólar também influenciou diretamente as commodities agrícolas. "O 'crash' da moeda brasileira mudou dramaticamente a estrutura de preços necessária para uma equação adequada de oferta e demanda para a maioria das commodities agrícolas nos Estados Unidos", afirma Shawn Hacket, presidente da Hackett Financial Advisors em um relatório enviado por e-mail. Ele lembra que o real é uma das moedas mais correlacionadas aos preços agrícolas internacionais. "Ainda há espaço para mais correções até que o novo regime de preços encontre um equilíbrio", alerta.
Melhor que 2008 - Contudo, analistas ainda rejeitam uma comparação com o cenário observado em 2008, após a quebra do Lehman Brothers. "Tudo ainda é muito incerto, mas a situação, embora muito grave, é melhor do que a de 2008. Havia então a expectativa real de um colapso do sistema financeiro, o que parece não haver agora", afirma Ito.
Nível de alavancagem menor - Rodrigo Costa, analista de mercado da Caturra Coffee Corporation, em Nova York, observa que o nível de alavancagem é muito menor do que nos meses que precederam a crise americana, razão pela qual não vê muito espaço para um grande volume de liquidações nos próximos meses. "Tudo vai depender do quão grave vai ser a recessão, de que forma vai atingir os Estados Unidos e se vamos ter a quebra de bancos nos países desenvolvidos. Mas é claro que, se tivermos novos surtos de aversão a risco, as commodities serão afetadas, principalmente pela via do câmbio".
Retomada - Ito acredita que os preços podem experimentar uma retomada no início de outubro, encerrado o período de ajuste nos portólios dos fundos de investimento. "No mercado da soja, os compradores veem a queda dos preços como uma oportunidade. Os fundamentos são positivos. Os estoques estão em níveis historicamente baixos, e há uma procura muito grande por parte da China e da União Europeia por soja e derivados", conta.
No vermelho - Com a queda deste mês, praticamente todas as mercadorias estão no vermelho em 2011. A exceção fica por conta do milho, que até ontem acumulava valorização de 1,18%. Nos 12 meses, porém, a maioria ainda contabiliza ganhos - destaque para o milho, com valorização de 26,71%, e o café, com 28,31%. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Ministério da Fazenda adotou nesta quinta-feira (29/09) mais uma medida protecionista para conter a importação de produtos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu que todas as linhas de crédito de investimentos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) só poderão ser usadas para importação de máquinas e equipamentos agrícolas que tiverem um mínimo de 60% de conteúdo nacional, como definido pelo BNDES e o Finame Agrícola.
Todos os financiamentos - O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, explicou que o governo avalia ampliar essa medida a todos os financiamentos com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional. "Essa medida visa, unicamente, fortalecer a produção nacional", disse Bittencourt. O precedente para a decisão foi aberto há duas semanas. Na ocasião, o governo elevou em 30 pontos percentuais a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos com menos de 65% de conteúdo nacional.
Produtos nacionais - Com a mudança nos financiamentos para aquisições de máquinas e equipamentos novos com recursos de qualquer linha de crédito do Pronaf, o governo limita as compras a produtos nacionais. "Somente serão aceitos os financiamentos de máquinas produzidas aqui", disse Gilson Bittencourt. "As compras de máquinas importadas representavam uma pequena margem em relação aos financiamentos do Pronaf, mas vinham aumentando nos últimos meses", disse o secretário-adjunto. A linha Pronaf Investimento, cujo orçamento para esta safra soma R$ 1,1 bilhão, emprestou R$ 82 milhões desde julho deste ano em mais de 1.444 operações.
Resultado - Apesar do faturamento deflacionado do setor de máquinas brasileiro ter atingido R$ 45,8 bilhões no período de janeiro a julho de 2011 o resultado continua 2,6% abaixo do desempenho alcançado nos sete primeiros meses de 2008, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Usados - Além dessa medida, o CMN autorizou o financiamento de máquinas e equipamentos usados de até R$ 30 mil e que tenham, no máximo, sete anos de uso, além de certificado de garantia ou laudo atestando o seu "bom estado".
Funcafé - O CMN também definiu novas regras para o reembolso do crédito de operações de estocagem do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A partir de agora, o prazo para pagamento do financiamento passa a contar a partir da liberação do crédito e não mais da data de contratação da operação. A mudança, segundo Bittencourt, ajudará os produtores, que demoravam a receber o dinheiro após a assinatura do contrato. Para auxiliar os produtores de café, o CMN concedeu um novo prazo até 20 de dezembro para a contração das operações da linha extraordinária de crédito destinada a composição de dívidas. A linha ficou disponível no início deste ano, com R$ 300 milhões em créditos. Mas, até o mês de agosto, só foram liberados R$ 72 milhões.
Spread - Para tornar a operação de crédito mais vantajosa para os bancos, o conselho decidiu elevar o spread dos novos financiamentos de 2% ao ano para 3,5% ao ano, o que deve estimular o aumento das operações de crédito, disse Bittencourt. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A produção de grãos da China deve ultrapassar 550 milhões de toneladas neste ano, levando o país à oitava colheita recorde consecutiva, informou ontem o Ministério de Agricultura chinês. A produção chinesa é acompanhada de perto por ser um indicador de tendência de importações e autossuficiência do país. "A seca foi especialmente forte no sul e no oeste, mas [a colheita recorde] é provavelmente resultado do crescimento da área plantada, produtividade recorde e maior produção em outras regiões", disse o vice-ministro Chen Xiaohua. Em 2010, a China produziu 546,4 milhões de toneladas de grãos.
Recorde - Tanto a produtividade média por hectare quanto a produção total de grãos vão bater recordes neste ano, enquanto as safras de milho e arroz apresentam boa qualidade, afirmou. A produção no nordeste da China, importante região agrícola do país, deve responder por 70% do total colhido, compensando as perdas do sul e do oeste, previu o vice-ministro.
Alta - Ele reconheceu que os preços dos grãos subiram com força em algumas áreas, em decorrência de maior demanda, custos de produção e condições globais. No entanto, acrescentou que as políticas governamentais provavelmente sustentarão um crescimento "estável e razoável" dos preços. Entre os principais grãos, o milho apresentou a maior alta - 33% na província de Shandong, importante região de processamento.
Milho - Chen disse que o governo vai concentrar sua política no aumento da produção doméstica de milho e continuará a exercer o controle sobre o consumo dos processadores de milho. A atenção mundial mudou na expectativa de que a China aumente as importações de milho, aproveitando a recente redução dos preços globais do milho, já que seus estoques diminuíram. No entanto, Chen minimizou tal informação, observando que a as importações chinesas de milho nos primeiros sete meses do ano.
Importação - A China importou 1,6 milhão de toneladas de milho no ano passado, quebrando uma sequência de 15 anos de exportações líquidas. Em agosto, as importações atingiram o maior nível mensal desde outubro de 2010. A Associação Chinesa da Indústria de Alimentos disse na última semana que, em 2015, o país deve enfrentar um déficit de 15 milhões de toneladas de milho. Chen Xiaohua disse que governo está estudando se a tecnologias de culturas transgênicas "são o caminho para retomar" o crescimento da produção de milho. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encaminhou laudos de inspeção das instalações de 15 estabelecimentos exigidos pelo Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), nesta quinta-feira (29/09). As vistorias foram realizadas em plantas de oitos estados diferentes, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso – impedidos de exportar carnes para o país desde junho. As autoridades russas solicitaram novos laudos de mais 56 estabelecimentos que também estão com os embarques de carnes suspensos para a Rússia. Com essas medidas e o cumprimento dos compromissos assumidos com a Rússia, o governo brasileiro espera obter a reabilitação desses estabelecimentos, antes mesmo da vista da missão russa que deve vir ao Brasil em novembro. (Mapa)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Em documento sem precedentes, a Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece que as oscilações nas taxas de câmbio no curto prazo afetam os fluxos do comércio internacional, dependendo do país ou empresa. A constatação, mesmo com nuances, dá, na prática, legitimidade à preocupação do Brasil com desalinhamentos cambiais que levaram o país a trazer o tema para a entidade.
Estudos internacionais - O secretariado da OMC examinou mais de 40 estudos internacionais. No levantamento, 19 deles apontam efeito negativo do câmbio sobre o comércio, 14 veem pouco ou nenhum impacto e 6 acham que o impacto é positivo para os fluxos internacionais. O documento de 32 páginas quebra um tabu, já que, até recentemente, o câmbio era totalmente ignorado na OMC. Ele será discutido pelos países em reunião no dia 24 de outubro, em meio aos temores de recessão global e tensão sobre manipulação cambial.
Punição - Na semana que vem, o Senado dos Estados Unidos deverá votar uma lei visando punir a China por manipular sua moeda e subsidiar suas exportações.
Fluxos ambíguos - Prudentemente, o documento da OMC, que circula entre os países, conclui que os resultados sobre câmbio nos fluxos comerciais são "ambíguos" e condicionados a uma variedade de razões. A entidade é cuidadosa, mas deixa evidente que há uma relação entre desalinhamento cambial e comércio. O que varia é como se desenvolve, dependendo do país, do setor e da empresa. Mas a relação é inevitável.
Longo prazo - Uma parte do estudo aborda o impacto sobre o comércio internacional como um todo. Nesse caso, se houver flutuação cambial, não é tão prejudicial, porque os efeitos se anulariam no longo prazo.
Comércio bilateral - A maioria dos estudos, porém, mostra também que, no caso do comércio bilateral, a mudança de câmbio entre dois países tem impacto mais evidente. Além disso, no longo prazo é mais difícil estabelecer o impacto entre câmbio e comércio, mas no curto prazo ele é melhor percebido.
Efeitos - Para a OMC, a média dos efeitos comerciais provocados pelo câmbio não é suficiente para ser generalizada. Nota que, enquanto empresas exportadoras podem, em princípio, ser mais sensíveis que companhias domésticas a flutuações do câmbio, sua sensibilidade pode ser reduzida por fatores como instrumentos de hedge, insumos importados (que compensariam o efeito do câmbio sobre o preço de exportação), a presença de firmas nos mercados globais, a possibilidade de cobrar em moedas locais e a capacidade de absorver perdas provocadas pelo câmbio nas margens de lucros.
Curto prazo - A OMC reconhece, porém, que no curto prazo, quando alguns preços na economia podem ser estáveis, movimentos nas taxas nominais de câmbio podem alterar os preços relativos e afetar os fluxos comerciais internacionais. O documento ressalva que esses efeitos de curto prazo não são tão diretos, já que dependem, por exemplo, da moeda na qual os produtores fazem a cobrança das mercadorias e a estrutura do comércio. "A complexidade da relação entre desalinhamentos de taxa de câmbio e comércio é mista", diz o documento. "Uma moeda desvalorizada pode ter, algumas vezes, impacto positivo nas exportações, mas a presença, peso e persistência desses efeitos não são consistentes entre diferentes estudos."
Iniciativa - A iniciativa brasileira de levar o tema cambial para a OMC, na fase inicial apenas para discussões, deverá passar, numa fase posterior, ao exame do que fazer concretamente. A expectativa brasileira é tentar convencer gradualmente os outros países, a partir de estudos sérios, como os examinados agora pela OMC, a negociar regras para, por exemplo, um país aumentar a tarifa de importação a fim de compensar o câmbio desvalorizado dos parceiros. (Valor Econômico)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Vários eventos estão sendo promovidos pelas cooperativas em todas as regiões do Estado, com apoio do Sescoop/PR. Clique aqui e confira a programação.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Estratégias para estruturar o planejamento do cooperativismo paranaense para os próximos anos estarão em debate no próximo Fórum dos Presidentes das Cooperativas Agropecuárias que o Sistema Ocepar promove, nos dias 6 e 7 de outubro, na sede da entidade, em Curitiba. O primeiro dia do evento será destinado a discutir o tema “O crescimento do consumo e seus efeitos nas cooperativas, sob o ponto de vista do comércio”, que será abordado pelo presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana.
Desafios – A programação do segundo dia inicia com a abordagem sobre os desafios ao desenvolvimento econômico das cooperativas do Paraná, com a participação de três especialistas: Olávio Takenaka, sócio diretor da TK5 Consultoria; Fernando Pimentel, diretor da Agrosecurity e da Agrométrika, e Ricardo Pastore, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Programa ABC – Depois, o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, vai apresentar o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) e mostrar como os cooperados podem ter acesso aos recursos do programa. Na oportunidade, será assinado um protocolo de intenções da Ocepar com o BB, que visa a divulgação do ABC e a capacitação dos técnicos para prestarem assistência aos associados.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, anunciou a criação de uma secretaria específica para tratar de um dos assuntos que será prioridade na sua gestão: o cooperativismo. A declaração ocorreu durante a abertura do 3º Seminário da Frente Parlamentar do Cooperativismo, na manhã desta quarta-feira (28/09), em Brasília.
Fundamental – Segundo Mendes Ribeiro Filho, os exemplos de cooperativismo em estados como o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná comprovam que a atividade associada tem papel fundamental na cadeia produtiva brasileira. Para o ministro, o desenvolvimento da agricultura do Brasil passa pelo fortalecimento do cooperativismo e, por isso, é fundamental a criação de uma secretaria exclusiva para apoiar as empresas e agricultores desse setor.
Desenvolvimento – “O cooperativismo é muito importante na vida de todos os brasileiros, dos mais humildes aos mais poderosos, porque promove a cadeia do desenvolvimento e possibilita que as pessoas possam trabalhar e comercializar. O cooperativismo é o grande elo de crescimento do Brasil. Tenho muita fé no cooperativismo e, se ele continuar ajudando a agricultura do Brasil, nós vamos alimentar o mundo por muito tempo”, declarou. (Mapa)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum