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O sistema cooperativista brasileiro planeja trabalhar em conjunto com o governo federal na elaboração de ações e atividades para o Ano Internacional das Cooperativas, que será celebrado em 2012. Para alcançar esse objetivo, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apresentou nesta quarta-feira (29/06) projeto sobre o assunto para a Secretaria-Geral da Presidência da República, em Brasília (DF).
Participação ativa - "É fundamental que o Brasil participe ativamente desse projeto. Precisamos mostrar à sociedade o quanto o nosso segmento ajuda no desenvolvimento socioeconômico do País", disse o superintendente da OCB, Renato Nobile, durante reunião com a chefe de Gabinete da Secretaria-geral da Presidência da República, Maria Victória Hernandez e com o assessor Lécio Lima da Costa. O encontro contou ainda com a participação do assessor estratégico da OCB, Maurício Landi, e da gerente de Comunicação da instituição, Eruza Rodrigues.
Interesse público - As ações que serão desenvolvidas têm o objetivo de aumentar o interesse público pelo cooperativismo. A programação também terá propostas para incentivar os órgãos públicos a elaborar políticas, leis e regulamentações que propiciem o crescimento do setor. "Vamos pedir ao Itamaraty para ver a adesão do Brasil nesse processo", afirmou Maria Victória.
Brasil - No Brasil, cerca de 30 milhões de brasileiros estão envolvidos com o sistema cooperativista. A OCB representa 6.652 cooperativas e 9 milhões de associados, que geram 300 mil empregos diretos. Como organizações de ajuda mútua que atendem às necessidades dos cooperados e de suas famílias, as cooperativas auxiliam na geração de emprego e renda em comunidades locais.
Saiba mais - Anos internacionais são declarados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar a atenção do Poder Público e de outros atores sociais a respeito de temas importantes. A Assembleia Geral da ONU, ao aprovar a Resolução 64/136 em dezembro do ano passado, reconhece que o trabalho das cooperativas tem impacto na redução da pobreza e na integração social. (Informe OCB)
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As organizações que fazem parte da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM) trabalham na elaboração de um planejamento estratégico para promover maior integração entre os países-membro do colegiado. Essa discussão ocorre em Assunção, no Paraguai. Entre as instituições presentes, está a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), representada pela assessora Internacional Joana Nogueira.
Integração - Os debates tiveram início na terça-feira (28/06) e terminam nesta quinta-feira (29/06). "A ideia é intensificar esse processo de integração, inclusive com o fomento de novos negócios, mas, principalmente, dando à RECM um caráter mais formal, ou seja, instituindo-a como entidade", explica Joana.
Negócios - Para intensificar essas relações comerciais, o grupo, formado por entidades do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, também se dedica a um projeto que visa à instalação de um escritório para prospecção de negócios cooperativos em território brasileiro. "Essa é uma ação que será realizada em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, a AECID, e a intenção é que esse escritório funcione paralelo à estrutura organizacional do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural, o Denacoop", diz a assessora Internacional da OCB.
Encerramento - A reunião foi encerrada com uma plenária para aprovação das contas do último exercício da diretoria da RECM, referente ao primeiro semestre de 2011, e repasse da presidência, do Paraguai para o Uruguai. (Informe OCB)
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O frio que cobriu as lavouras de gelo ampliou as perdas climáticas, agora estimadas em até 80% nas áreas de milho. Justamente porque os efeitos da geada tendem a se agravar com as novas chuvas previstas para esta semana. Parte das plantações já tinha sido atingida também pela estiagem de maio.
Frustração - "A seca fez a média cair e agora a geada acabou com parte do que restava da lavoura", lamenta o agricultor Marcelo Riva, que esperava colher 5 mil quilos de milho por hectare e pode registrar menos de 1 mil. "Com a chuva, os grãos podem apodrecer." Ele plantou 140 hectares de milho em Campo Mourão (Centro-Oeste), metade para o consumo humano (milho verde). Os grãos leitosos foram os mais prejudicados pelo gelo.
Silagem - Por causa de perdas de 50% por conta da geada, o agricultor Amarildo Walker pretende destinar metade dos 84 hectares de milharal diretamente para silagem (alimentação animal). "A área mais adiantada vai render 60% do previsto." Ele não fez seguro e fechou contrato de venda de R$ 23 a saca. "Vamos tentar cumprir o contrato."
Hortaliças - Entre os produtores de hortaliças, as perdas chegaram a 100% no Sul e no Oeste. Mesmo em regiões mais quentes houve danos estimados em 15%. "O impacto será visto melhor daqui uns 15 dias", afirma o horticultor Bento Basílio. A alface, mais prejudicada, teve o preço automaticamente dobrado em feiras e supermercados. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Uma comitiva liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, desembarca em Moscou na próxima segunda-feira, 4 de julho, para discutir a suspensão da exportação de carne brasileira à Rússia. Jardim apresentará ao chefe do serviço veterinário russo (Rosselkhoznadzor), Sergei Dankvert, uma lista com 140 frigoríficos nacionais aptos a retomar os embarques imediatamente.
Anúncio - O envio da nova missão foi anunciado pelo ministro da Agricultura, nesta quarta-feira (29/06), em Brasília. "Vamos apresentar indústrias que cumprem 100% das exigências russas", informou. Rossi acertou a ida da missão brasileira em encontro com Dankvert, em Paris, durante a reunião do G20. "Enviamos todas as informações solicitadas pelo governo russo e nos colocamos à disposição para fornecer qualquer outro dado que seja necessário para superar essa restrição", comentou.
Modernização - O ministro anunciou, ainda, que o Brasil deve investir R$ 50 milhões, nos próximos meses, para a modernização dos laboratórios oficiais de análises de alimentos. "Obtivemos o apoio total da presidenta Dilma Rousseff para adequarmos nossos laboratórios aos padrões internacionais. Precisamos ter condições de atender às exigências dos nossos clientes. No caso da Rússia, estamos falando de um mercado de bilhões de dólares", enfatizou.
Proposta - Segundo Wagner Rossi, o Ministério da Agricultura vai formalizar uma proposta à Presidência da República, nos próximos dias, para equipar os laboratórios. Ele comentou que a liberação dos recursos vai ocorrer rapidamente. "Teremos condições de manter a posição que ocupamos no mercado mundial de alimentos sem problemas para atender aos nossos clientes", disse.
Suspensão - Desde abril, o governo russo determinou a suspensão das importações de carne de 13 frigoríficos nacionais. Em 3 de junho, a lista de indústrias exportadoras embargadas subiu para 90. A nova restrição passou a valer a partir de 15 de junho. (Mapa)
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O Brasil conquistou mais um mercado para a carne suína nacional. O Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (DAFF) da África do Sul liberou a importação do produto, após reunião na última semana com técnicos do governo brasileiro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29/06), pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. "A abertura do mercado sul-africano é um marco para o Brasil, pois é o último país a reverter a sua posição desde o foco de febre aftosa em 2005 registrado no nosso país", avalia Wagner Rossi. "A África do Sul é um mercado promissor de algo em torno de US$ 40 a US$ 50 milhões por ano", informa o ministro.
Negociações - As últimas negociações para a liberação da carne ocorreram na sexta-feira passada, 24 de junho, em Pretória, durante encontro do diretor de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Otávio Cançado, com dirigentes do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (DAFF) sul-africano. Para que os embarques sejam retomados, o governo sul-africano irá oficializar, em breve, a decisão e enviar um modelo de certificado sanitário internacional para as autoridades brasileiras. O documento indicará os critérios para as exportações da carne suína nacional. Hoje o Brasil já exporta carne bovina e de frango para o país africano.
Prioridade - As negociações com a África do Sul estavam entre as prioridades do Ministério da Agricultura neste ano, no sentido de ampliar e diversificar os mercados compradores da carne suína nacional. Em abril, um dos maiores consumidores do produto, a China, também anunciou o início das importações de carne suína brasileira. Na ocasião, a delegação brasileira chefiada pela presidenta Dilma Rousseff esteve em Pequim. O ministro Wagner Rossi participou da comitiva. O governo ainda está em entendimento avançado com a Coreia do Sul e o Japão para autorizar os embarques do produto nacional.
Comércio bilateral - Em 2010, o Brasil exportou US$ 451,7 milhões em produtos agropecuários para a África do Sul. A carne de frango é o principal produto embarcado para o país com receita de US$ 161,4 milhões, no ano passado. Em seguida, estão os produtos do complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol), com US$ 58,8 milhões (US$ 56,6 milhões referem-se às exportações de açúcar). De janeiro a maio de 2011, as exportações para os sul-africanos totalizaram US$ 246,3 milhões, valor 19,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, as carnes (frango e bovina) geraram a maior receita dos embarques brasileiros, com US$ 102,2 milhões, elevação de 20,8% em relação ao período de janeiro a maio de 2010. (Mapa)
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O Brasil teve atuação decisiva e determinante para ampliar a produção de alimentos na reunião do G20 Agrícola. A avaliação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Ele declarou que a ampliação da oferta de alimentos como forma de combater a volatilidade de preços foi o principal ponto da reunião das 19 nações mais ricas, junto com a União Europeia, ocorrida em 22 e 23 de junho em Paris."Não podemos penalizar quem é eficiente, o que defendemos é a liberdade comercial, com comércio justo para os produtores competentes", afirmou Wagner Rossi. As discussões mais importantes do encontro e o documento final, assinado pelos ministros da Agricultura do G20, foram detalhados pelo ministro nesta quarta-feira, 29 de junho, em Brasília (DF).
Esforço produtivo - "Não faz sentido uma intervenção no mercado até porque os produtores tiveram vários anos de preços deprimidos. O esforço produtivo é a única forma de se enfrentar a volatilidade de preços dos alimentos", comentou. O ministro destacou a participação de todos os países fornecedores de produtos agrícolas para a conclusão do documento do G20 Agrícola, como Estados Unidos, Argentina e Austrália.
Transparência - Rossi também comemorou a inclusão da necessidade de transparência das informações agrícolas no documento final. "O Brasil e os Estados Unidos já dispõem de uma série de informações sobre safra, estoques e preços que podem ser consultados. É fundamental que haja transparência total em relação a esses dados", reforçou. Outros itens que englobam o plano de ação do G20 são a ampliação da pesquisa para ampliar a produtividade de lavoura e a formação de estoques emergenciais para atender aos países em situação de insegurança alimentar. O ministro reiterou o interesse do Brasil em expandir os estudos em relação ao trigo. "Não temos muita expertise na área e há um grande interesse em melhorarmos a eficiência da produção", disse.
Estoques - Ele considera que a formação de estoques para os países pobres deve ser responsabilidade dos países produtores de alimentos, mas também das nações ricas. Segundo Rossi, a ideia é ter armazenada uma quantidade mínima de alimentos para atender a situações de emergência. Nesse caso, os grandes produtores agrícolas ficariam à disposição para doar mais alimentos, quando necessário.
Contribuição financeira - Por outro lado, comentou, os países ricos que não são fornecedores de produtos agrícolas também podem contribuir financeiramente comprando estoques. "Temos ainda cerca de 1 bilhão de pessoas em situação de insegurança alimentar e é fundamental termos esses estoques de ajuda humanitária", avalia. O ministro lembrou que na última semana o governo brasileiro autorizou a doação de alimentos para nações pobres, com 500 mil toneladas de arroz.
Mecanismos - Outra questão que entrou na pauta do G20 agrícola, de acordo com o ministro, foi o uso de mecanismos do mercado financeiro no comércio de commodities alimentares. "Defendemos a elaboração de estudos aprofundados para se medir o real impacto da utilização desses mecanismos na formação de preços dos alimentos", declarou.
FAO - O ministro comemorou, ainda, a eleição do ex-ministro José Graziano da Silva para a direção geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). "A eleição do Graziano é uma expressão da força do Brasil na comunidade internacional e da economia nacional", comentou. "Temos o país com maior sucesso na agricultura tropical do mundo". A disputou ocorreu durante a 37ª Assembleia Geral da FAO, realizada em Roma entre 25 e 26 de junho. Graziano foi eleito no domingo por 92 votos contra 88 obtidos pelo ex-chanceler da Espanha Miguel Ángel Moratinos. (Mapa)
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O grupo dos países agrícolas mais ricos do mundo cobrou do Brasil uma alternativa para reduzir a forte dependência do Programa Nacional de Biodiesel do uso do óleo de soja. Em reunião na semana passada, em Paris, os ministros da Agricultura do G-20 apontaram uma excessiva concentração da commodity como base do biodiesel brasileiro. "Eles disseram que estamos muito concentrados na soja. Mas eu disse que nós temos uma multiplicidade de fontes, como a mamona, o pinhão-manso e a palma", revelou nesta quarta-feira (29/06) o ministro da Agricultura, Wagner Rossi
Explicação - Acostumado a apontar a cana como uma matéria-prima mais sustentável e econômica do que o milho usado pelos Estados Unidos para fabricar etanol, o Brasil teve que se explicar a europeus e americanos. O questionamento dos países ricos deriva da discussão, ainda não superada nos fóruns internacionais, sobre a concorrência direta entre a produção de matérias-primas para bioenergia e para a alimentação. Os europeus temem um "desvio" de commodities alimentares para a produção de combustíveis. Isso também atua como fator fundamental para balizar os preços da soja, em franca ascensão há vários meses.
Superação - "Disse a eles que este momento vai ser superado sem afetar commodities alimentares. Agora, a soja está mais disponível. Mas somos os maiores produtores de soja do mundo. Hoje, é só uma fração da soja que vai para o biodiesel", justificou Rossi. A preocupação dos países ricos está baseada nos dados do programa brasileiro de biodiesel. Em 2010, 75,22% do biodiesel produzido no país utilizou o óleo de soja como matéria-prima, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mamona, girassol, palma e pinhão-manso não foram listados pela ANP. Outros 20,6% foram feitos a partir de gordura bovina. E 2,4% foram fabricados com caroço de algodão.
Contra-ataque - A censura ao biodiesel brasileiro nasceu como um contra-ataque de americanos e europeus à defesa enfática do etanol de cana feita pelo ministro Rossi nos debates do G-20 Agrícola. "Houve uma tentativa de caracterizar o programa do etanol como uma certa prevenção, limitando e impondo obstáculos", disse ele. "Salientei a diferença entre o etanol do Estados Unidos no milho e o de cana aqui". Rossi afirmou aos colegas que há um "impacto muito pequeno" na questão alimentar em decorrência do uso da cana-de-açúcar para a produção de etanol no Brasil. "A cana não é um alimento direto. Por isso, o texto final do G-20 foi extremamente leve com o nosso programa (de etanol). Temos preocupação, sim, com o programa dos EUA".
Vitória - Na reunião de estreia do G-20 Agrícola, o Brasil também contabilizou como vitória o fato de ter evitado a imposição de mecanismos de controle sobre os preços agrícolas. A França tentava criar um consenso sobre a necessidade de evitar a forte instabilidade nos preços das commodities agropecuárias. "O presidente Sarkozy fez uma carga pelo controle de preços, retomou a tese da resposta à comunidade internacional contra a volatilidade e a elevação dos preços", relatou o ministro. "Mas a posição do Brasil foi muito forte". Rossi informou que, no texto final do encontro inédito, foi "reconhecida a importância do aumento da produção e a busca de um preço de equilíbrio" para enfrentar a questão alimentar.
Posição negociadora - O ministro afirmou que o resultado do G-20 consolidou a posição negociadora do Brasil. "Foi importante não aceitar interferências no mercado, sem penalizar os eficientes. Isso não tem cabimento". O Brasil também evitou, segundo Rossi, a imposição de controles sobre instrumentos financeiros, alcançou compromisso dos países em abrir informações de produção global, ajudou a criar ambiente para alertas de crises alimentares e estoques humanitários de emergência, assim como avançou nos entendimentos com a União Europeia para, em vez de questionar seus subsídios agrícolas, aumentar a fatia do Brasil nas importações de € 120 bilhões. (Valor Econômico)
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A presidente Dilma Rousseff propôs nesta quarta-feira (29/06) ao Mercosul o aumento da proteção comercial contra o aumento de importações, numa tentativa de conter a entrada de produtos baratos da Europa, Ásia e Estados Unidos em uma região de rápida expansão. A proposta, levada pelo Brasil à Comissão de Comércio do bloco, que também é formado por Argentina, Paraguai e Uruguai, será discutida nas próximas semanas e permitirá que cada país eleve individualmente seus tributos de importação de bens não pertencentes à zona, de acordo com uma autoridade do governo brasileiro.
Atenção - "Nós, países do Mercosul, devemos estar bem atentos ao que se passa no mundo. Nesse momento de excepcional crescimento da região, identificamos que alguns parceiros de fora buscam nos vender produtos que não encontram mercado no mundo rico", disse Dilma, em sua primeira participação numa cúpula do Mercosul desde que tomou posse, em janeiro.
Perda de competitividade - Chanceleres e ministros de Comércio e Economia do bloco, reunidos no Paraguai desde terça-feira, expressaram preocupação pela perda de competitividade da economia regional por uma apreciação de suas moedas, o que estimula as importações. Dilma disse que o Mercosul precisa "avançar no desenvolvimento de mecanismos comunitários que venham reequilibrar a situação" e pediu que a Comissão de Comércio do bloco aprove a proposta do Brasil até dezembro, quando chegará ao fim o semestre de presidência uruguaia no Mercosul, que começa a partir da atual cúpula.
Crescimento - As economias do Mercosul voltarão a crescer este ano acima da média mundial, com taxas que oscilarão entre 4%, no caso do Brasil, até 7% ou mais, no caso da Argentina - nível mais moderado em comparação com o crescimento de 2010. "Os países em desenvolvimento na América Latina, neste contexto, têm um desempenho muito mais dinâmico, mas temos sofrido as consequências do excesso de liquidez produzido pelos países ricos, que compromete nossa competitividade e tem sido o principal fator responsável pelas pressões inflacionárias existentes", disse Dilma.
Participações - Além da presidente brasileira, também participaram da reunião do Mercosul, no Paraguai os chefes de Estado de Equador e Uruguai. A presidente argentina, Cristina Kirchner, não viajou por recomendação médica. O presidente do Uruguai, José Mujica, que falou depois de Dilma, pediu que as companhias brasileiras, as maior fortes da região, cooperem para ajudar a desenvolver seus sócios. "O Brasil não tem culpa de ser tão grande, nem nós temos culpa de sermos tão pequenos. Isso se arruma multiplicando os atores", disse Mujica.
Projetos - Na opinião de Dilma, as assimetrias entre os sócios devem ser enfrentadas com a execução de "projetos de grande relevância". "Precisamos promover maior integração de nossas cadeias produtivas, estimulando parcerias entre as empresas da região, sobretudo as de pequeno e médio porte", afirmou a presidente. (Reuters / Valor Econômico)
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O engenheiro agrônomo e assessor da área de meio ambiente do Sistema Ocepar, Silvio Krinski, acompanha, nesta quinta-feira (30/06), a audiência pública sobre o Código Florestal com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, promovida pelas comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Agricultura (CRA) do Senado Federal, em Brasília. Na sexta-feira (01/07), ele também participa da discussão sobre o tema que vai acontecer com os senadores da CRA e demais representantes das cooperativas e outras organizações ligadas ao setor agropecuário.
Licenciamento ambiental - De acordo com a Agência Senado de Notícias, nesta semana, os senadores também poderão votar em Plenário o projeto de lei da Câmara (PLC 1/10), que regulamenta o licenciamento ambiental e define competências da União, dos estados e dos municípios com relação ao setor. A proposta, de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA), tramita em regime de urgência mas só pode ser votada depois que o Plenário deliberar sobre a medida provisória 526/11, que autoriza a União a conceder crédito de até R$ 55 bilhões ao BNDES. (Com informações da Agência Senado de Notícias)
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Em São Jorge do Ivaí, a 50 km de Maringá, onde estão cultivados 26 mil hectares com milho, 80% das lavouras estavam justamente na fase mais suscetível a perdas por frio. A forte geada da madrugada de ontem pode ter causado grandes danos. Conforme informou o gerente da Cocamar, José Claudemir Menegon, a geada atingiu lavouras tanto nas áreas de baixada como cabeceira de lote. A temperatura mínima foi de 0 ºC. "Ainda não é possível mensurar as perdas, porém sabemos que haverá uma redução considerável na produtividade das lavouras mais novas. O produtor Armando Pauro, que plantou 242 hectares, diz que foi a pior geada dos últimos cinco anos. "As perdas somente poderão ser quantificadas em alguns dias. No ano passado, sua produtividade foi uma das melhores de todos os tempos: 103 sacas por hectare, em média.
Atingiu tudo - Em Floresta, a 30 km de Maringá, o frio foi ainda maior. Os termômetros marcaram -1 ºC, segundo o gerente da Cocamar, Frederico João Altrão. A geada foi considerada de moderada a intensa, atingindo praticamente todas as áreas. Dos 16 mil hectares cultivados com milho safrinha, aproximadamente 30% foram destruídos pela geada - são lavouras mais novas. "Cerca de 50% dos plantios estão na fase intermediária, mas não é possível quantificar as perdas com exatidão. Podemos dizer que apenas 20% dos plantios estão a salvo e devem começar a ser colhidos entre os dias 11 e 15 de julho", comenta Altrão.
Perda total - Uma madrugada que o agricultor Carlos Patrício Miranda prefere esquecer. Todos os 193 hectares cultivados por ele foram atingidos pela gelo. "Calculo que nos 48 hectares mais adiantados as perdas tenham sido de 20 a 30%. Já no restante, que está mais atrasado, de 50% pra lá. No total, meu prejuízo deve passar dos R$ 150 mil", lamenta.
Mais gelado - Na região de Londrina o frio também foi intenso. Em São Martinho, distrito de Rolândia, os termômetros assinalaram -2 ºC nas baixadas. Uma das lavouras afetadas foi do agricultor José Carlos Bizetto, que cultiva aproximadamente 550 hectares de trigo. "Os plantios mais prejudicados são aqueles em que o trigo está cacheado, porém temos plantios em vários estágios", finaliza. (Imprensa Cocamar)
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Os produtores da localidade de Imbituva, na região Cento Sul do Estado, contam agora com um novo entreposto para recepção, beneficiamento e armazenagem de grãos. A cerimônia de inauguração da unidade será nesta quinta-feira (30/06), a partir das 16h30. O novo entreposto teve investimentos de R$ 12 milhões e pode receber até 24 mil toneladas de grãos. A estrutura oferece aos produtores outros benefícios, como uma ampla loja de peças e acessórios, farmácia veterinária, venda de rações e insumos.
Estratégico - O local é considerado estratégico, pela facilidade de acesso, atendendo a região que se destaca na produção agropecuária. A proximidade do entreposto com as propriedades rurais deve gerar aos produtores economia em frete, já que a unidade de recebimento mais próxima até então era em Ponta Grossa, onde a Cooperativa Batavo possui o maior número de entrepostos. A agilidade na descarga também passa a ser um fator determinante que reforça a segurança na comercialização de grãos, resultado de um sistema estruturado e bem organizado.
Ganhos - Todas estas facilidades acabam gerando ganhos ao produtor, que passa a investir mais na produção.
Para o produtor pecuarista, os principais benefícios serão o acesso a rações de qualidade e medicamentos veterinários. Através da nova farmácia veterinária, a venda de produtos diversifica e facilita o pronto atendimento, itens essenciais para esta atividade.
Assessoria técnica - A assessoria técnica mais acessível e direta também é um fator determinante para o produtor que associa-se à cooperativa. A melhoria nos índices de produtividade deve-se a orientação profissionalizada, que resulta em uso de tecnologia mais racional e econômica, resultando em redução de perdas. Para esta atividade, a Batavo ainda oferece programas para investimentos em ampliação de estruturas e aumento do plantel.
Estrutura - Localizada numa área próxima ao Jockey de Imbituva, antiga Moageira Irati, a estrutura conta com balança para até 80 toneladas, duas moegas de 120 toneladas, um tombador para Bitrem de 80 toneladas, seis elevadores de 100 toneladas e três de 40 toneladas, quatro máquinas de limpeza de 40 e 80 toneladas, dois secadores de 120 toneladas, um silo pulmão de 600 toneladas e quatro silos de 1.000 mil toneladas mais quatro silos de 5.000 toneladas.
Serviço - Inauguração do entreposto de Imbituva / Data: 30/06/2011/ Horário: 16:30/ Local: Avenida Ana Paulina Stadler, 651. (Imprensa Batavo)
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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participa de duas audiências públicas na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados nesta semana: a primeira aconteceu nesta terça (28/06), abordando as dificuldades econômicas porque passam os rizicultores brasileiros e propondo alternativas de políticas agrícolas para elevação dos preços recebidos pelos produtores. Representando o Sistema OCB estará o Presidente da Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado,Vanir Zanatta. Já nesta quarta (29/06), a Comissão debaterá a crise enfrentada pelos suinocultores no Brasil em virtude do embargo russo à carne brasileira. Além da OCB, também estarão presentes representantes da Associação Brasileira de Criadores de Suíno, da União Brasileira de Avicultura e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. Esses são alguns dos destaques da Agenda da Semana do cooperativismo no Congresso Nacional. No Senado, o Código Florestal volta ao centro dos debates. Para acessar o documento completo, clique aqui. (Blog OCB no Congresso)
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A subcomissão especial que vai acompanhar a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) se reuniu na terça-feira (28/06) para o planejamento de suas atividades. Vinculada à Comissão de Desenvolvimento Urbano, a subcomissão é presidida pelo deputado Adrian (RJ) e tem como relator o deputado Zoinho (RJ).
Logística reversa - De acordo com o presidente, o enfoque da subcomissão será principalmente relacionado à logística reversa, um dos principais avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma vez que obrigará fabricantes, fornecedores, comerciantes e consumidor final a dar uma destinação adequada ao lixo produzido. Durante a reunião, o deputado sugeriu a realização de audiência pública com representantes da indústria, dos municípios e dos catadores para saber o que é possível fazer em relação a este tema.
Visita - Para subsidiar o desenvolvimento dos trabalhos da subcomissão, o parlamentar ressaltou a importância dos membros visitarem alguns locais como o Lixão do Gramacho (RJ), maior da América Latina, e a Estrutural (DF), além de cooperativas de catadores de lixo. De acordo com o deputado, é fundamental o desenvolvimento de um sistema de apoio municipal à criação de cooperativas de catodores e de centrais, nas capitais, para a transformação do material coletado, gerando emprego e renda tanto para os catadores quanto para os municípios. Para tanto, é necessário haver financiamento e capacitação dos pequenos e médios municípios na elaboração dos planos locais de resíduos sólidos.
Requerimento - Adrian lembrou ainda que aguarda resposta ao seu requerimento de participação da subcomissão nas reuniões e deliberações do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para ele, "é importante a subcomissão representar a participação da Câmara dos Deputados dentro do processo de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos". Por fim, o relator da matéria, deputado Zoinho ressaltou a importância da educação sanitária e ambiental por meio de campanhas nacionais promovidas pelo governo federal.
Lei - Para acessar a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, clique aqui. (Blog OCB no Congresso)
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A subcomissão destinada a acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no mercado nacional se reuniu na terça-feira (28/06) para definir seu cronograma de trabalho. De acordo com o Plano de Trabalho proposto pelo relator, deputado Alceu Moreira (PMDB), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a subcomissão tem como objetivo "promover levantamento de dados e impactos da cadeia produtiva do leite, na produção, industrialização, comercialização, aspectos sanitários, sociais, ambientais, tributários de pesquisa e de assistência técnica para o setor".
Audiências públicas - Como metodologia de trabalho, foi definida a realização de audiências públicas internas, por área temática, com a participação de autoridades públicas e privadas, responsáveis pelo tema em discussão e especialistas envolvidas com o setor, além de audiências públicas externas nos estados produtores e consumidores mais importantes, de acordo com o seguinte calendário:11/07 - Juiz de Fora (MG); 08/08 - Curitiba (PR); 22/08 - São Paulo (SP); 05/09 - Porto Alegre (RS); 26/09 - Rio de Janeiro (RJ); 10/10 - Ji-Paraná (RO) - solicitação do deputado Carlos Magno (PP) e 24/10 - Chapecó (SC) - solicitação do deputado Celso Maldaner (SC).
Assembleia geral - Após o desenvolvimento das audiências públicas será realizada uma assembleia geral com a participação de todos os envolvidos para avaliação dos dados e informações produzidas, de modo a subsidiar o relatório que será deliberado pela subcomissão e apresentado à Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. (Blog OCB no Congresso)
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A recuperação do acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá pela Avenida Airton Sena foi autorizada nesta terça-feira (28/06), em Brasília, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O anúncio foi feito durante audiência do diretor do órgão, Luiz Antonio Pagot, com o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Maron, e o prefeito de Paranaguá, José Baka Filho.
Concorrência emergencial - Com 5,8 quilômetros, a rodovia Airton Senna será recuperada por meio de uma concorrência emergencial, para atender ao tráfego diário de 4.500 caminhões. O DNIT também anunciou a inclusão, no orçamento de 2012, de verbas para a elaboração de um novo projeto para a rodovia, incluindo os acessos ao porto, ao centro do município e às praias. "O entendimento foi possível graças ao diálogo entre a prefeitura, a superintendência do DNIT no Paraná, representada pelo engenheiro José da Silva Tiago, e o governo do Estado", destacou José Richa Filho.
Reivindicação - A implantação de um acesso mais seguro e moderno ao porto e à cidade é uma reivindicação antiga da comunidade de Paranaguá e dos operadores portuários. No entendimento entre o Estado e o governo federal ficou definido que o projeto será elaborado de maneira a atender as novas áreas projetadas para o terminal marítimo. De acordo com o DNIT, o assunto será encaminhado de imediato à Casa Civil da Presidência da República e ao Ministério do Planejamento, visando agilizar o processo. Também participaram da audiência em Brasília o deputado federal Alex Canziani e os diretores do porto Juliano Vicente Elias e Carlos Roberto Frisoli. (AEN)
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Com o objetivo de sensibilizar e estimular cuidados sanitários e ambientais no meio rural, Campo Mourão realiza dia 7 de julho Seminário de Sanidade Agropecuária e Agricultura de Baixo Carbono. O primeiro evento sobre o assunto no município será promovido por um grupo de instituições: Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA), Sistema Faep, Seab, Emater, Fundepec, governo estadual, cooperativa Coamo e Ministério da Agricultura, dentro da 7.ª Exposição Agropecuária de Campo Mourão, uma realização do Sindicato Rural do município. Para os organizadores, a manutenção e a abertura de mercado para os produtos agropecuários do Paraná requer atenção às normas sanitárias e ambientais internacionais, que cada vez se tornam mais rígidas. A discussão será na Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão. Informações: www.sistemafaep.org.br. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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As commodities representaram 71% do valor total exportado pelo Brasil no acumulado de janeiro a maio deste ano. No mesmo período do ano passado a participação das commodities foi de 67%. As vendas ao exterior desse tipo de produto avançaram em ritmo mais acelerado do que as de manufaturados. Nos primeiros cinco meses do ano, a exportação de commodities cresceu 39,1% em relação a igual período de 2010, enquanto os embarques de manufaturados subiram 15,1%.
Cálculo - O cálculo é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e não considera somente as commodities classificadas pelo Ministério do Desenvolvimento (Mdic) entre os básicos. Ela leva em consideração também as commodities classificadas como semimanufaturados e também as que, em razão de incorporarem alguma industrialização, estão enquadrados nas estatísticas oficiais como manufaturados. Entre as commodities industrializadas estão açúcar refinado, combustíveis, café solúvel, alumínio em barras, entre outros.
Produtos primários - "Isso significa que temos 71% de nossas exportações baseadas em commodities. Ou seja, em produtos cujos preços não controlamos", diz José Augusto de Castro, presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Ele lembra que o avanço dos produtos primários na pauta de exportação brasileira se intensificou desde 2009. Naquele ano, a fatia das commodities nas vendas ao exterior era de 65,6%. No ano passado todo, foi de 69%.
Básicos - O aumento de participação do total das commodities foi influenciado, principalmente, pelo avanço dos produtos mais básicos, cujas exportações subiram 45,6% de janeiro a maio de 2011, na comparação com o mesmo período do ano passado. As commodities beneficiadas e as industrializadas, classificadas pelo Mdic entre os semimanufaturados e manufaturados tiveram, respectivamente, crescimento de 30,9% e 20,5% - ainda um ritmo mais acelerado que o dos produtos manufaturados de maior valor agregado, que tiveram aumento de 15,1%.
Manufaturados - Enquanto os produtos primários avançam nos embarques brasileiros, diz Rogério César de Souza, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), a balança comercial de manufaturados no Brasil vem acumulando déficits cada vez maiores. De acordo com levantamento do Iedi, no primeiro trimestre do ano passado a indústria brasileira de manufaturados teve déficit de US$ 7,5 bilhões. O saldo negativo saltou para US$ 10 bilhões nos primeiros três meses de 2011. No acumulado do ano passado, o déficit chegou a US$ 35 bilhões. "Para este ano estimamos que esse valor ultrapasse os US$ 50 bilhões."
Preço - O que explica o avanço das commodities foi basicamente preço, diz Castro. No acumulado de janeiro a maio, o valor exportado em minério de ferro cresceu 107,3% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado. No período, o volume exportado cresceu 4,49% enquanto o preço subiu 98,4%. A soja exportada aumentou 22,7% em valores. De novo, foi o preço quem comandou o crescimento, com alta de 30,7%, enquanto o volume embarcado caiu 6,2%.
Mercado secundário - Os preços dos produtos primários, lembra Souza, não seguem apenas o movimento de oferta e demanda. "Esses preços são pressionados também pelo mercado secundário, que pode buscar outros ativos mais rentáveis a qualquer momento", diz ele. Para castro, "há ainda uma grande liquidez no mundo, embora os preços das commodities nos últimos meses tenham mostrado que há uma certa saturação nesses mercados".
China - Em termos de demanda, lembra Castro, a exportação brasileira de commodities está fortemente baseada no crescimento econômico da China. Se houver desaceleração do crescimento chinês o impacto na demanda será global e isso contribuirá para reduzir mais rapidamente o valor das exportações brasileiras do que o das importações, diz Souza. A volatilidade de preços das commodities é muito alta e tem efeitos imediatos, explica o economista do Iedi.
Recuo - Já os preços dos manufaturados, que representam 80% da importação brasileira, diz Castro, vão demorar a sentir o recuo. "Os manufaturados têm contratos fechados por prazos mais longos e há maior fidelidade ao fornecedor." Castro lembra ainda que alguns mercados importantes de manufaturados brasileiros, como os países da América do Sul, têm economia atualmente impulsionada por um motor semelhante ao brasileiro: a exportação de commodities. "Caindo a capacidade de exportação desses países, haverá também menor demanda para importação, o que afeta as vendas brasileiras de manufaturados ao exterior."
Reflexos - O resultado para o Brasil pode ser uma redução de superávit ou geração de déficit, com os efeitos resultantes nas contas fiscais e eventualmente na inflação. Castro acredita, porém, que o atual cenário deve ser mantido pelo menos até o fim de 2011. Importantes produtos na pauta brasileira de commodities, como a soja, por exemplo, diz, já foram vendidas. "Os contratos foram fechados, com preços já definidos. O grão só não foi entregue", diz. O minério de ferro, outro item primário importante, já está com o preço para o terceiro trimestre definido. "O quarto trimestre ainda está em aberto, mas deve manter patamar de preço semelhante ao atual, a menos que haja alguma mudança repentina no mercado externo." (Valor Econômico)
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As licenças não automáticas de importação deixaram de fazer parte das reclamações de ministros, mas ainda provocam irritação no setor privado, que reclama que os governos do Brasil e da Argentina não agilizaram suficientemente o comércio bilateral e teriam descumprido acordo feito em junho para resolver a questão entre os dois países. Embora não esteja oficialmente na pauta, o assunto deve vir à tona nesta quarta-feira (29/06)na reunião de cúpula dos países do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - discutirão estratégias para o comércio regional. A presidente Dilma Rousseff participará da reunião na capital paraguaia, mas a presidente Argentina, Cristina Kirchner, não.
Ponto crítico - A aplicação da licença não automática no comércio entre o Brasil e a Argentina chegou em um ponto crítico em maio, quando exportadores brasileiros se queixaram de que alimentos, implementos agrícolas e outros eletroeletrônicos esperavam pelo desembaraço argentino há 60 dias. O Brasil também passou a exigir licença prévia para automóveis e autopeças. No início de junho, os dois lados chegaram a um acordo verbal pelo qual mantinham esse mecanismo alfandegário, mas a Argentina prometia liberar o documento no prazo legal de 60 dias e o Brasil acenava em conceder as licenças para automóveis em até dez dias.
Descumprimento - Menos de um mês depois, fontes consultadas pelo Valor afirmaram que ambos os compromissos foram descumpridos. As liberações estão ocorrendo em "doses homeopáticas", queixa-se Sergio Rocha, presidente da General Motors na Argentina. Na semana passada, a montadora tinha cerca de 7 mil veículos fabricados no país vizinho à espera de licenças não automáticas para entrar no Brasil. Os carros estão no pátio da empresa em Rosário, na fronteira terrestre e em navios nos portos brasileiros.
Demora - "As licenças estão demorando, em média, 15 dias", diz Rocha. O problema da demora, diz ele, é que o mercado brasileiro tem sido disputado por montadoras de todo o mundo e qualquer atraso na entrega dos veículos pode gerar perda irreversível de participação de mercado. "O Brasil tornou-se um mercado hipercompetitivo e não sabemos se dá para recuperar depois o que se perde hoje."
Procedimentos - O presidente da Volkswagen na Argentina, Victor Klima, já havia reclamado dos procedimentos adotados pelo governo brasileiro. Na abertura do Salão do Automóvel de Buenos Aires, ele disse que a montadora tinha cerca de 2.500 veículos retidos no porto de Paranaguá (PR), esperando liberação. Klima afirmou, na ocasião, que o problema ocorria, porque o governo vinha analisando as licenças não automáticas veículo por veículo, em vez de fazer isso por lotes. "Há muita burocracia e falta capacidade para trabalhar com esse procedimento em Brasília."
Estoque - Do lado brasileiro, a reclamação é que o governo argentino não limpou o estoque de licenças de importação atrasadas em vários setores. Um deles é o de calçados, que tem 450 mil pares aguardando a entrada no país vizinho, segundo levantamento concluído nos últimos dias pela Abicalçados, a associação da indústria. "A maioria é de pedidos feitos em junho, ainda dentro do prazo de 60 dias dado pela OMC, mas também há pendências de fevereiro e que já somam mais de 200 dias de trâmite", relata Heitor Klein, diretor-executivo da entidade. Ele acredita que a situação não se normalizará no curto prazo porque as liberações de licenças "têm sido usadas pelos dois lados como instrumento de pressão". O setor de calçados possui um acordo, em vigência até o fim de 2011, pelo qual os produtores brasileiros limitam a 15 milhões de pares por ano as exportações para a Argentina.
Queixa - O executivo se queixa de que "os argentinos não cumpriram com o combinado" após o acordo e atrasam as licenças para o que é exportado dentro da cota. Por isso, rejeita a proposta - feita extraoficialmente pela câmara argentina de calçados - de renová-lo. Os fabricantes do país vizinho propõem reduzir esse volume para 12 milhões de pares por ano ou, no máximo, manter a cota como está. "Não vão ter a nossa complacência. Não tenho a palavra final, são os nossos associados que decidem, mas sinto que o clima para prosperar uma proposta desse tipo é muito ruim", diz Klein.
Situação não resolvida - Roberto Giannetti da Fonseca, diretor de relações exteriores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que "a situação não está completamente resolvida". Segundo ele, as trocas melhoraram bastante daquela verificada durante a segunda quinzena de maio. "A liberação das licenças pela Argentina chegou a estourar os 60 dias", diz, referindo-se ao prazo que a Organização Mundial do Comércio (OMC) estabelece para a emissão da licença não automática. Ele diz, porém, que exportadores brasileiros do segmento de autopeças, vestuário, têxteis e equipamentos agrícolas ainda estão com dificuldades, enfrentando espera próxima aos 60 dias e precisando fazer pedidos reiterados para o desembarque na Argentina. (Valor Econômico)
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Vinte anos depois de sua criação, o Mercosul vai trabalhar pela inclusão definitiva de dois membros no bloco: Bolívia e Equador. Atualmente, os dois países andinos são membros associados do bloco regional, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Como membros plenos, os dois países poderiam participar também da união aduaneira.
Decisão - A decisão de negociar a maior aproximação com os governos boliviano e equatoriano foi tomada pelos chanceleres dos países integrantes do bloco, nesta terça-feira (28/06), véspera da 41ª Cúpula do Mercosul. O alto representante do Mercosul, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, viajará em breve a Bolívia, acompanhado por diplomatas dos quatro países membros, para iniciar as negociações. Em seguida, viajará ao Equador, cujo presidente, Rafael Correa, participará da cúpula como convidado.
Membros - Alem da Bolívia e do Equador, o Mercosul tem mais três membros associados: Chile, Peru e Colômbia. Mas o Mercosul optou por negociar uma aproximação maior com os governos da Bolívia e do Equador porque eles não têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos ou a UE.
Perda de força - Ao anunciar os projetos de expansão do Mercosul, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, rebateu as críticas de que o bloco econômico perdeu força e não conseguiu transformar-se em um verdadeiro projeto de integração política, econômica e comercial, como a União Europeia (UE). Segundo ele, em 2010, a economia do bloco regional cresceu 8% em relação ao ano anterior. "Foi o crescimento mais elevado que o registrado por qualquer outra união aduaneira ou associação de livre comércio", disse Patriota, em entrevista coletiva. Além da União Europeia, que vive momentos de crise, o Mercosul superou, em crescimento, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Paraguai - Patriota também respondeu às críticas de empresários paraguaios, publicadas na imprensa local, às travas comerciais do Brasil e da Argentina. Ele lembrou que, em 2010, a economia paraguaia cresceu 15%, o maior crescimento no continente americano. E disse que o crescimento no bloco econômico foi acompanhado por distribuição de renda."No passado, o Brasil cresceu, mas não havia igualdade social. Hoje, dos Brics [acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], o Brasil é o único com crescimento e distribuição de renda. O mesmo ocorre na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. Essa melhoria não pode ser dissociada do Mercosul", ressaltou o subsecretário-geral para América do Sul, Central e Caribe, embaixador Antônio José Simões.
Intercâmbio comercial - Em 20 anos de Mercosul, houve também um aumento significativo do intercâmbio comercial, que passou de US$ 4,5 bilhões em 1991 para US$ 45 bilhões no ano passado. Segundo Patriota, as expectativas para 2011 é superar os US$ 50 bilhões. "O intercâmbio comercial cresceu mil por cento", disse Simões. Segundo ele, esse desempenho é superior ao de outros acordos de livre comércio, como o assinado há sete anos por Chile e Estados Unidos. (Agência Brasil /Valor Econômico)
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Pleitos do sistema cooperativista ligados à área tributária foram contemplados pela Lei Federal nº 12.431, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (27/06). "A Medida Provisória nº 517/2010 foi convertida nessa nova lei, resultando em diversas conquistas para o setor, especialmente nos seus artigos 10 a 13", afirmou o assessor tributário da Ocepar, Marcos Antônio Caetano. Uma das reivindicações atendidas foi a suspensão do PIS/Cofins também para carnes salgadas de aves, possibilitando aproveitamento dos créditos presumidos (30% exportações), mediante compensação com outros tributos ou pedido de ressarcimento em dinheiro.
Outras mudanças - A Lei 12.431/10 permite ainda o resgate do aproveitamento de créditos (ordinários/integrais) para o setor de farelo de soja e algodão. Também, a inclusão das cooperativas no artigo 56-B da Lei nº 12.350/2010, possibilitando o aproveitamento dos créditos presumidos acumulados desde 2006 (de 50% na aquisição de soja) e na comercialização de farelo de soja no mercado interno e externo. Ela também prevê a possibilidade de aproveitamento de créditos presumidos acumulados desde 2006 pelo setor de carnes de aves e suínos, em função das vendas ao mercado externo, mediante compensação com outros tributos ou pedido de ressarcimento em dinheiro.
Rações - "Para o setor de rações, continuaremos buscando resgatar o aproveitamento de créditos, elaborando emendas para oportuna inserção em outras medidas provisórias ou projetos de lei", informou ainda Caetano.