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COCAMAR: Diretoria finaliza ciclo de reuniões na região de Londrina

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As últimas quatro reuniões da série de 22 que começou na última segunda-feira (11/07) com dirigentes da Cocamar e produtores da região de Londrina, acontecem nesta quinta-feira (14/07). Às 10h, os eventos de prestação de contas do primeiro semestre serão realizados nos municípios de Sertanópolis e Primeiro de Maio e, às 15h, em Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul. Além de apresentar o desempenho da cooperativa no semestre, os participantes vão conhecer as perspectivas para o restante do ano e projeções referentes à safra de grãos 2011/12.   Ainda não está definido o calendário de reuniões para os associados das regiões polarizadas por Maringá, Londrina, Cianorte e Umuarama.

Transparência - Com 10 mil associados, atendidos por uma rede de 54 unidades operacionais distribuídas pelas regiões norte e noroeste, a Cocamar promove encontros com os produtores em suas cidades a cada seis meses para debater assuntos relacionados às atividades da cooperativa. "Faz parte do processo de transparência da gestão", comenta o presidente Luiz Lourenço. "Não queremos que os cooperados fiquem com nenhuma dúvida", acrescentou. Segundo Lourenço, as reuniões são importantes também para que os produtores tenham a oportunidade de manter um contato direto com os diretores. (Imprensa Cocamar)

AGRONEGÓCIO: Caixa Econômica estuda atuação no setor

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Técnicos da Caixa Econômica visitaram, nesta quarta-feira (13/07) a sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília. O grupo veio conhecer as características e peculiaridades do sistema cooperativo, visando à formulação de propostas de produtos e serviços para o agronegócio. A Caixa ainda não atua nesse segmento, e justamente para mudar essa situação, instituiu o Programa Estratégico do Agronegócio, que tem por finalidade avaliar as oportunidades de mercado.

Outros encontros - Para estreitar o relacionamento com o cooperativismo, outros encontros deverão ser marcados. Neste momento, a equipe do programa está elaborando uma proposta e, para isso,  consulta diversas entidades para conhecer e vislumbrar as possibilidades para atender ao segmento do agronegócio.

 

Opção - De acordo com o assessor estratégico da OCB, Maurício Landi, "a vontade da Caixa em entrar para o agronegócio é muito interessante para todos. Será mais uma opção, mais um órgão do governo para relacionamento, com produtos e serviços diferenciados."

 

Proposta - A previsão é de que entre o final de agosto e início de setembro a instituição já tenha uma proposta concreta para apresentar. Maurício vislumbra, ainda, a possibilidade da iniciativa vir, no futuro, a se estender para outros ramos do cooperativismo. (Informe OCB)

RAMO MINERAL: Segmento promove alinhamentos

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A pedido do representante nacional do ramo mineral do cooperativismo, Lélio Falcão, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) realizou nesta quarta-feira (13/07) uma videoconferência que contou ainda com a participação de técnicos da unidade gaúcha da instituição - a Ocergs. Esta foi a segunda videoconferência do Ramo em 2011 e a primeira desde a realização do Seminário Nacional do Ramo Mineral, em abril deste ano.

Temas - As gerências de Mercados, Jurídica e de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas se revezaram, sob a supervisão do presidente Márcio Lopes de Freitas, na discussão dos temas em pauta. Entre eles: a implantação do Plano de Ação do Ramo Mineral 2011-2012; aspectos jurídicos sobre o enquadramento de cooperativas no Ramo; adequado tratamento tributário; o Plano Setorial de Qualificação (PlanSeQ) e a experiência vivida pelo representante Nacional na Conferência Regional realizada em junho, em Paramaribo (Suriname).

 

Resultado - A analista de Mercados da OCB, Flávia Zerbinato, resume o resultado da conferência: "Foram deliberadas ações para o desenvolvimento do Ramo e atividades pontuais para sua promoção, além da consolidação de alianças estratégicas".

 

Capacitação - Um dos destaques entre os temas tratados foi o reconhecimento da importância do desenvolvimento de trabalhos para capacitação de garimpeiros por meio de projetos setoriais de qualificação oferecidos pelo Governo Federal sob coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

Audiência - "Esta foi a primeira de uma série de reuniões que ainda vão acontecer", conta Flávia. "Nossos próximos passos incluem a marcação de uma audiência com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para tratar sobre a importância da implementação de projetos setoriais com foco em cooperativas, o fortalecimento de alianças com o Executivo e o adequado enquadramento das cooperativas do Ramo", conclui. (Informe OCB)

LEITE: OCB enfatiza articulação para o setor de lácteos

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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) tem acompanhado de perto os trabalhos da recém constituída Subcomissão Permanente do Leite da Câmara dos Deputados, que está em plena atividade. Na terça-feira (12/07), uma reunião ordinária no Congresso tratou de questões relativas à importação de leite em pó com a Argentina. Nesta quarta-feira (13/07), o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, se reuniu em audiência com o deputado Alceu Moreira (RS) - relator da Subcomissão.

Presenças - Na reunião desta terça, participaram, além da OCB, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). Os participantes avaliaram o fluxo comercial do Brasil com o Mercosul na importação de leite em pó e as possíveis variações no mercado. "Foram considerados os impactos potenciais que o aumento nas importações de leite podem gerar na economia nacional, principalmente no cooperativismo de leite", explicou o gerente de Mercados da OCB, Gregory Honczar.

Apoio - Nesta quarta à tarde, o deputado Alceu Moreira foi ao encontro do presidente Márcio com a missão de solicitar apoio institucional da OCB para o bom andamento dos trabalhos propostos pela Subcomissão. A ideia é que haja participação, inclusive, das cooperativas de leite no processo, quando da realização de reuniões nos estados. "A criação da Subcomissão representa uma oportunidade de diálogo direto entre o cooperativismo de leite o Congresso, bem como a construção de uma política nacional para o setor, através de um marco regulatório", declarou Márcio Lopes de Freitas. (Informe OCB)

 

As reuniões nos estados serão realizadas de acordo com o cronograma abaixo:

 

14/7 - Juiz de Fora (MG)

8/8 - Curitiba (PR)

22/8 - São Paulo (SP)

5/9 - Porto Alegre (RS)

12/9 - Belo Horizonte (MG)

26/9 - Rio de Janeiro (RJ)

10/10 - Ji-Paraná (RO)

24/10 - Chapecó (SC)

CERTIFICAÇÃO: Consulta pública sobre Produção Integrada termina dia 21

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O prazo para sugestões à consulta pública para a revisão dos requisitos de avaliação da conformidade para Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil) termina em 21 de julho. A proposta do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) foi publicada na Portaria nº 274 e pode ser acessada no site da instituição www.inmetro.gov.br.

Critérios - Quando concluída, a norma estabelecerá critérios para o Programa de Avaliação da Conformidade para a Produção Integrada Agropecuária. O sistema preconiza a produção de alimentos seguros e sustentáveis. As diretrizes gerais da PI-Brasil estão descritas na Instrução Normativa n° 27/2010 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A proposta também será a base para inclusão de mais cadeias produtivas, além da frutas, inclusive a pecuária. Hoje existem 16 normas técnicas publicadas para frutas e 12, em processo de validação, para arroz, café, batata, tomate, soja, flores, leite e mel, entre outros produtos.

 

Críticas e sugestões - As críticas e sugestões devem ser encaminhadas à Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade (Dipac), pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo., ou para o endereço Rua da Estrela, nº 67, 2º andar, Rio Comprido, CEP: 20.251-900, Rio de Janeiro (RJ).

 

Sobre o PI Brasil - A Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil) é um sistema baseado na sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, viabilidade econômica e rastreabilidade de todas as etapas produtivas. Criado em 2001, prevê a inserção de tecnologias que propiciem a certificação, de modo a aumentar a competitividade dos produtos. Além disso, diminui o emprego de inseticidas e fungicidas, reduz os custos de produção e o uso de fertilizantes. A adesão à iniciativa é voluntária, porém, o produtor que optar pelo sistema terá de cumprir rigorosamente as orientações estabelecidas. O Ministério da Agricultura é responsável pela publicação das normas, enquanto as certificadoras acreditadas pelo Inmetro fazem as auditorias e emitem o selo do programa. (Mapa)

CANA-DE-AÇUCAR: Clima instável interrompe ciclo de expansão

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O clima adverso que causou prejuízos de R$ 1,2 bilhão aos produtores de grãos do Paraná também comprometeu o desempenho do setor sucroalcooleiro, que deverá registrar neste ano a primeira queda na produção desde 2008. Em relatório divulgado ontem, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) sinaliza uma quebra de 35 milhões de toneladas na safra de cana-de-açúcar 2011/12 do Centro-Sul do país. De acordo com a entidade, as indústrias da região devem moer nesta temporada 533,50 milhões de toneladas, 6,16% menos que o previsto no início do ciclo (568,5 milhões). O resultado, se confirmado, representará uma queda de 4,21% sobre o volume processado na safra anterior (556,94 milhões).

Alta dos preços - O aperto na oferta de matéria-prima vai reduzir a produção brasileira de açúcar e etanol e tende a prolongar o ciclo de alta dos preços dos dois subprodutos da cana. Nas contas da Unica, o maior tombo deve ser registrado pelo etanol, cuja produção deve recuar a 22,54 bilhões de litros, 2,84 bilhões (11,19%) menos que em 2010 e 11,61% abaixo da projeção inicial. No caso do açúcar, serão 32,38 milhões de toneladas neste ano, 1,12 milhões de toneladas (3,35%) a menos que na safra anterior e 6,35% abaixo do inicialmente previsto para 2011.

 

Oferta apertada - "A oferta vai continuar apertada e não vejo solução no curto prazo. As importações podem aliviar um pouco a situação do etanol, como já vem ocorrendo. Mas, de qualquer maneira, é apenas um paliativo e não uma solução definitiva", considera Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting. A consultoria espera aperto ainda maior na disponibilidade de matéria-prima, com moagem de apenas 520 milhões de toneladas de cana na atual temporada.

 

Baixo investimento - Além de complicações climáticas como estiagem no final do ciclo, chuva na colheita e geadas, o baixo nível de investimento prejudica o desempenho do setor sucroalcooleiro. Para manter as plantações saudáveis e produtivas, o ideal seria que 20% da área fossem replantados a cada ano, explica o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), José Adriano Dias. Nos últimos três anos, contudo, a escassez de recursos tem dificultado ou, em alguns casos, até impedido a renovação dos canaviais. "Agora esses canaviais envelhecidos estão puxando para baixo a produtividade das lavouras", esclarece o dirigente.

 

Replantio - Segundo ele, para voltar aos níveis de produtividade de três anos atrás cerca de 40% das plantações de cana do Paraná - o equivalente a cerca de 300 mil hectares - precisariam ser replantadas nos próximos anos. Considerando que a renovação de cada hectare de cana-de-açúcar custa perto de R$ 8 mil, o setor precisaria de R$ 2,4 bilhões em investimentos somente no Paraná. "Isso apenas para retomar a produção que já tivemos em anos anteriores, sem expandir o plantio. E, mesmo que o setor ti­­vesse recursos para replantar todas as lavouras envelhecidas, a produção de matéria-prima só seria regularizada em 2014", frisa Dias.

 

Renovação - Em todo o Centro-Sul do Brasil, região que é responsável por cerca de 85% da produção nacional, um em cada seis hectares ( uma área equivalente a 90 milhões de toneladas de cana-de-açúcar) precisam ser renovados, conforme a Archer Consulting.

 

Etanol - "A conta do etanol simplesmente não fecha. É impossível alimentar um mercado que tem crescido a taxas de 8% com uma produção que, nas últimas três safras, aumentou apenas 2,5% ao ano", diz o analista Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting, referindo-se à demanda crescente pelo combustível no mercado interno. "Não conseguimos crescer tão rápido quanto a indústria automobilística, que só no primeiro semestre deste ano colocou no mercado 2,8 milhões de novos veículos flex", completa José Adriano Dias, superintendente da associação que representa os setor sucroalcooleiro no Paraná, a Alcopar.

 

Abastecimento - Estimativa da Archer mostra que, para suprir completamente a demanda atual por etanol, a produção brasileira teria que crescer ao menos 100 milhões de toneladas. E o quadro de abastecimento deve se estreitar ainda mais nos próximos anos, alerta Corrêa. "Daqui seis anos, na safra 2017/18, precisaremos de 1 bilhão de toneladas de cana para atender a todo o nosso consumo. ", calcula. Ele pontua que, para isso, seria necessário também ampliar - e muito - o parque industrial. "Para ficar em uma situação confortável, precisaríamos de 15 a 20 novas unidades a cada ano. (Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA I: Brasil terá de investir ao menos R$ 1 trilhão nos próximos anos

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Dois levantametos recentes indicam que o Brasil terá de investir pelo menos R$ 1 trilhão em obras de infraestrutura nos próximos anos para acabar com os gargalos que limitam seu desenvolvimento econômico e social. Uma pesquisa preparada em abril pela LCA Con­sultores fala em R$ 1 trilhão até 2020. Outra, que será apresentada nesta quinta-feira (14/07) em Curitiba pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equi­pamentos e Manutenção (Sobratema), chegou a uma cifra ainda mais alta: R$ 1,2 trilhão até 2016, englobando 9.550 diferentes construções, entre elas a Usina Hidrelé­trica de Belo Monte, no Pará, e o trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas.

Copa e Olimpíada - Parte das obras tem a ver com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Em Curitiba, as intervenções para o Mundial de futebol, como a requalificação da Avenida Marechal Floriano, vão exigir mais de R$ 460 milhões. No Rio de Janeiro, o montante necessário para os Jogos Olímpicos ficará na casa dos R$ 33 bilhões, segundo pesquisa da Pricewaterhou­seCoopers. Setores diretamente ligados às obras devem crescer exponencialmente: o setor de máquinas, por exemplo, deve dobrar o faturamento anual, hoje em R$ 3 bilhões, até 2016.

 

Entraves - Os principais entraves para a realização dessas obras estão na falta de projetos, de visão integrada de planejamento e nas dificuldades do capital privado em contribuir com os investimentos, em boa parte por causa da burocracia e da insegurança jurídica e política que rondam o setor (veja a opinião do em­­presariado paranaense na página 20), além do perigo de um apagão de mão de obra.

 

Falta de planejamento - "Vontade política para vencer esses desafios até existe, mas não um planejamento público integrado, com estudos que identifiquem onde faltam investimentos e a definição clara das prioridades. Esse trabalho tem sido feito pelos ministérios setoriais, mas não está concentrado na pasta de Planeja­mento, como deveria ocorrer. A expectativa é que isso mude, já que a Miriam Belchior, hoje no comando da pasta, tinha essa visão na Casa Civil", analisa o economista Fernando Camargo, autor da pesquisa da LCA.

 

Financiamento - Outro obstáculo é que os recursos do principal financiador do setor de infraestrutura, o Banco Nacio­nal do Desenvolvimento Econô­mico e Social (BNDES), podem não ser suficientes. O banco diz que começou a trabalhar uma agenda para estimular o aumento da participação do setor privado no financiamento de longo prazo, e que terá condições de manter nos próximos anos o patamar de captação de 2010, de R$ 145 bilhões.

 

Setor privado - Para especialistas, no entanto, o país só conseguirá destinar à infraestrutura os mais de R$ 100 bilhões anuais necessários se puder contar também com o capital e a capacidade de endividamento do setor privado. Isso porque os recursos do BNDES são altamente disputados pelo setor industrial, que encontra ali - e não nos bancos privados - as menores taxas de juros. Dos R$ 116,7 desembolsados pelo BNDES entre maio de 2010 e abril deste ano, 47% foram para as indústrias e 16% para o setor de comércio e serviços. A infraestrutura ficou com 31% do total.

 

Criação de mercado de títulos pode estimular empresas a investir - Além das parcerias público-privadas, que carecem de instrumentos jurídicos na maioria dos estados brasileiros, outro caminho para a atração de investimentos privados é a criação e regulação de um novo mercado de capitais voltado para o setor de infraestrutura. "Uma possibilidade é a emissão de títulos de longo prazo vinculados a obras ou conjuntos de obras bons o bastante para atrair o investimento das empresas. Isso poderia ser feito por meio de garantias, como o retorno do dinheiro investido em dado tempo e com dado rendimento", diz João Basílio Pereima, doutor em Desenvolvimento Econômico e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

Longo prazo - No entanto, diz Pereima, essa não é uma solução rápida e nem fácil. "O empresário brasileiro não tem a cultura do planejamento de tão longo prazo. Nesse aspecto, a instrumentalização, pelo Banco Central, de um mercado que facilitasse a compra e a venda de títulos poderia começar a mudar as coisas."

 

Empréstimo - O economista também sugere a contratação de empréstimos no exterior pelo país, a juros fixos - e não flutuantes, como os tomados na década de 1970, que quase quebraram o país. "Hoje, com os efeitos da crise financeira mundial, há um volume enorme de dólares e euros lá fora esperando uma oportunidade segura de investimento. Se emprestarmos a juros fixos, faremos um bom negócio." (Gazeta do Povo)

INDÚSTRIA: Sem consenso, desoneração da folha não será anunciada agora

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A desoneração da folha de pagamentos não será anunciada junto com a nova política industrial que o governo pretende divulgar até o fim do mês. Como ainda não há consenso entre os técnicos do Ministério da Fazenda sobre o melhor modelo para a substituição do tributo pago pelas empresas sobre os salários, a desoneração da contribuição previdenciária patronal, aguardada já há alguns anos, deve ficar para outro momento.

Reunião - Nesta quarta-feira (13/07), a presidente Dilma Rousseff teve reunião com os ministros que participam da elaboração das medidas que vão compor o programa de incentivos à competitividade da indústria. Convocada por Dilma e presidida por Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, a reunião durou pouco mais de duas horas. Participaram também do encontro os ministros Aloizio Mercadante, de Ciência e Tecnologia, e Miriam Belchior, do Planejamento, além de Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

 

Fazenda - Barbosa, que substituiu o titular Guido Mantega, em férias, lidera as discussões na Fazenda em torno da desoneração da folha de pagamentos. Conforme informou o Valor terça-feira (12/07), a área técnica do governo ainda discute três propostas diferentes para substituir a tributação do INSS sobre a folha: sobre o faturamento, o lucro líquido ou movimentação financeira. Nesse último caso, a Previdência Social, ao perder a contribuição patronal, seria financiada pelo ressurgimento da velha CPMF.

 

Modelo - "Está faltando fechar um modelo ainda", disse o ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Ele disse que "ainda não houve uma reunião específica entre os ministros [da Fazenda e da Previdência]". A preocupação da área da seguridade social é compreensível. Com o aquecimento do mercado de trabalho e crescimento da folha de salários das empresas, as contas da Previdência têm registrado uma melhora substancial. O imposto que vier a substituir essa fonte de receitas tem que ser muito bem concebido. (Valor Econômico)

SESCOOP/PR: Auditores internos serão capacitados dias 19 de 20 de julho

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O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) promove, nos dias 19 e 20 de julho, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, um curso dirigido a profissionais da área de auditoria interna das cooperativas do Paraná. As orientações serão repassadas pelos instrutores José Reinaldo Theiss e Manfredo Krieck, da Actus Auditores Independentes e Learned Consultores. A programação contempla a abordagem de temas como os últimos pronunciamentos da Audibra / The Institute of Internal Auditors; controle de operações como apoio à controladoria; cálculo dinâmico dos custos de aquisições de matérias primas e mercadorias para revenda dos preços sugeridos de vendas; participação da auditoria interna na formulação de estimativas e dos controles e padrões, entre outros assuntos.

Inscrições e informações - As vagas ao curso são limitadas e as inscrições devem ser feitas até esta quinta-feira (14/07) pelo site www.ocepar.org.br. Mais informações com Vera de Paula (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1124) ou com Emerson Barcik (Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 41 3200-1137).

 

Clique aqui e confira a programação do Curso de Auditores Internos

FÓRUM DOS PRESIDENTES: Entrega do 8º Prêmio Ocepar de Jornalismo faz parte da programação

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Os vencedores do 8º Prêmio Ocepar de Jornalismo serão revelados no primeiro dia do Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses. As inscrições ao concurso encerraram na última segunda-feira (11/07). A entrega dos troféus e dos prêmios em dinheiro acontece logo depois da participação do governador Beto Richa, que vai apresentar as propostas de políticas públicas do governo do Estado. O Fórum dos Presidentes será aberto no dia 28 de julho pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, às 18h30. O evento será realizado na sede da entidade, em Curitiba, em comemoração ao 89º Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado em todo o mundo no primeiro sábado de julho. As atividades prosseguem no dia 29 com palestra sobre o contexto macroeconômico, ministrada pelo professor José Pascoal Rosseti. Já o professor Lélio Lauretti vai tratar do tema "Ética nas organizações: desafios à frente".

FÓRUM DO AGRONEGÓCIO: Inscrições encerram nesta quinta-feira (14/07)

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As inscrições ao Fórum do Agronegócio e do Varejo encerram nesta quinta-feira (14/07) e devem ser efetuadas por meio do agente de Desenvolvimento Humano pelo site www.ocepar.org.br. O evento é destinado a dirigentes e profissionais da área comercial, financeira, operacional e técnica das cooperativas e de empresas ligadas ao agronegócio. O Fórum será realizado dia 18 de julho, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, e vai discutir as políticas do governo estadual para o agronegócio paranaense; as perspectivas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12; as tendências da economia, do câmbio e do agronegócio para 2011 e os programas de investimentos do BRDE para as cooperativas paranaenses. O Fórum será aberto pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

Informações - Mais informações com Flávio Turra (41- 3200 1110 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.) ou com Robson Mafioletti (41- 3200 1111 / Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.).

COASUL: Inaugurado o primeiro aviário integrado em Francisco Beltrão

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A Coasul Cooperativa Agroindustrial inaugurou, na última semana, o primeiro aviário integrado em Francisco Beltrão, Sudoeste do Estado. É o maior no município, com 150 X 16 metros, e pertence ao cooperado Valtair Binotto. No total, a cooperativa possui hoje 104 aviários, 10 estão construção e nove em adequação. São alojados mensalmente mais de 1 milhão e 400 mil pintainhos.

Novidade - A Coasul está construindo mais dois aviários em Francisco Beltrão, na comunidade de nova secção. Estes serão os primeiros no Brasil totalmente fechados com placas isotérmicas.

Legislação ambiental - Todos os aviários da Coasul devem obedecer às normas da legislação ambiental, de acordo com a Resolução nº 24/2008, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema). As principais tecnologias disponíveis no padrão da cooperativa são: barracão totalmente em alvenaria e pré moldado, nebulização com alta pressão, ventilação com velocidade acima de 2.7 metros por segundo, quadro de comando para automação, arco de desinfecção, central de aquecimento e sistema de fornecimento de água e ração automáticos, cerca para isolamento do aviário, gerador de energia elétrica, placa evaporativa e sistema Dark House.

Luminosidade - Este último é um sistema de controle rigoroso de luminosidade, em que as aves permanecem em torno de 20% do dia no escuro e 80% com luz artificial controlada, o que possibilita o bem-estar das aves. O quadro de comando para automação, por exemplo, possuem múltiplas funções, como o controle da umidade relativa do ar e da temperatura interna do aviário, controle da abertura e fechamento da cortina na entrada de ar, controle de ganho de peso diário através do sistema de pesagem e acesso aos dados do aviário por meio da internet. As placas evaporativas fazem todo o sistema de umidificação e do resfriamento do aviário.

Região - Os aviários da Coasul estão localizados nas cidades de Boa Esperança do Iguaçu, Chopinzinho, São João, São Jorge D'Oeste, Sulina, Dois Vizinhos, Cascavel, Quedas do Iguaçu, Renascença, Francisco Beltrão, Três Barras, Salto do Lontra, Rio Bonito do Iguaçu, Itapejara D'Oeste, Verê e Bom Sucesso do Sul. (Imprensa Coasul)

COOPERATIVISMO: OCB intensifica ações no Legislativo federal

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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) está acompanhando de perto as proposições de interesse do cooperativismo. No intuito de estreitar ainda mais o relacionamento com os parlamentares e de reforçar as principais demandas do segmento em tramitação na Câmara e no Senado, a instituição se reuniu nesta quarta-feira (12/07) com os deputados Mandetta (MS) e Arnaldo Jardim (SP), membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

Pauta - O encontro com o deputado do Mato Grosso do Sul ocorreu na sede da OCB, em Brasília. Durante a reunião, a Assessoria Parlamentar apresentou os produtos da organização para o Legislativo, os principais projetos que estão sendo analisados no Congresso Nacional e o relatório mensal com as atividades desenvolvidas. A discussão sobre o novo marco regulatório em debate na subcomissão de Saúde Complementar, da qual Mandetta é relator, entrou na pauta.

Financiamento - "Entre os vários pontos que estão sendo debatidos, destacamos a criação de linhas de financiamento para as cooperativas de saúde, a atualização da lei dos planos de saúde e a flexibilização das garantias financeiras apresentadas pelas cooperativas operadoras. Além disso, conversamos sobre a implantação de modelo de regulação que leve em consideração as características e portes diferentes das operadoras hoje atuantes no mercado", explicou o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Saúde da OCB, Laudo Rogério dos Santos.

Ramo Crédito - O deputado Arnaldo Jardim recebeu os representantes da OCB em seu gabinete, na Câmara dos Deputados. Na pauta, os assuntos relacionados ao ramo crédito. "O nosso intuito é criar uma agenda positiva para o segmento junto à Receita Federal, contando com a articulação da OCB, enquanto entidade representativa, e das próprias cooperativas de crédito", ressaltou o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti.

Outra audiência - Para esta quarta-feira (13/07), está prevista mais uma audiência, desta vez com o deputado Alceu Moreira, para falar sobre o setor de lácteos. (Informe OCB)

Confira mais detalhes sobre as reuniões no blog  OCB no Congresso.

PLANO SAFRA: Para Dilma, agricultura familiar é arma contra miséria

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AGRICULTURA: Valor Bruto da Produção se aproxima de R$ 200 bilhões

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O faturamento bruto das 20 principais lavouras do Brasil deve alcançar R$ 199 bilhões em 2011. O valor apurado, com informações até junho, faz parte de levantamento realizado mensalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com o estudo, o Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano será 10,4% superior ao de 2010, atingindo novo recorde.

Fatores - "Os melhores preços dos produtos agrícolas, a elevação da produtividade e também os resultados da safra têm sido os principais fatores para a obtenção desse resultado favorável", avalia José Garcia Gasques, responsável pelo levantamento e coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura. Segundo Gasques, o cenário positivo para a agricultura brasileira fará com que o VBP deste ano supere o de 2008, até então o maior valor já registrado em uma série iniciada em 1997.  Em 2008, o faturamento das lavouras foi de R$ 183,6 bilhões. 


Maiores aumentos - Os maiores aumentos no VBP ocorreram no algodão (67,7%); uva (46,3%); café (38%); milho (29,8%); soja (17,1%) mandioca (11%) e feijão (10,2%). "Algodão, café e soja são os produtos que merecem maior destaque, pelos indicadores de preços aos produtores e pela acentuada expansão da produção, no caso da soja e do algodão", explica Gasques. O algodão terá valor bruto de R$ 5,3 bilhões e o café em grão, de R$ 22,2 bilhões. A soja, item com maior peso na composição do faturamento das lavouras, alcançará R$ 55 bilhões. Cebola, batata inglesa e trigo são os produtos que terão as maiores baixas. A cebola, com VBP previsto de R$ 752 milhões, terá redução de 62,4%; a batata inglesa, com queda de 24,6% alcançará R$ 2,9 bilhões; e o trigo em grão com baixa estimada de 16,8%, atingirá faturamento bruto de R$ 2,2 bilhões em 2011.

 

Faturamento regional - O estudo mostra crescimento no valor bruto da produção em todas as regiões, com exceção do Norte. "Porém, essa redução é pequena e poderá sofrer alterações ao longo do semestre", informa o coordenador do Ministério da Agricultura. A queda no VBP da região Norte está estimada em 1,66%. O Centro-Oeste permanece com maior aumento para 2011, com alta de 41,4%. O faturamento da região deve atingir R$ 53,5 bilhões. O Mato Grosso é o estado que mais vai contribuir para esse desempenho. O VBP matogrossense subirá quase 60%, passando de R$ 21,4 bilhões para R$ 34,2 bilhões. Com isso, Mato Grosso passa a ser o estado com o maior VBP do país, superando São Paulo.

 

Nordeste - O Nordeste, a segunda região com melhor resultado em 2011, terá crescimento de 20% e VBP de R$ 21,2 bilhões. Ceará, Piauí e Paraíba são os estados nordestinos com as maiores altas. Destaque para o Ceará, que terá aumento de 82,9% chegando ao faturamento bruto das lavouras de R$ 2,2 bilhões. Na região, os resultados favoráveis são atribuídos ao comportamento de produtos como milho, soja, algodão e feijão.


Cálculo - Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona. Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano. (Mapa)

 

Confira o estudo na íntegra com dados por produto e por região: 

http://www.agricultura.gov.br/ministerio/gestao-estrategica/valor-bruto-da-producao

ALGODÃO: País pressiona EUA para acelerar corte de subsídio ao produto

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O Brasil vai insistir com os Estados Unidos para aproveitar as pressões por ajuste fiscal em Washington e acelerar cortes de subsídios para os produtores de algodão, a fim de implementar o acordo bilateral no setor. Os EUA têm que prestar contas ao Brasil a cada três meses sobre como está reduzindo os subsídios ilegais aos seus cotonicultores, conforme o acordo feito para evitar que o governo brasileiro impusesse medidas de retaliação contra produtos americanos.

Rio de Janeiro - Dessa vez, a reunião ocorrerá no Rio de Janeiro, nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/07). Washington está enviando ao Brasil Isi Siddiqui, o principal negociador agrícola do USTR, a representação comercial americana. Do lado brasileiro, a delegação conta com o embaixador na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, e o chefe de contenciosos do Itamaraty, Celso Pereira.

 

Entendimento bilateral - Pelo entendimento bilateral, os EUA pagam US$ 147 milhões anuais de compensação a produtores brasileiros afetados pelos subsídios. O pagamento é feito em parcelas mensais desde o ano passado, depois que a OMC autorizou o Brasil a retaliar os americanos em até US$ 829 milhões por ano pelo que foi determinado de subsídio ilegal.

 

2012 - Além disso, os EUA têm também que fazer "redução significativa" de subsídios até o fim de 2012. Washington precisa, por exemplo, ajustar gradualmente os prêmios de garantia à exportação agrícola para conseguir cumprir o compromisso no prazo estipulado. No entanto, o Brasil constata que os americanos estão deixando tudo para mais tarde.

 

Reforma - No caso da reforma da Farm Bill, a lei agrícola americana, a expectativa é que ocorra também até o ano que vem. Dessa vez, os representantes dos dois países vão se reunir num contexto quase inédito, justamente pela pressão que cresce no Congresso para o governo cortar subsídios. O Brasil quer esclarecimentos da parte americana sobre o que vai acontecer, se o Senado também aprovar emenda acabando com o pagamento da compensação de US$ 147 milhões por ano para os produtores brasileiros. A emenda já passou na Câmara, e se for eliminada, o acordo bilateral estará sendo rompido.

 

Pesquisa - Enquanto isso, o Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) deve deflagrar no segundo semestre os primeiros projetos de pesquisa e desenvolvimento em algodão, com o dinheiro pago mensalmente pelos americanos. Uma parcela vai beneficiar projetos em quatro países produtores africanos - Burkina Fasso, Mali, Chade e Benin. (Valor Econômico)

INDÚSTRIA I: Medidas de incentivos podem sair aos poucos

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Antes de anunciar a nova política industrial, com foco prioritário no desenvolvimento da inovação e da tecnologia, os técnicos e ministros envolvidos na sua montagem vão ter uma reunião com Dilma Rousseff. Nesta quarta-feira (13/07), ela terá encontro com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A divulgação do pacote de medidas de incentivos fiscais para a indústria está prevista para dia 21. Nem todas as medidas, porém, estarão necessariamente nesse conjunto. A revisão dos 11 regimes tributários especiais e a desoneração da folha de salários das empresas podem ficar para um segundo momento.

Fôlego - Com o poder de compra do governo próximo a R$ 70 bilhões este ano, acredita-se que será possível dar bom fôlego para a indústria têxtil, de softwares, equipamentos de saúde, remédios, vacinas e equipamentos de defesa. O que se pretende, embora não seja uma operação trivial, é dirigir as encomendas públicas para esses setores. A Defesa, por exemplo, será orientada a usar as indústrias têxtil e de calçados nacionais para fazer os uniformes e coturnos das Forças Armadas. Parte do orçamento de compras do Ministério da Defesa, de mais de R$ 15 bilhões este ano, pode ser destinada a esse fim.

 

Medida provisória - Para isso, é preciso regulamentar a medida provisória 495, aprovada no fim de 2010, que concede uma margem de preferência às empresas desses setores, autorizadas a praticar preços até 25% maiores que a concorrência nas licitações para os órgãos públicos. Na lista de medidas do governo constam, ainda, a possibilidade do crédito imediato do PIS/Cofins pago pelas máquinas adquiridas para produção - o que hoje demora dois anos ou mais e é motivo de queixas dos empresários -, assim como redução de cinco anos para um ano do prazo para depreciação de máquinas e equipamentos.

 

Objetivos e metas - As medidas de incentivo à indústria serão acompanhadas de objetivos e metas a serem cumpridas nos próximos cinco anos. Com elas o governo acredita que será possível neutralizar uma parte importante dos efeitos adversos que a valorização da taxa de câmbio tem produzido sobre o parque industrial brasileiro. Uma das metas, nesse caso, será elevar a participação da indústria no PIB dos atuais 18,3% para 19,5%. Outra é aumentar a alocação de recursos públicos para investimentos em ciência e tecnologia, sobretudo em tecnologia de informação e comunicação, que no ano passado correspondeu a 0,8% do PIB, assim como a participação do setor privado, que foi de 0,5% do PIB em 2010.

 

Investimentos privados - No caso dos investimentos privados, a ideia é chegar a 0,9% do PIB até 2015. Avalia-se, no governo, que o Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP), da gestão anterior, não teve peso na inovação tecnológica. Além disso, será assegurada a isenção de IPI sobre todos os tipos de bens de capital, de máquinas e equipamentos a material de transporte e bens de informática usados na produção industrial.

 

Ministério do Desenvolvimento - Nesta terça-feira (12/07), houve mais uma reunião para discutir esse elenco de medidas no Ministério do Desenvolvimento. As propostas foram apresentadas pelo ministro Fernando Pimentel e espera-se que o lançamento da nova política industrial ocorra ainda este mês. O ministério não quis se comprometer com uma data. (Valor Econômico)

INDÚSTRIA II: Novo tributo é rechaçado, mas redução de impostos é bem recebida

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Lideranças empresariais elogiam a intenção do governo de reduzir impostos presente na nova política industrial, como a desoneração da folha de salários, mas rechaçam a ideia de se colocar outro tributo no lugar, para financiar perdas de recursos da Previdência. Há também quem veja timidez nas medidas, pedindo mais ousadia num momento em que o câmbio valorizado causa estragos na competitividade da industrial.

Brasil Maior - Na edição desta terça-feira (12/07), o Valor antecipou o teor do pacote de ajuda ao setor industrial, que poderá se chamar Brasil Maior. Entre as principais medidas, haverá novos incentivos fiscais para segmentos que passam por um esvaziamento da cadeia produtiva e a uma desoneração da folha de salários, de implementação gradual e, tudo indica, para todos os setores.

 

Falta de ousadia - O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, diz que reduções de impostos são bem vindas e estão na direção correta, mas vê falta de ousadia por parte do governo. "Há uma timidez muito grande para tomar providências que, em tese, podem resultar em perda de receitas." Barbato considera "relevante" a redução dos encargos salariais, mas diz que zerar a contribuição patronal em quatro anos é um prazo longo demais. Para ele, é fundamental que sejam adotadas medidas para diminuir custos da indústria, para compensar os prejuízos causados pelo real valorizado. "Permitiram uma valorização do câmbio que expôs a indústria de transformação de modo absurdo."

 

Ataque - O líder empresarial ataca a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou um aumento da alíquota da Cofins para compensar perdas de arrecadação da Previdência, que deve ser causada pela desoneração da folha de salários. "A indústria não suporta mais custos", diz ele, para quem, se houver aumento de impostos, não devem recair sobre a indústria. (Valor Econômico)