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Os secretários da Fazenda dos 26 Estados e do Distrito Federal reúnem-se em Curitiba nesta quinta-feira (07/07) para a 142ª Reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Na sexta-feira (08/07), o encontro será com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. O secretário do Paraná, Luiz Carlos Hauly, acredita que decisões importantes serão tomadas durante o encontro, como a redução das alíquotas de ICMS nas operações interestaduais e a mudança na taxa de juros das dívidas estaduais.
Reforma gradual - Nelson Barbosa vem discutindo com os secretários as propostas do governo para uma reforma tributária "em fatias", como diz. Nesta primeira fase, o governo federal quer padronizar as alíquotas interestaduais em um percentual entre 7% e 4% - hoje são de 7% para os estados do Norte e Nordeste e 12% para os demais. O secretário executivo também propõe acabar com a redução da tributação sobre mercadorias vindas do exterior, medida adotada por muitos estados, inclusive o Paraná, para movimentar seus portos.
Juros - Os estados, de acordo com Hauly, querem a mudança na taxa de juros das dívidas estaduais, que hoje é o IGP-DI mais um percentual que varia entre 6% e 9%, o que eleva a taxa para até 21%. Eles pretendem a adoção da taxa Selic, que o próprio governo usa em dívidas, hoje em torno de 11%. Com isso, aumentariam de forma considerável os recursos de que os estados disporiam para realizar investimentos.
Pauta - A desoneração da folha de pagamento, a ampliação do teto de isenção do Supersimples de R$ 2,4 milhões por ano para R$ 3,6 milhões por ano e a agilização na devolução de créditos de PIS e Cofins também devem constar da pauta da reunião do Confaz. (AEN)
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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse na noite desta quarta-feira (06/07) que a inflação de 2012 ficará no centro da meta. "A inflação já está convergindo e estará no centro da meta em 2012", ressaltou ao discursar no encerramento de uma premiação para empresas promovida pela revista Exame. O último Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado no fim do mês passado, informava sobre a elevação da previsão de inflação para 2012, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,6% para 4,8%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com tolerância de variação de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O documento também revisou a estimativa de inflação deste ano de 5,6% para 5,8%.
Efeitos - Tombini disse, no entanto, que a política de elevação de juros realizada deste o início do ano para combater a elevação dos preços está surtindo efeitos visíveis. "Decorridos pouco mais de seis meses, observamos os primeiros resultados: a inflação mensal no último mês de maio já desacelerou. Foi a menor dos últimos sete meses", destacou.
Selic - O Comitê de Política Monetária do BC reajustou a taxa básica de juros (Selic) nas quatro reuniões realizadas este ano. No total, a taxa foi elevado em 1,5 ponto percentual e atualmente está em 12,25% ao ano.
Ritmo - A previsão do presidente do BC é que o aumento dos preços continue a reduzir o ritmo nos próximos meses. "Em junho e julho a inflação será ainda mas baixa", disse.
Estabilidade econômica - A estabilidade econômica foi apontada por Tombini como fator fundamental para que os brasileiros, em especial os empresários, tenham confiança no futuro. "É importante olhar para a frente com a certeza de inflação menor. E esse será um componente essencial no processo de decisões estratégicas das empresas nos próximos meses". (Agência Brasil)
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O fluxo cambial ficou negativo em junho pela primeira vez no ano em meio às incertezas sobre a crise da dívida na Grécia, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira (06/07). A saída de dólares, porém, não evitou que a taxa de câmbio alcançasse os menores níveis em mais de 12 anos, o que acendeu no mercado a expectativa de novas medidas do governo para frear a valorização do real.
Déficit - O país registrou déficit de 2,556 bilhões de dólares no mês passado. No ano, o saldo positivo ainda é bastante elevado, 39,029 bilhões de dólares, acima do resultado de 24,354 bilhões de dólares registrado em todo o ano passado. Às 15h07, o dólar tinha leve alta de 0,13 por cento, a 1,567 real para venda. Na segunda-feira (04/07), a moeda fechou a 1,554 real, no menor nível desde janeiro de 1999. No mês passado, o dólar acumulou perda de 1,14 por cento.
Queda - Uma fonte do governo afirmou à Reuters nesta quarta-feira (06/07) que a presidente Dilma Rousseff estuda medidas para frear a queda do dólar, mas que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre o momento em que isso seria anunciado. Na terça-feira (05/07), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou após evento em Londres que o governo pode atuar nos mercados futuros e de derivativos, onde a aposta dos estrangeiros pela valorização do real atingiu níveis recordes no fim de junho, acima de 23 bilhões de dólares.A principal justificativa da maior parte dos investidores para a tendência de valorização do real é a perspectiva de que os dólares continuem entrando no país, em parte por causa dos juros altos no Brasil, em parte por causa da própria situação de liquidez abundante no exterior.
Mais impostos a caminho? - O governo já lançou mão nos últimos meses de impostos maiores para empréstimos internacionais com prazo de até dois anos, um depósito compulsório sobre as posições dos bancos no mercado à vista de câmbio e de intervenções do Banco Central à vista, a termo e no mercado futuro, entre outras medidas."O governo pode elevar a tributação (IOF) para captações de recursos no exterior com prazos inferiores a três anos e até mesmo a cinco anos e impor novas medidas restritivas (por exemplo nas posições vendidas dos bancos)", escreveram analistas do Credit Suisse em relatório onde revisam de 1,60 para 1,50 real a previsão do dólar no final do ano.
Derivativos - O economista de uma das corretoras que mais operam derivativos cambiais na BM&FBovespa ponderou, no entanto, que a ameaça de Mantega de atuar nos derivativos é incoerente com a postura do Banco Central nos últimos meses, quando não fez a rolagem total de contratos de swap cambial reverso no mercado. "Nos últimos dois leilões deixou de comprar mais de 2 bilhões de dólares (no mercado futuro)", afirmou. "E as compras do BC no 'spot' (à vista) são insuficientes para frear o processo porque esbarram na limitação dos bancos para aumentar a posição vendida - por causa do compulsório criado pela própria autoridade em janeiro."
Swap cambial reverso - O swap cambial reverso é um derivativo que atua como uma compra de dólares no mercado futuro pelo BC. Quando os papéis expiram, os investidores vendem contratos futuros na BM&FBovespa para manter inalterada suas posições de câmbio, o que aumenta momentaneamente a oferta de dólares e cria uma pressão pontual pela desvalorização da moeda. Atualmente há um estoque de pouco mais de 9 bilhões de dólares em contratos de swap reverso no mercado.
Detalhes do fluxo cambial - Houve superávit de 1,378 bilhão de dólares nas operações comerciais e déficit de 3,934 bilhões de dólares nas operações financeiras em junho. O relatório do BC mostrou ainda saída de 804 milhões de dólares em 1o de julho, único dia informado neste mês. Com o fluxo negativo, a autoridade monetária reduziu a intensidade das intervenções no mercado, incorporando 2,291 bilhões de dólares às reservas internacionais por meio de compras no mercado à vista. Foi o menor número mensal desde dezembro do ano passado. As compras do BC e a saída de dólares do país aumentaram a posição vendida dos bancos no mercado à vista a 14,696 bilhões de dólares, ante 9,301 bilhões de dólares em maio. (Reuters / Gazeta do Povo)
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*Nathan Blanche
Apesar de a política cambial ser, em tese, de câmbio flutuante, não assistimos, nos últimos 12 anos, tamanho intervencionismo na formação das taxas pelo Banco Central e pela Fazenda. Em artigo publicado em 26 de maio, no jornal O Estado de S.Paulo, o ex-governador José Serra volta ao tema da desindustrialização. Ao afirmar que estamos destruindo a capacidade empresarial e exportando bons empregos para a Ásia, exige-se, na verdade, mais intervenções do governo. Dois dias depois, no mesmo jornal, o jornalista Celso Ming, referindo-se às declarações do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que este "jogou a toalha no ringue" ao declarar diante de 400 empresários que "a questão cambial não tem solução em curto prazo".
Há de se discordar de ambos. A economia brasileira se depara atualmente com dois grandes desafios: internamente, o de como manter uma taxa de crescimento sustentável na ordem de 4% a 5% ao ano, dada a baixa capacidade de poupança doméstica e investimento, sendo necessário gerar déficits em conta corrente da ordem de 3% a 4% do PIB. Simultaneamente, há o cenário internacional no qual os países desenvolvidos devem manter as condições para a recuperação de suas economias, ou seja, taxas de juros próximas a zero e déficits fiscais, o que resulta em farta expansão de liquidez e contínua desvalorização de suas moedas frente aos emergentes, principalmente aos ditos commodity currencies, como o Brasil (figura 1).
Para evitar o processo de apreciação do câmbio, o BC vem adquirindo dólares diariamente e engrossando suas reservas, porém, a relação custo-benefício de tal atuação já não é favorável. Desde junho de 2009, o BC adquiriu quase US$ 100 bilhões sem provocar nenhuma melhora significativa no prêmio de risco (CDS), que se encontra estável no patamar de 110 pontos-base. (figura 2). Ainda, calculando pelo diferencial entre os juros internos e externos, em 2011 o custo fiscal de carregamento das reservas deve chegar aos R$ 54 bilhões.
Diante disso, torna-se difícil defender a simples alegação do BC de que a relação de reservas/PIB do Brasil é baixa (14%) comparada a de outros países. Na verdade, o parâmetro do mercado para cálculo do prêmio de risco é a relação reservas/dívida externa, além da situação fiscal, entre outros fatores. Adicionalmente, a compra sistemática de reservas não só distorce a formação da taxa de câmbio como incentiva novos influxos, já que a baixa volatilidade incentiva o carry trade.
Assim, o BC poderia adquirir reservas ad infinitum e, ainda assim, não seria capaz de impedir a valorização do câmbio; ao contrário, prejudicaria o cenário fiscal e pressionaria a taxa de juros. Outro ponto importante a se destacar é a composição do passivo externo bruto, que, em 2002, tinha cerca de 50% denominada em dólares e, hoje, esta fração representa apenas 25% do total. Ou seja, a necessidade de reservas tão elevadas, de fato, não procede.
O Ministério da Fazenda, através do aumento das alíquotas de IOF, obteve algum êxito na tentativa de restringir as operações de carry trade, a arbitragem de taxa de juros para capitais de curto prazo. Mas, dado o prêmio oferecido nesta operação, os agentes encontraram as brechas para contornar esse aumento de imposto. Por isso, persistem os rumores de que podem surgir medidas restritivas adicionais, que incidiriam não só nas operações de financiamento e mercado de capitais, mas no investimento direto, e até mesmo sobre as exportações de commodities.
Vale lembrar que o País depende de poupança externa, e restringir o fluxo de capitais terá impactos significativos nos níveis de crescimento. A Argentina é um bom exemplo do que pode ocorrer numa situação limite. O controle de capitais gerou insegurança política, o que culminou no default da dívida externa e queda de 15% do PIB no primeiro trimestre de 2002. Por definição, a taxa de câmbio é resultado e não fato gerador. A alegação que todas as nossas mazelas provêm da taxa de câmbio não têm fundamento. Conforme estudo elaborado pelos sócios da Tendências, Marcio Nakane e Samuel Pessoa, a taxa de câmbio de equilíbrio atualizada, considerando o câmbio real e os passivos externos líquidos, é de R$ 1,55/US$, ou seja, próxima do que observamos nas últimas semanas. Assim, o caminho para ganhar competitividade verdadeira e de longo prazo, não só no setor industrial, mas na economia brasileira, é atacar o custo Brasil, não a taxa de câmbio.
Somos campeões em termos de carga tributária (35% do PIB) e, mesmo assim, o governo despoupa 3% do PIB e só investe 1,5% do PIB ao ano. Temos uma infraestrutura precária, altos custos da energia, de encargos trabalhistas e burocráticos. Todos são fatores que puxam a produtividade para baixo. Por isso, em vez de tratar a taxa de câmbio como a "Geni" da economia, deve-se demandar dos governantes reformas estruturais básicas, há muito esquecidas.
Grau de industrialização por si não significa grau de desenvolvimento. Em tempos de economia globalizada deve prevalecer a "lei" das vantagens comparativas. A economia mundial marcha no sentido de transformar o processo produtivo e a distribuição do trabalho num encadeamento de eficiências. Austrália, Coreia e Nova Zelândia, que têm renda per capita no mínimo três vezes maior que a nossa, registram participações da indústria no PIB de 26,3%, 24,3% e 23,7%, respectivamente, ante os 25,4% do Brasil.
No atual cenário político, é baixa a probabilidade de reformas estruturais como a tributária, previdenciária, etc. Portanto, para aumentar a produtividade e competitividade, o governo deveria adotar medidas nos âmbitos normativo e operacional de curto prazo, como:
1) Maior grau de abertura da economia. Hoje, somos um dos países mais fechados entre os emergentes, com um fluxo de comércio de cerca de 20% do PIB, enquanto a média dos emergentes está acima de 25%. Nossa tarifa média de importação é de 31,4%, sendo que na Austrália é 10%, na Nova Zelândia, de 10,1%, e no Chile, de 25,1%.
2) Liberalizar e modernizar os normativos cambiais não só para capitais externos, mas principalmente para os residentes. Livre conversibilidade. Convivemos com um verdadeiro entulho cambial antagônico e burocrata. Estão em vigor leis e regras que datam de 1933. A livre conversibilidade e o aumento dos limites à participação de estrangeiros nos investimentos são outras medidas necessárias.
3) A volta das privatizações e aumento das concessões, principalmente no que se refere à infraestrutura.
4) Aumento dos convênios bilaterais de comércio com nossos principais parceiros.
5) Desindexação dos contratos e redução gradual da meta de inflação a partir de 2013, em direção a 3% ao ano.
*O autor é consultor da Tendências Consultoria Integrada e será um dos palestrantes do Fórum do Agronegócio que o Sistema Ocepar promove no dia 18 de julho,na sede da entidade, em Curitiba.
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O Sistema Ocepar promove, no dia 18 de julho, das 14h às 18h, na sede da entidade, em Curitiba, o Fórum do Agronegócio e do Varejo com a presença dos secretários estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, e de política agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. Ortigara vai falar sobre as políticas do governo estadual para o agronegócio paranaense e Vaz tratará a respeito das perspectivas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12. Também foram convidados a ministrar palestra o consultor da Tendências Consultoria Integrada, Nathan Blanche, que discorrerá sobre as tendências da economia, do câmbio e do agronegócio para 2011, e a gerente de operações do Banco Regional de Desenvolvimento para o Extremo Sul (BRDE), Carmem Rodrigues, que vai apresentar os programas de investimentos para as cooperativas paranaenses. O Fórum será aberto pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.
Público - O evento é destinado a dirigentes e profissionais da área comercial, financeira, operacional e técnica das cooperativas e de empresas ligadas ao agronegócio. As inscrições devem ser efetuadas até o dia 14 de julho, por meio do agente de Desenvolvimento Humano, pelo site www.ocepar.org.br. Mais informações com Flávio Turra (41- 3200 1110 /
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ) ou com Robson Mafioletti (41- 3200 1111 /Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )
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Foram publicadas, no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (06/07), as portarias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura do milho, safra 2011/12, para 16 estados e Distrito Federal. As orientações referentes ao cultivo no Paraná estão expressas na Portaria nº 232. O documento traz a relação dos municípios aptos ao plantio e os períodos indicados para a semeadura, de acordo com o tipo de solo. No Estado, a implantação das lavouras da safra de verão inicia com maior intensidade a partir do mês de setembro e se estende até dezembro. O Paraná é o maior produtor nacional de milho. Na safra 2010/11, o Estado cultivou 756,1 mil hectares e colheu 5,96 milhões de toneladas do cereal, de acordo com dados de junho da Conab.
Reunião - Os zoneamentos do milho e da soja foram discutidos com representantes do setor produtivo na última quinta-feira (30/06), na sede do Mapa, em Brasília. Participaram representantes da Ocepar, Faep e Seab e também das cooperativas paranaenses Coamo, Cocamar e C.Vale, além de técnicos do Ministério, da Agroconsult e de entidades do Mato Grosso do Sul.
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As sugestões apresentadas pela Ocepar e incorporadas no texto sobre o Código Florestal, aprovado na Câmara dos Deputados, foram citadas em reportagem publicada na edição de junho do Jornal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Paraná. A matéria, intitulada "Especialistas criticam falta de critérios técnicos do novo Código Florestal Brasileiro", trata do debate realizado pela Comissão de Direito Ambiental da OAB Paraná, no início do mês passado, com a presença de representantes de várias instituições, entre eles, o engenheiro agrônomo e assessor da área de meio ambiente do Sistema Ocepar, Sílvio Krinski.
Pontos - O autor da reportagem ressalta alguns pontos enfocados por Krinski durante o evento, como o fato do texto aprovado trazer algumas novidades, como o conceito de reserva legal coletiva, sugerido pelas cooperativas do Paraná e encaminhado juntamente com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aos parlamentares que discutiram o assunto na Câmara Federal. "O documento, apresentado pela Ocepar, com dez propostas, foi resultado de reuniões com técnicos de cooperativas em todo o Paraná, que aconteceram em 2009 com o objetivo de apresentar uma proposta do setor", esclarece o jornalista na matéria.
Equilíbrio - A reportagem foi concluída com a declaração de Krinski sobre a condução dos debates ligados ao Código Florestal. "A discussão sobre meio ambiente, se não tiver base técnica, fica muito no emocional e não evolui. Quando você se organiza, consegue colocar para a sociedade a defesa de seus interesses. Acredito que, neste momento, cada setor vai querer opinar mas é preciso se chegar a um meio termo. No fim, todos queremos o equilíbrio da área de preservação com a área de produção de alimentos."
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O sistema cooperativista está mobilizado para sensibilizar os senadores da urgência de votação do PLC 30/2011, que propõe um novo Código Florestal para o país. Na tarde desta terça-feira (05/07), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e a assessora Parlamentar da instituição, Tânia Zanella, se reuniram com o senador Luiz Henrique (SC). A audiência ocorreu no gabinete do parlamentar, no Senado Federal, em Brasília (DF).
Negociações - O projeto começou a ser discutido na Casa na última quinta-feira (30/06) e, com isso, foram retomadas as negociações para que o processo de deliberação seja rápido. "Não podemos deixar cerca de 3 milhões de produtores rurais na ilegalidade. Precisamos definir uma legislação ambiental que realmente concilie preservação com produção", ressaltou Freitas durante o encontro.
Tramitação - O senador Luiz Henrique pontuou que a tramitação do projeto, que ainda passará por três comissões, deverá ser rápida. "Quase não existem divergências em relação ao projeto aprovado na Câmara e nós fizemos um planejamento para uma tramitação rápida. Ele deverá ser apreciado pelas comissões até o mês de setembro." A pevisão, segundo o senador, é que a lei seja sancionada pela Presidência da República até dezembro deste ano.
Passo determinante - O presidente da OCB também destacou que esse será um passo determinante para toda a sociedade brasileira. "O novo Código será, com certeza, um marco para o desenvolvimento sustentável do país", disse. (Informe OCB)
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"Acessar diretamente os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) significa mais agilidade, ou seja, menos burocracia no repasse do crédito aos microempreendedores do campo e das cidades", disse o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, durante audiência com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. O foco da reunião, que ocorreu na tarde desta terça-feira (05/07), no gabinete do ministro, em Brasília (DF), e contou com a participação da assessora Parlamentar da entidade, Tânia Zanella e do gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito, Silvio Giusti, foi o acesso das cooperativas de crédito às verbas do FAT.
Prioridade - Na oportunidade, Freitas lembrou que esse é um dos pleitos prioritários do Conselho Consultivo do Cooperativismo de Crédito da OCB (Ceco). "Hoje, as cooperativas de crédito se destacam pela capacidade de levar recursos a muitos lugares onde outras instituições financeiras não estão. Além disso, apresentam um dos melhores índices de eficiência na liberação de crédito rural. A ideia é possibilitar que as cooperativas de crédito sejam uma forte alternativa de canalização dos recursos do FAT, simplificando os processos e contribuindo para o desenvolvimento no campo e na cidade, principalmente, no fomento aos pequenos produtores e empreendedores", explicou o presidente da OCB. E acrescentou: "Isso pode resultar, inclusive, em um aumento da produtividade por meio da oferta de uma maior quantidade de recursos para o setor primário".
Favorável - O ministro Carlos Lupi se mostrou favorável ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 40/2011, que trata do acesso aos recursos do FAT pelas cooperativas de crédito, ressaltando serem necessários ajustes técnicos para viabilizar a total segurança e garantia dos recursos operados.
FAT - O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico. As principais fontes de recursos do FAT são as contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
Programas - Além de financiar o seguro desemprego, o FAT também é voltado para o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), que, por meio de depósitos especiais, incorpora, entre outros programas, o próprio Proger e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Eles são voltados em sua maioria para micro e pequenos empresários, produtores e setor informal, associando crédito e capacitação para que se gere emprego e renda. (Informe OCB)
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A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica produção da ordem de 161,5 milhões de toneladas, superior em 8,0% à safra recorde obtida em 2010 (149,6 milhões de toneladas). É o que indica a sexta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011. A área a ser colhida em 2011, de 49,0 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 5,3%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas (o arroz, o milho e a soja), que somadas representam 90,5% do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 82,4% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,5%, 5,3% e 3,4%, respectivamente. Quanto à produção os acréscimos são, nessa ordem, de 18,1%, 3,2% e 9,3%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa.
Distribuição - Entre as grandes regiões, esse volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: região Sul, 68,1 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 55,8 milhões de toneladas; Sudeste, 17,1 milhões de toneladas; Nordeste, 16,2 milhões de toneladas e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Comparativamente ao ano anterior, são constatados incrementos em todas as regiões: Norte, 8,0%, Nordeste, 37,1%, Sudeste, 0,3%, Centro-Oeste, 6,3% e Sul, 6,0%. O Paraná, nessa avaliação para 2011, mantém a liderança na produção nacional de grãos, com participação de 20,5%, seguido pelo Mato Grosso com 19,3% e Rio Grande do Sul com 17,7%.
Estimativa de junho em relação à produção obtida em 2010 - Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, dezessete apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (76,7%), amendoim em casca 1ª safra (25,5%), arroz em casca (18,1%), batata-inglesa 1ª safra (13,4%), batata-inglesa 2ª safra (2,2%), batata-inglesa 3ª safra (1,4%), cacau em amêndoa (4,2%), cevada em grão (8,1%), feijão em grão 1ª safra (30,3%), feijão em grão 2ª safra (15,1%), mamona em baga (47,0%), mandioca (8,2%), milho em grão 1ª safra (2,6%), milho em grão 2ª safra (3,9%), soja em grão (9,3%), sorgo em grão (21,5%) e triticale em grão (23,7%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (11,2%), aveia em grão (-4,9%), café em grão (8,4%), cana-de-açúcar (5,1%), cebola (7,1%), feijão em grão 3ª safra (8,0%), laranja (1,8%) e trigo em grão (11,8%). São recordes em 2011 as produções de algodão herbáceo em caroço, arroz em casca, batata-inglesa 1ª safra, batata-inglesa 2ª safra, cacau em amêndoa, feijão em grão 1ª safra, milho em grão 2ª safra e soja em grão. (IBGE)
Fonte: IBGE
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O Valor Bruto da Produção (VBP) Agrícola de 2010 superou as expectativas iniciais e deve alcançar o valor recorde de R$ 44,1 bilhões. Esse resultado é uma versão preliminar divulgada nesta terça-feira (05/07) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e representa o melhor resultado dos últimos 10 anos, superando inclusive o recorde de R$ 41,4 bilhões atingido em 2008, ano em que os preços estiveram satisfatórios para a maioria dos produtos agrícolas.
Crescimento - Se for confirmado esse valor, o VBP de 2010 representará um crescimento de 17% em relação a 2009, impulsionado pelos avanços da tecnologia empregada, que resultaram no aumento de produtividade da produção agropecuária paranaense. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o aumento do VBP em 2010 evidencia o não atrelamento da agropecuária paranaense em relação ao câmbio. Segundo ele, apesar da forte influência das exportações sobre o setor, o fato é que o mercado interno vem crescendo e equilibrando parcialmente a oferta e os preços.
Grãos - De acordo com o levantamento feito pela Divisão de Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral), a agricultura ainda é o setor de maior representatividade no Estado, alcançando um faturamento bruto de R$ 13,3 bilhões entre as produções de soja, milho e trigo. A produção de soja, que aumentou em torno de 50% em relação a 2009, gerou uma renda bruta de R$ 8,1 bilhões aos produtores, volume 13% acima do faturamento da safra anterior. Com o aumento na produção a renda obtida poderia até ser maior, mas ficou limitada em função dos preços praticados no ano passado, que foram em torno de 25% inferiores aos do ano anterior.
Faturamento milho - Somando as duas safras de milho cultivadas no Paraná, o faturamento bruto foi de R$ 3,7 bilhões, 23% acima da comercialização da safra anterior. O aumento no faturamento ocorreu mais em função do incremento de 20% na oferta de milho do que pela valorização nos preços do grão, que ocorreu quando praticamente toda a safra estava vendida.
Trigo - Ainda na safra de grãos, a comercialização do trigo gerou faturamento 31% acima do ano anterior, alcançando uma renda de R$ 1,5 bilhão para os produtores. Embora os preços tenham permanecido estáveis, o aumento na renda ocorreu por causa da manutenção da área plantada e da recuperação da produção de trigo, que registrou perdas na safra anterior por causa da seca ocorrida no Estado em 2009.
Pecuária - A pecuária vem proporcionando gradativamente mais renda aos produtores paranaenses, numa demonstração de que a agregação de valor à produção é a alternativa para o esgotamento das fronteiras agrícolas. O faturamento da pecuária alcançou R$ 12,9 bilhões, cerca de R$ 1,1 bilhão a mais do que o registrado em 2009. A produção de carne bovina teve desempenho positivo, com um faturamento de R$ 2,2 bilhões, volume 18% acima do ano anterior. O setor foi beneficiado pela elevação de 11% no número de abates e no aumento de 6% nos preços da carne bovina em relação a 2009.
Leite - Desempenho semelhante teve a produção de leite, que proporcionou uma renda de R$ 2,6 bilhões aos produtores, volume 7% acima do ano anterior. A bovinocultura de leite continua crescendo no Estado, com um incremento de 3% na produção em 2010. Os preços pagos ao produtor também foram mais remuneradores e ficaram 4% acima dos praticados em 2009.
Aves - A renda da avicultura caiu 9% por causa da queda de preços no mercado interno e manutenção da oferta, mas gerou uma renda de R$ 5,1 bilhões, volume que manteve a estabilidade do setor. A renda gerada pelo setor de criação de frango para engorda foi melhor e aumentou 52% em relação ao ano anterior, por causa do aumento na procura e, consequentemente, nos preços desses animais.
Suínos - A suinocultura continua sendo pautada pela instabilidade. Após forte retração nos preços ocorrida em 2009, eles voltaram a subir em 2010, gerando uma renda de R$ 1,6 bilhão aos produtores. A recuperação nos preços em torno de 18% e o crescimento de 3% no número de animais abatidos resultaram no aumento de 21% no faturamento do setor.
Madeira e cana-de-açúcar - O setor madeireiro no Paraná, representado pelas serrarias e laminadoras, também teve resultados satisfatórios em função da valorização de 4% nos preços da madeira, que gerou um incremento no corte de toras. Com isso houve um aumento de 9% na renda e o faturamento atingiu R$ 2,1 bilhões. A cana-de-açúcar, embora tenha registrado um recuo de 3% na produção em 2010, teve um aumento de 9% na renda em função do aquecimento dos preços do açúcar no mercado internacional. Os produtores receberam um aumento médio de 12% pela tonelada de cana e o faturamento do setor atingiu R$ 1,8 bilhão.
FPM - Está é a primeira versão do Valor Bruto da Produção 2010. O índice final do VBP é um dos componentes do Fundo de Participação dos Municípios, que é um recurso repassado pelo governo estadual às prefeituras. O resultado final do VBP de 2010, correspondente ao desempenho da safra 2009/10, pesquisado no decorrer da comercialização em 2011, passa a valer para efeito de repasse do FPM em 2012, ou seja, sempre dois anos após concluída e vendida a safra. (AEN)
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A produção industrial apresentou crescimento em 11 dos 14 locais analisados na passagem de abril para maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional, divulgada nesta quarta-feira (06/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, a expansão média registrada no país foi 1,3%. A indústria de Goiás aparece como a principal influência para o resultado positivo, com crescimento na produção de 15% em maio, após queda de 4,6% nos dois meses anteriores. As fábricas da Bahia (4,5%), do Amazonas (3,9%), Paraná (3,6%), Pará (2,7%), de São Paulo (1,9%) e do Ceará (1,6%) também registraram crescimento acima da média nacional. Os estados que apresentaram queda no ritmo de produção foram o Espírito Santo (-0,3%), o Rio de Janeiro (-1,8%) e Santa Catarina (- 2,4%).
Cinco meses - No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a produção da indústria cresceu 1,8% na comparação com igual período de 2010. Em oito dos 14 locais pesquisados, houve crescimento da atividade industrial. Entre os destaques estão o Espírito Santo, o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. Na comparação anual, a produção industrial avançou 2,7% e oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram elevações dos níveis de atividade das fábricas. (Agência Brasil)
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O diretor do departamento da América Latina do Ministério das Relações Exteriores da China, Yang Wanming, cobrou, esta semana, o cumprimento das promessas que Brasil e Argentina fizeram, durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner, de reconhecer o país asiático como uma economia de mercado. "As palavras de Lula em 2004 se transformaram em letras mortas", disse. O diplomata também fez dura crítica às regras antidumping adotadas especialmente pela Argentina. As queixas em relação aos dois maiores países do Mercosul alteraram o tom de uma entrevista do diplomata chinês a jornalistas latino-americanos, em Pequim, no fim da tarde de segunda-feira.
Entrevista - Realizada no suntuoso edifício do Ministério das Relações Exteriores, no bairro de Chaoyang, o mesmo que abrigou a Olimpíada de 2008, a entrevista, em princípio, não poderia se estender além de 40 minutos em razão de outros compromissos, avisou Wanming. O diplomata anotou uma pergunta de cada um dos 16 jornalistas presentes, que representavam o mesmo número de nações. Avisou que daria as respostas de uma só vez.
Pouca familiaridade - O método de acumular questões que misturaram temas de política, economia e relações diplomáticas parecia fadado à confusão, principalmente tratando-se de alguém que inicialmente se mostrava pouco familiarizado com o espanhol, idioma utilizado na tradução. A ordem das respostas não seguiu a das perguntas, mas sim a lógica do entrevistado, com clara prioridade às questões econômicas.
Problemas comerciais - Wanming tratou de falar logo sobre a existência de "problemas comerciais entre China e Argentina". Mencionou a insatisfação em relação ao óleo de soja argentino, cujo grau de qualidade, segundo ele, teria, em 2010, ficado abaixo dos índices fixados pelo país asiático. Disse, em seguida, que o Brasil "não poderia faltar" nessa discussão. "Esperamos que esses países cumpram com suas palavras; estamos abertos para negociar".
Reconhecimento - Iniciada há quase sete anos, a discussão sobre o reconhecimento da China como economia de mercado reaparece sempre que a oportunidade aparece. Dessa vez, o diretor do Ministério das Relações Exteriores encarregado da América Latina e também Caribe aproveitou um raro contato com a imprensa de toda a região para, inclusive, comparar condutas entre países. Durante a entrevista, o Chile foi o mais elogiado.
Exemplo - Quando lhe pediram detalhes da queixa contra as regras argentinas antidumping, Wanming tinha um exemplo na ponta da língua: "A Argentina deveria tomar como referência preços de mercado local e não comparar produtos italianos com chineses". O impasse surge à medida que Brasil e Argentina encontram dificuldades para mudar regras antidumping contra produtos chineses. O reconhecimento do paceiro comercial como economia de mercado implicaria a adoção de critérios da Organização Mundial do Comércio (OMC), mais rígidos.
Compromisso - O compromisso brasileiro de reconhecer a China como economia de mercado foi assumido com o presidente Hu Jintao durante sua primeira visita oficial ao Brasil, em novembro de 2004. O recuo, posteriormente, reforçava o receio de apoiar uma nação que, já dona de uma indústria de produtos acabados altamente competitiva, ainda manteve a moeda desvalorizada.
Contrapartida - Na época do compromisso com Jintao, em 2004, o governo brasileiro exigiu, como contrapartida, a abertura do mercado chinês para as carnes brasileiras. As queixas dos frigoríficos brasileiros pela demora na liberação da fronteira chinesa à carne suína foram incluídas no pacote de assuntos a serem tratados pela presidente Dilma Rousseff em sua visita à China, em abril. Wanming disse que, apesar de não dominar os detalhes técnicos, o Brasil está liberado para exportar carne suína. O diplomata ressaltou que as restrições impostas até aqui à carne suína não diziam respeito à questão comercial, mas sim à "qualidade".
Insatisfação brasileira - Também não escapa aos chineses, pelo menos no que diz respeito ao tratamento diplomático da questão, a insatisfação do Brasil em relação à composição do comércio entre os dois países. Wanming disse apenas que reconhece a necessidade de elevar a participação dos produtos de maior valor agregado nas exportações do Brasil para a China, que se tornou seu maior parceiro comercial, com 15,2% das exportações brasileiras em 2010, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Soja, minério de ferro e petróleo concentraram os embarques brasileiros para o país asiático, que totalizaram US$ 30,8 bilhões em 2010.
Vulnerável - Para o lado brasileiro, o excesso de dependência na exportação de commodities agrícolas e minerais pode deixar o país mais vulnerável. Antes que alguém apontasse essa preocupação, Wanming lembrou que ambas as partes se beneficiaram. "Graças a isso, ambas atingiram crescimento econômico", disse.
América Latina - O comércio da China com toda a América Latina, que alcançou US$ 180 bilhões em 2010, passará dos US$ 100 bilhões somente no primeiro semestre de 2011 e poderá facilmente chegar aos US$ 200 bilhões em todo o ano, segundo o diplomata. A soma não passou de US$ 40 milhões em 2004. A balança está equilibrada na região, mas a China mantém déficit com Brasil, Argentina e Chile. Isoladamente, a balança brasileira alcançou superávit de US$ 5,2 bilhões em 2010, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. "Quero enfatizar que o mercado chinês está aberto e o governo não tem como meta o superávit", disse o diretor para a América Latina.
Eficaz - O método de responder a todas as perguntas de uma única vez mostrou-se eficaz. Wanming não deixou escapar nenhuma questão. Já em relação ao tempo, a disciplina não foi igual. Menos preocupado com os compromissos que viriam, o entrevistado abriu espaço para perguntas adicionais e, ao final, surpreendeu os que ainda tentavam esticar a conversa ao se expressar num espanhol fluente. Como ele mesmo dissera no início da conversa, poucos latino-americanos têm a chance de conhecer a China. Pelo que ele indicou, valeu então, a pena, aproveitar interlocutores ao seu alcance. Mas, mais do que promover a imagem do país, a ideia de reunir a imprensa latino-americana indica o interesse em ampliar os canais de comunicação com nações que podem ajudar os chineses a incrementar o gigantismo econômico de seu país. (Folhapress / Valor Econômico)
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Em novembro de 2004, durante visita do presidente chinês Hu Jintao a Brasília, o então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva prometeu reconhecer a China como economia de mercado, mas até hoje a medida não foi regulamentada pelo governo brasileiro. Desde então, os chineses cobram a promessa, e a frustração com o descumprimento do acordo foi um dos motivos do relativo esfriamento das relações sino-brasileiras, após um começo animado no governo Lula.
Calendário - De acordo com calendário previsto pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2016 - 15 anos depois da adesão chinesa à entidade - todos os sócios da OMC terão de reconhecer a China como economia de mercado. Isso significa que, ao criar tarifas de importação punitivas e adotar medidas antidumping, terão de provar que as vendas chinesas são feitas com preços abaixo do "normal" no mercado chinês. Na prática, será mais difícil proteger concorrentes nacionais das mercadorias da China, sob a alegação de preços desleais. Com o reconhecimento, estratégias em relação à China, baseadas em medidas de proteção, serão cada vez mais custosas e arriscadas.
Países - Quase cem países já fizeram o reconhecimento da China como economia de mercado, mas grandes parceiros, como EUA, União Europeia e Índia, ainda não. Por isso a China insistiu tanto e conseguiu tirar do Brasil, em 2004, o reconhecimento formal, que, para ter efeito, precisaria ser regulamentado. Com a crise nos mercados desenvolvidos, a partir de 2008, os esforços diplomáticos chineses se voltaram para os países emergentes em busca de maior articulação em instâncias internacionais. O Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, antes visto sem grande entusiasmo pelos asiáticos, ganhou novo peso.
Pressão - A mudança da atitude chinesa em relação aos emergentes e a consciência da forte pressão dos empresários brasileiros por medidas contra a entrada de produtos chineses, em período de crescente comércio bilateral, diminuiu a insistência sobre o reconhecimento como economia de mercado, tema que pode estar sendo retomado agora. (Valor Econômico)
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça (05/07) que existe preocupação com a valorização do real. Segundo ele, novas medidas podem ser tomadas para segurar o câmbio. "Medida cambial a gente não antecipa, a gente anuncia", disse a jornalistas. O ministro lembrou que o governo já agiu no mercado de câmbio à vista (spot) e no futuro e poderá voltar a adotar novas ações. Para Mantega, o movimento de valorização do real está ligado à estratégia monetária registrada nos países desenvolvidos. "O QE2 (sigla em inglês para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expansão monetária", afirmou.
Preocupação - O ministro reforçou que o câmbio é uma preocupação para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas não posso antecipar", disse, sobre a possibilidade de nova ação no câmbio.
Seminário - Mantega participou na manhã desta terça-feira (05/07), em Londres, de um seminário fechado à imprensa sobre as oportunidades de investimentos no Brasil organizado pelo BTG Pactual. Ele disse que passou a visão de que o Brasil segue ritmo de crescimento sustentável, sem superaquecimento, com mercado de consumo sólido, investimentos crescentes e resultados positivos no mercado de trabalho. O ministro também avaliou que a situação fiscal está melhorando em relação ao período de expansão registrado durante a crise. Em 2011, o Brasil registrará déficit fiscal pequeno, menor do que a maioria dos países, frisou. (Agência Estado)
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A Ocepar promove, na próxima segunda-feira (11/07), a 5ª reunião ordinária da diretoria - gestão 2011/15, a partir das 9h, na sede da entidade, em Curitiba. Além de questões administrativas, serão tratados temas gerais, como as alterações no plano safra 2011/12. Depois, os diretores terão um encontro com o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias.
Fecoopar e Sescoop/PR - No mesmo dia e local, a direção da Fecoopar - Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná também realiza sua reunião ordinária, a partir das 12h. Já o Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) se reúne a partir das 14h.
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