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O governador Beto Richa garantiu nesta quinta-feira (16/06), em reunião com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), que o Paraná voltará a ser reconhecido internacionalmente como área livre da aftosa e, com isso, possa ampliar as condições de grande exportador do setor agropecuário.
Estudo - Richa recebeu da Faep um estudo sobre estratégias para garantia da sanidade animal no Paraná, de forma a assegurar que o Estado retome até 2014 a posição de área livre da febre aftosa sem vacinação. Por causa da falta de reconhecimento internacional, nos últimos cinco anos o setor agropecuário paranaense acumula os prejuízos que chegam a R$ 4 bilhões, principalmente em razão da queda das exportações.
Agência - Para auxiliar a recuperação do setor, Richa reforçou a importância da criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, cujo projeto de lei será encaminhado pelo governo para a Assembleia Legislativa nas próximas semanas. "Há um esforço conjunto do governo com o setor privado para reposicionar o Paraná comercialmente na cadeia produtiva mundial como exportador de carne e proporcionar condições para a erradicação da febre aftosa", disse Richa.
Estrutura - De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a Agência de Defesa Agropecuária envolverá órgãos do governo, produtores rurais e entidades ligadas ao setor agropecuário e contribuirá para o aumento de competitividade nas exportações de carnes, desenvolvimento de tecnologia nos setores de produção pecuária e industrial e aumento de empregos e renda.
Perdas - "Desde 2005, a economia do Paraná perdeu em arrecadação e com a depreciação do valor da carne no mercado mundial. Temos que unir esforços para que isso não aconteça novamente e acabe tirando o Estado do mercado, como aconteceu recentemente, quando a Rússia suspendeu parcialmente a compra de carne suína e bovina do Brasil", afirmou o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
Sugestões - O estudo apresentado pela Faep foi realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UNB). O documento sugere iniciativas para reforçar o sistema de defesa agropecuária, envolvendo os governos federal e estadual, prefeituras, institutos de pesquisa públicos e privados e produtores. Além disso, detalha os prejuízos ocorridos nos últimos anos. Os números foram agrupados por área: produção de leite (R$ 258 mil); custo operacional de saneamento (R$ 650 mil); indenizações (R$ 6 milhões); perdas no valor bruto de produção nas cadeias produtivas de bovinos e suínos (R$ 900 milhões); perdas no Produto Interno Bruto (R$ 1,3 bilhão) e perdas com exportações de 2006 a 2010 (R$ 1,8 bilhões). (AEN)
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Depois de bloquear a entrada de carne suína procedente do Brasil, a Rússia indicou nesta quinta-feira (16) que a liberação do produto seguirá critérios técnicos. A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, após conversa com o seu colega russo, Sergey Lavrov. Segundo Patriota, o assunto envolve uma questão fitossanitária e deverá ser resolvido em breve.
"Conversei brevemente com ele [o chanceler russo]. Ele disse que o será dado tratamento técnico ao assunto. Vamos esperar [a visita à Rússia] da missão técnica brasileira. Ele falou que é exclusivamente uma questão fitossanitária [que provocou o embargo]. Esclarecidas as questões levantadas por parte da Rússia, esperamos que possam ser desbloqueadas [as exportações de carne suína para aquele mercado]", disse o chanceler brasileiro.
No começo do mês, a Rússia bloqueou a entrada de carne suína, alegando questões sanitárias. De acordo com empresários do setor, o Brasil exporta, em média, 14 mil toneladas de carne de porco por mês para a Rússia. O Ministério da Agricultura informou que vai responder de forma rápida e inspecionar novamente todos os frigoríficos habilitados a exportar para o mercado russo.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, as suspeitas dos russos contra a carne suína brasileira são infundadas. Segundo ele, o modelo do Brasil no que se refere à saúde no campo e às condições dos frigoríficos é exemplo internacional. (Agência Brasil)
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A movimentação de mercadorias pelos Portos de Paranaguá e Antonina cresceu 10% nos cinco primeiros meses de 2011, fechando em 16,2 milhões de toneladas movimentadas até agora. Os números foram apresentados pela superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) na manhã desta quinta-feira (16/06), durante a reunião mensal do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá (CAP), através do Relatório Gerencial Operacional do Porto, relativo ao mês de maio.
Granéis sólidos - Considerando apenas a exportação de granéis sólidos (soja, milho, farelo de soja, trigo e açúcar), de janeiro a maio, foram 6,7 milhões de toneladas exportadas pelo Porto de Paranaguá. De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron, a produtividade na exportação de granéis por berço de atracação, nestes primeiros cinco meses do ano, foi de 1,5 milhão de toneladas, 70% maior do que a produtividade por berço atingida em Santos, que foi de 880 mil toneladas no mesmo período. Dos 20 berços de atracação existentes no Porto de Paranaguá, cinco carregam exclusivamente granéis. Em Santos, dos 64 berços de atracação, 13 são dedicados a este tipo de operação.
Comparativo - "Quando se faz comparativos entre portos, precisamos comparar portos com características semelhantes. Santos está dentro da nossa realidade e, comparando nossos números com os deles vemos que, nos berços de granel, Santos fez 880 mil toneladas por berço e nós, 1,5 milhão por berço. Nossa performance é bastante superior a de Santos e muito adequada, apesar dos equipamentos que dispomos atualmente", disse.
Produtividade - Maron destacou ainda que a perspectiva é de crescimento ainda maior na produtividade num futuro próximo, com a execução dos projetos de ampliação do Porto, quando o terminal passará a ter 32 berços de atracação. "Ao termino da execução dos projetos, passaremos da atual capacidade nominal do Corredor de Exportação, de nove mil toneladas/hora, para 18 mil toneladas/hora. Nos outros dois berços que movimentamos granéis, vamos também dobrar a capacidade nominal de movimentação com a instalação de novos shiploaders", disse.
Pauta - A apresentação do relatório gerencial, a partir da reunião desta quinta-feira, passa integrar a pauta de trabalhos de todas as reuniões do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá. De acordo com o presidente do CAP, Antônio Alfredo Matthiesen, a apresentação do relatório é importante porque demonstra à comunidade portuária os avanços e a evolução do Porto. "Sem dúvida nenhuma o Porto de Paranaguá tem mostrado sua eficiência através dos números, destacando a eficiência dos berços em comparação com Santos. É importante lembrar ainda que estes equipamentos serão modernizados oportunamente e já estão nos planos de investimentos do Porto de Paranaguá", afirmou.
Destaque - Além dos granéis, outro destaque foi a movimentação de veículos. Até maio, o Porto de Paranaguá movimentou - entre exportações e importações - 75 mil unidades, atingindo um aumento de 31% em relação à quantidade movimentada no mesmo período do ano passado. Hoje, o Porto de Paranaguá conta com uma capacidade, em dois pátios, para 12 mil veículos e está trabalhando no processo de alfandegamento de um terceiro pátio, que vai permitir um acréscimo de 21% na capacidade de armazenagem deste tipo de produto no Porto. (AEN)
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"A guerra fiscal está destruindo o parque industrial brasileiro", disse o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, a empresários reunidos na Associação Comercial do Paraná na noite desta quarta-feira (15/06). Hauly lamentou que o Paraná também faça parte dessa guerra entre os estados brasileiros - caso contrário, poderia prejudicar a indústria paranaense - mas defendeu mudanças urgentes, que podem ser obtidas na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que será realizada em Curitiba entre os dias 6 e 8 de julho.
Motivação - "As dificuldades nos afligem mas não nos derrubam; elas nos motivam", comentou Hauly ao expor aos empresários a situação financeira do estado. Ele foi aplaudido quando lembrou sua atuação em favor da micro e da pequena empresa - é autor ou relator de praticamente todas as leis do setor, como a do Simples - e revelou que a fiscalização da Receita Estadual será focada apenas nas cerca de 5 mil maiores empresas do Estado. E alertou que não será tolerado nenhum desvio de conduta de fiscais. "Todos temos de estar vigilantes e todos os problemas devem ser encaminhados ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado)".
ICMS - O caso da redução da alíquota do ICMS na importação, medida tomada por vários estados para movimentar seus portos, é exemplar. A redução da alíquota para 3% acaba gerando mais créditos do que o imposto arrecadado, avaliou o secretário. Os estados esperavam compensar ao menos parte de perdas como essa com os recursos devidos pela União por conta da Lei Kandir (de desoneração das exportações), mas o acordo não é cumprido pelo governo federal. De acordo com o secretário, o Paraná deveria receber cerca de R$ 1 bilhão por ano.
Estrutura tributária - "Não é possível que estados como o Paraná, que exporta a maior parte de sua produção agrícola, mantenha a atual estrutura tributária", disse. O governo do Paraná defende reduzir drasticamente a alíquota dos alimentos, mantendo apenas o suficiente para abater os créditos gerados pela venda desses mesmos alimentos, a fim de não alimentar a indústria de créditos de ICMS. "Isso acaba gerando um contencioso infindável, a exemplo dos precatórios", disse Hauly.
Política adequada - O presidente da ACP, Edson José Ramon, enalteceu o acerto do governador Beto Richa na escolha de Hauly para responder pela pasta, com a missão de harmonizar a gestão fiscal com o fomento do estado. Dizendo reconhecer que não é tarefa fácil conciliar redução de gastos, formação de poupança para investimentos e desonerar o empresariado, acrescentou que "entendemos que o senhor tem condições de imprimir uma política fiscal adequada, sem onerar o setor produtivo, a fim de atrair investimentos para o Paraná". (AEN)
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Conservadores fiscais venceram duas importantes votações nesta quinta-feira (16/06) no Congresso americano pelo corte de subsídios agrícolas, num primeiro passo de um processo legislativo que ao fim poderá levar à eliminação de barreiras comerciais e da concorrência desleal dos Estados Unidos aos produtores brasileiros de álcool combustível e de algodão.
Senado - No Senado, foi aprovada uma emenda que derruba imediatamente subsídios aos produtores americanos de álcool, também conhecido como etanol, e a tarifa de importação do produto, com uma folgada maioria de 73 votos a 27. Para entrar em vigor, porém, o dispositivo ainda deve passar pela Câmara.
Câmara - Na Câmara dos Deputados, foi aprovada uma outra emenda que derruba o pagamento de US$ 147 milhões aos produtores brasileiros de algodão, por 223 votos a 197. Num primeiro momento, o Brasil sai perdendo. Mas o deputado que patrocina a medida na Câmara, Ron Kind, afirma que o desdobramento natural dessa votação será cortar também os subsídios aos produtores americanos de algodão, que a Organização Mundial do Comércio (OMC) declarou ilegal numa ação movida pelo Brasil. Essa emenda também tem que passar pelo Senado para entrar em vigor.
Contrabando - A emenda que elimina os subsídios ao álcool foi colocada como contrabando dentro de um projeto que trata de um assunto completamente diferente, a revitalização do desenvolvimento econômico. Como esse projeto maior tem poucas chances de ser aprovado no Congresso, é bastante provável que a emenda que termina com as barreiras ao álcool caia também.
Termômetro - Mas a votação folgada no Senado é um importante termômetro da pouca disposição política para renovar os subsídios quando eles vencerem em dezembro, ou mesmo para extingui-lo antes disso, dentro das negociações no Congresso para cortar o déficit público americano. "A indústria americana do etanol tem procurado se posicionar para que os subsídios sejam reduzidos gradualmente", afirmou ao Valor Divya Reddy, analista política especializada em energia e recursos naturais da consultoria Eurasia Group. "A votação mostrou que não há apetite para isso no Senado."
Incentivo - Para incentivar o uso de energias renováveis, o governo americano concede um subsídio de 45 centavos de dólar por galão (3,8 litros) de álcool misturado à gasolina, num programa que custa US$ 6 bilhões anuais aos contribuintes americanos. Para evitar que o subsídio vá para produtores estrangeiros, o governo também impõe uma tarifa de 0,54 centavos de dólar sobre o etanol importado. Um dos maiores prejudicados pelo sistema é o Brasil, que produz etanol de cana-de-açúcar com custos mais baixos que o produto americano, geralmente feito de milho.
Preços - "O fim do sistema de tarifas no etanol importado, que dura 30 anos, vai ajudar a baixar os preços dos combustíveis para os americanos, dando acesso a fontes renováveis de energia mais baratas como o etanol de cana-de-acúcar", declarou ontem Leticia Phillips, representante baseada em Washington da União da Indústria de Cana-de-Açucar (Única), uma entidade brasileira de lobby.
Onda conservadora - Os cortes de subsídio ao algodão e ao álcool combustível são resultado de uma onda conservadora que tomou o Congresso em fins do ano passado, quando o partido de oposição Republicano venceu as eleições legislativas com um discurso de austeridade fiscal. Para esse movimento político, o alto déficit fiscal americano, equivalente a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), é a principal causa da debilidade econômica do país.
Republicanos - Os republicanos têm sido mais agressivos na Câmara, onde detém a maioria, e nos últimos dias concentraram os seus esforços em fazer cortes em uma lei que distribui verbas para programas agrícolas. Uma dessas verbas é um pagamento anual de US$ 147 milhões que os Estados Unidos se comprometeu a fazer, num acordo fechado com o governo brasileiro no ano passado dentro da disputa na OMC, ao Instituto Brasileiro do Algodão (ITA), até que sejam cortados definitivamente os subsídios ilegais aos produtores americanos.
Crítica - Kind, o deputado conservador que apresentou essa emenda, crítica esse acordo fechado pelo governo do presidente Barack Obama. Para ele, os Estados Unidos deveriam ter ajustado o programa de subsídios de uma vez por todas, em vez de fechar o acordo prevendo pagamentos aos brasileiros. O governo Obama optou pela solução provisória até que, no ano que vem, seja revista a lei maior sobre a política de subsídios para a agricultura, conhecida como a "Farm Bill". "O governo está pagando uma propina para os produtores brasileiros para eles não derrubarem os subsídios americanos ao algodão", disse Kind em plenário. "Criaram um novo subsídio ao exterior para manter um subsídio que deveria ser revisto."
Apoio - Embora a emenda tenha sido apresentada pelos conservadores fiscais, o apoio do partido governista Democrata foi fundamental para sua aprovação. Dos 184 deputados democratas que votaram, 128 apoiaram a medida. Entre os republicanos, apenas 95 dos 236 deputados votaram pelo corte ao pagamento ao Brasil. Deputados mais à esquerda viram na votação uma forma de protestar contra a abertura comercial representada pela OMC. "Talvez a gente consiga implodir a OMC", disse o democrata Peter DeFazio.
Guerra comercial - Se a emenda for levada adiante e aprovada no Senado, porém, há o risco de uma guerra comercial com o Brasil. A OMC concedeu ao Brasil o direito de retaliar os Estados Unidos com a imposição de US$ 800 milhões em sobretaxas sobre produtos americanos. Kind afirmou em plenário que não é seu interesse desencadear uma guerra comercial. Ele argumenta que, ao quebrar o acordo com o Brasil, os Estados Unidos terão que lidar imediatamente com o centro da questão - reformar os subsídios aos agricultores brasileiros.
Brasileiros - Diplomatas brasileiros em Washington receberam a emenda do algodão com um misto de preocupação e esperança. Esperança porque o clima político conspira pelo fim de subsídios questionados há muito tempo pelo Brasil. Mas preocupação porque, se o pagamento ao Brasil for cortado sem mexer com os subsídios aos produtores americanos, haverá uma guerra comercial. O governo Obama declarou preocupação com a emenda do algodão - e já está se mexendo para derrubá-la no Senado, que tradicionalmente é mais sensível às demandas agrícolas do que a Câmara dos Deputados. (Valor Econômico)
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Os produtores de algodão do Brasil ainda esperam uma reversão na decisão de ontem da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos de suspender o pagamento de US$ 147 milhões anuais pelo governo americano ao Brasil. O pagamento é destinado a um fundo para o setor de algodão e foi acordado entre os dois países depois que a Organização Mundial do Comércio (OMC) condenou os subsídios dados pelo governo americano aos cotonicultores dos Estados Unidos. A suspensão do pagamento foi aprovada pelos deputados americanos, mas ainda deverá ser votada no Senado.
Derrota - "Foi uma derrota perigosa. Precisamos ter cautela", diz Haroldo Cunha, presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), em relação à votação de ontem. Ele acredita, porém, que o quadro pode ser revertido com os senadores. O assunto, diz, está em constante discussão com os parlamentares da situação e também com companhias americanas que receiam os efeitos da aplicação de uma retaliação pelo governo brasileiro.
Acordo bilateral - Pelo acordo bilateral, com a suspensão do pagamento o Brasil poderá aplicar a retaliação a produtos e serviços importados dos Estados Unidos. Com a retaliação, esses produtos e serviços sofreriam uma sobretaxa, impondo uma desvantagem comercial aos fornecedores americanos.
Indústrias - A retaliação também não é considerada a melhor saída para as indústrias brasileiras. Há muitas trocas intracompanhias e também compra de insumos dos Estados Unidos. Caso sofram sobretaxas, as importações de insumos dos americanos podem elevar o custo para produção de vários itens no Brasil. "Não podemos aceitar a suspensão do pagamento, a menos que sejam eliminados os subsídios americanos para o algodão", diz Cunha.
Interrupção - Segundo ele, caso o pagamento seja realmente suspenso, a interrupção deve acontecer a partir de outubro, quando começa o ano fiscal americano. Até agora, diz, o governo dos Estados Unidos pagou ao Brasil total de US$ 170 milhões. Cunha explica que os US$ 147 milhões anuais são pagos em 12 parcelas mensais. Pelo acordo, os pagamentos deveriam continuar até a promulgação da nova lei agrícola americana, o que está prevista para o ano que vem, mais provavelmente no segundo semestre.
Contexto mais amplo - "A suspensão de pagamento do contencioso do algodão está num contexto mais amplo, de cortes no orçamento americano", explica Welber Barral, presidente do Brazil Industries Coalition (BIC), entidade que acompanha assuntos de interesse da indústria brasileira no Legislativo americano. "Em meio aos cortes gerais de orçamento está a suspensão do pagamento ao Brasil. Mas os US$ 147 milhões são irrisórios em relação ao orçamento americano." Barral diz, porém, que representantes do governo americano têm demonstrado preocupação com a suspensão. O receio não é somente com a retaliação. "Isso significaria um recuo nas relações bilaterais", concorda Cunha. (Valor Econômico)
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Prepare-se para três dias de muitas atividades. A quinta-feira (23/06) já começará com muito trabalho e será coroada com a sessão solene de abertura, às 20 horas, seguida de jantar. Como de costume, será nesse dia que acontecerão as reuniões do CTM, dos Conselhos de Administração e Federativo e dos comitês estaduais do Paraná. Este ano, os mais de 900 convencionais poderão escolher entre os 15 minieventos voltados a questões operacionais do Sistema, além das três palestras magnas - proferidas por alguns nomes de destaque no cenário nacional: o economista Gustavo Loyola, a jornalista e comentarista política Lúcia Hippólito e o empresário e navegador Amyr Klink -, e do painel político com a presença dos deputados federais Eduardo Sciarra e André Zacharow.
Prêmio Performance - Pelo terceiro ano consecutivo, o Prêmio Performance de Gestão vai acontecer no encerramento do evento. Esta é a sexta edição do prêmio que tem por objetivo premiar as Unimeds que se destacaram no estado do Paraná, incentivando o desenvolvimento e a manutenção da liderança do Sistema.
Expositores - O convencional, ainda, terá contato com cerca de 15 expositores, de diferentes segmentos de negócios. Esse contato com parceiros na condução das rotinas cooperativistas também é um dos objetivos do evento, uma vez que permite ampliar a troca de informações. Todas as atividades desse evento foram cuidadosamente pensadas para promover a troca de experiências, não apenas entre as Unimeds do Sul, mas também com as co-irmãs de outros cantos do país e com outras instituições. O evento prossegue até o dia 26 de junho. (Imprensa Federação Unimed PR)
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A proposta da Unimed Cianorte de financiar reformas em hospitais da cidade e da região, aprovada em assembleia, começou a ser colocada em prática pela cooperativa médica. A primeira ação foi marcada com a assinatura de contrato com a Fundação Hospitalar Intermunicipal de Saúde de Cianorte (Santa Casa), ocorrida no mês passado. A reforma contempla a reestruturação de hotelaria do hospital (14 leitos, incluindo suíte, apartamentos luxo e simples e enfermaria) visando o conforto dos pacientes e a humanização do atendimento. Também será construído um berçário priorizando atendimento com qualidade ao recém-nato e será realizada uma reforma no posto de enfermagem. "Estamos em busca de mudanças, isso demanda trabalho árduo e focado. O objetivo é melhorar o atendimento a nossos beneficiários. Parabenizo os hospitais por aderirem a este projeto e tenho a certeza de que vamos colher ótimos resultados", afirma o presidente da Unimed Cianorte, Marcelo Tadeu Fontanini Palka Marcelo. (Unimed Cianorte)
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Um esforço conjunto da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) junto às comissões permanentes da Câmara dos Deputados, garantiu que importantes proposições para o cooperativismo fossem para a lista de projetos prioritários a serem deliberados no plenário daquela Casa Legislativa ainda para os próximos meses. Segundo o presidente da Câmara, Marco Maia, alguns desses projetos poderão ser votados no início de julho.
Prioridades - Maia pediu aos presidentes das comissões elegerem prioridades para serem discutidas e consensuadas no Colégio de Líderes. "Esta é uma iniciativa nova na Câmara, que é ouvir os presidentes de comissões e dar a eles a condição de contribuir com a montagem da pauta de votações do Plenário. Todos os presidentes de comissões têm experiência, são deputados que têm clareza política e, portanto, podem e devem contribuir enormemente para a votação de projetos dentro da Casa", disse Marco Maia.
Trabalho - Entre as propostas sugeridas pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), está o Projeto de Lei - PL 4622/04, que cria normas para a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho. Para a assessora parlamentar da OCB, Tânia Zanella, a aprovação do PL vai proporcionar um tratamento mais justo para as cooperativas. "O cooperativismo tem uma urgência para esta aprovação pois vai garantir uma boa relação com as pessoas e o trabalho, permitindo que esta relação não seja só de mercado, ou de empregado e empregador, proporcionado a participação ativa de todos os interessados no negócio".
Outros projetos - Além do PL 4622/2004, estão o PL 8023/2010 - dispões sobre a integração vertical na agropecuária e o PL 6919/2006 - que estabelece rotulagem dos produtos alimentícios por lactantes, os quais estão na agenda legislativa 2011. (Informe OCB)
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Nesta quarta-feira (15/06), um encontro para tratar do planejamento estratégico reuniu profissionais da Fundação Dom Cabral (FDC), os superintendentes do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos, e da OCB, Renato Nobile, e o assessor estratégico da Presidência Maurício Landi, além de gestores das instituições. A proposta foi discutir as próximas fases do planejamento estratégico que contará com apoio da Fundação Dom Cabral, principalmente na questão de suporte à capacitação de profissionais das unidades estaduais do sistema cooperativista.
Rede - Atentos ao cenário atual, no qual ganham destaque as organizações que atuam de forma coordenada em redes de cooperação, o Sescoop e a OCB vão desenvolver as atividades por meio de uma Rede de Desenvolvimento Integrado (RDI). A mesma faz parte de uma etapa do Planejamento Estratégico do Sescoop e pretende trabalhar com as habilidades em gestão para a sustentabilidade e governança em redes de cooperação de uma forma geral. "A RDI irá capacitar gerencialmente as equipes de Sescoop, da OCB e suas unidades estaduais, preparando os profissionais para atuarem em rede, fortalecendo-se reciprocamente e favorecendo a construção de alianças cada vez mais sólidas", explicou Luís Tadeu, que está à frente desse projeto. (Informe OCB)
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O representante nacional do ramo habitacional na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Manoel Messias, foi recebido nesta quarta-feira (15/06) pelo superintendente da OCB, Renato Nobile. Messias fez uma prévia sobre a primeira Reunião do Conselho Consultivo do Ramo Habitacional, que ocorre nesta sexta-feira (17/06), na sede da entidade, em Brasília (DF).
Momento - Para Messias, este é o momento de cobrar dos órgãos públicos e privados um diferencial para o setor habitacional, dada a importância da habitação para o desenvolvimento social dos estados e municípios. "Expandindo os empreendimentos habitacionais, geramos emprego e renda e fortalecemos o sistema cooperativista", disse.
Linhas de ação - Durante a reunião, foram definidas as principais linhas de ação a serem apresentadas aos 40 participantes do encontro. Entre estas estão a constituição de conselhos estaduais, criação de um programa de certificação das cooperativas habitacionais junto à OCB e acesso às linhas de financiamento vigentes, como o Programa Minha Casa Minha Vida. (Informe OCB)
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O setor de cooperativismo de crédito já alcançou 4% da população economicamente ativa (IPEA) no Brasil com 4,85 milhões de associados. Os dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostram a importância deste segmento que, apesar de representar apenas 2,5% do sistema financeiro nacional, já alcança movimentação de 66 bilhões de Reais levando em conta o total dos ativos.
Confiança - Ainda de acordo com a OCB, os depósitos recebidos no ano passado traduziram a confiança acentuada que o segmento tem recebido de seus associados. "O maior aumento tinha ocorrido em 2009 quando foi de R$ 3,3 bilhões. Agora, o crescimento superou significativamente a melhor marca que tínhamos, atingindo mais que o dobro: R$ 7,9 bilhões", informou o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti, em recente encontro para apresentação de resultados do setor, em Brasília.
Postos de atendimento - Com o desempenho de 2010, o cooperativismo de crédito alcançou 4.529 pontos de atendimento. Se o segmento compartilhasse as estruturas, seria a segunda maior rede de atendimento do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Banco Itaú (3.739), por exemplo.
Sicoob - De acordo com informações da Revista Exame, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) apresenta a maior quantidade de agências do setor cooperativista, alcançando o 6º lugar, atrás apenas de bancos como a Caixa e Banco do Brasil. Segundo o diretor administrativo da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Servidores Públicos Federais de Uberlândia - Sicoob Cred UFU, professor João Batista Mendes, o cooperativismo ganhou espaço devido à relação próxima entre os associados e a cooperativa, os juros baixos e a política de distribuição das sobras no final do ano. "As cooperativas têm praticamente os mesmos produtos que os bancos de varejo, mas com juros bem menores", afirma o professor.
Mercado favorável - Outro fator que favoreceu o crescimento da procura por cooperativas de crédito foi a crise econômica que recentemente acometeu o Brasil e o mundo. "A imagem das instituições financeiras ficou abalada com a tensão financeira mundial. Em razão da crise, as cooperativas ganharam espaço para alavancar a concessão de crédito", explica o presidente do Sicoob Cred UFU, Miguel Ângelo do Nascimento. O Sicoob Cred UFU acompanha esse crescimento. Em relação ao número de empréstimos, por exemplo, a cooperativa registra um aumento de 16% ao ano. Já a evolução do patrimônio líquido cresce entre 6 e 11%, no mesmo período. "As pessoas já começam a entender a filosofia do cooperativismo de crédito. Pois como cooperativa, visamos o ganho econômico do cooperado e trabalhamos para o seu bem estar financeiro", comenta Miguel Ângelo. (Assessoria de imprensa Sicoob)
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Beneficiadas pela forte demanda por alimentos na China, Europa e Oriente Médio, as cooperativas brasileiras elevaram em 30% suas exportações nos primeiros cinco meses de 2011 em comparação a igual período de 2010. As vendas externas desses grupos somaram US$ 2,16 bilhões no período, informa a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento. É um recorde histórico para o segmento desde 2005 - quando foram embarcados apenas US$ 831,4 milhões. No total, 150 cooperativas fizeram operações de comércio exterior para 113 países do globo. Os principais produtos vendidos no exterior foram café, soja, açúcar, trigo, farelo de soja, frango, etanol e carne de suínos.
Importações - As importações tiveram expansão de 11% no período, para US$ 107,9 milhões. As compras, feitas em 36 países, foram concentradas em insumos para fabricação de fertilizantes, como cloreto de potássio e ureia, além de máquinas para têxteis e processamento de carnes, batata, malte, ligas de aço e fertilizantes.
Saldo - O saldo das cooperativas na balança comercial somou US$ 2,054 bilhões entre janeiro e maio. "O começo do ano é sempre melhor. Temos uma safra de grãos 'cheia' e, no segundo semestre, ainda entram forte o café e a cana, que estão bem", avalia o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Compradores - Os principais compradores foram Alemanha, China, Estados Unidos, Emirados Árabes, Países Baixos, Rússia, Argélia, Japão e Arábia Saudita. O Paraná lidera o ranking das vendas, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Projeção - A OCB prevê chegar a US$ 4,9 bilhões em exportações neste ano - em 2010, foram US$ 4,4 bilhões. "Estamos preparados para isso. Tem esse embargo da Rússia, que afeta os suínos, mas temos um bom horizonte pela frente", diz Freitas. O executivo atribui o bom desempenho das cooperativas aos investimentos estimulados pelo governo federal.
Crédito - "As linhas de crédito para infraestrutura, como o Prodecoop, estão refletindo agora. Temos mais agregação de valor, mais plantas industriais, sobretudo no Sul do país", avalia. Freitas lembra que o novo Plano de Safra, a ser anunciado amanhã, reforça o foco no crédito para investimento. A OCB estima que, se houver clima favorável e preços médios em níveis históricos, chegará a US$ 5,5 bilhões de vendas em 2012; ultrapassará US$ 6 bilhões em 2013; e pode romper 2014 com exportações totais de US$ 6,8 bilhões.
Portos - As principais transações de exportação das cooperativas foram realizadas em 36 portos. Os mais importantes foram Santos (SP), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), Itajaí e São Francisco do Sul (SC), além das fronteiras gaúchas de Uruguaiana e Santana do Livramento. (Valor Econômico)
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A semente do Parque Histórico de Carambeí foi plantada em 1991 com o início da Casa de Memória. A criação da Casa foi uma necessidade que os descendentes de holandeses sentiram, nos 80 anos da imigração deste povo ao Campos Gerais, de terem um espaço para a preservação da história das primeiras famílias que chegaram à região. No dia 1º de abril deste ano, o parque foi protagonista nas comemorações do Ano da Holanda no Brasil. Na ocasião, o local, que desde 2001 já realizava atividades, teve sua inauguração completa. Hoje, com novas alas em fase de construção, a previsão é que o parque esteja pronto em 2012.
Colonização - Os primeiros imigrantes holandeses que chegaram aos Campos Gerais se estabeleceram na Fazenda Carambhey, por onde passavam as linhas férreas da empresa Brasil Railway Company, emancipada, não há muito, para se tornar a cidade de Carambeí. Foram os holandeses que impulsionaram na região a produção de laticínios, o que veio dar origem à Sociedade Cooperativa Hollandeza de Laticínios - atual Batavo Cooperativa Agroindustrial -, em 1925.
Pioneiros - Dick Carlos de Geus, presidente da Associação do Parque Histórico de Carambeí (APHC) e da Cooperativa Paranaense de Turismo (Cooptur), vem de família de pioneiros. A história de sua família nos Campos Gerais do Paraná começou com a vinda de seus pais e avós em 1913 - da mãe, um pouco antes, em 1911, coincidindo com a data do início da imigração holandesa por ali. A família de Geus, assim como toda a comunidade de Carambeí, fazia parte da Sociedade Cooperativa com a produção de queijo e manteiga. ''Como nos primeiros quarenta anos não havia refrigeração de leite, transformávamos em queijo e manteiga'', ele lembra. Geus conta que, naquela época, a sustentabilidade ainda não tinha nome, mas já era praticada pelos pais e avôs - por pura necessidade. ''A pessoa do campo tem preocupação com a terra porque vive dela'', reitera. (Folha de Londrina)
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A União Europeia (UE) recusa a demanda do Brasil de modificar a definição da chamada Cota Hilton, pela qual o país tem direito a exportar - mas não consegue - 10 mil toneladas de cortes bovinos nobres com tarifa menor para o mercado europeu. Bruxelas diz, porém, estar "aberta a escutar" propostas brasileiras sobre "alguns aspectos técnicos da aplicação da cota", para que produtores brasileiros possam utilizá-la plenamente e obter um faturamento bem maior.
Flexibilização - Na prática, a resposta europeia pode se estender à frequente demanda brasileira para que a UE flexibilize suas exigências em relação à rastreabilidade de toda a carne bovina brasileira - não apenas à da Cota Hilton - destinada à exportação aos 27 países-membros do bloco.
Aquém da cota - Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil não preencherá o volume de exportações a que tem direito na Hilton. No ano-cota que se encerra este mês, o 2010/2011, o país só venderá cerca de 400 toneladas do volume total, ou seja 4%. No ano anterior, não chegou a 8% do total. A UE deixa claro que o volume é anual e não é possivel transferir as quantidades não exportadas para o ano-cota seguinte (julho 2011-junho 2012).
Rastreamento - O Brasil tem ficado distante de cumprir a Hilton porque a UE exige, desde 2009, que os cortes vendidos dentro da cota sejam provenientes apenas de animais rastreados desde a desmama (10 meses de vida) e que sejam alimentados só a pasto, sem nenhum tipo de suplementação a partir de então. Por isso, o governo brasileiro insiste com a UE para rever as condições para a exportação considerando que elas são hoje "irreais". Para o Brasil, a rastreabilidade especial exigida não é questão de sanidade, mas de mercado. O país reclama de discriminação, pois outros como EUA e Canadá vendem na Cota Hilton sem as mesmas exigências impostas aos brasileiros.
Razões - Para a União Europeia, são diversas as razões para o Brasil preencher apenas 4% do volume a que tem direito. Avalia que as exigências adotadas pelos europeus em 2008 limitaram o numero de fazendas brasileiras autorizadas a fornecer gado para abate e exportação da carne à Europa.
Interessados - Além disso, afirma que não há muitos produtores interessados na utilização da cota respeitando as condições de rastreabilidade aceitas pelo Brasil desde 2005. Bruxelas argumenta que o aumento do consumo interno, o crescimento da demanda da carne brasileira por mercados como Ásia e Oriente Médio e uma taxa de câmbio desfavorável do euro tornaram o mercado europeu menos atrativo para os exportadores brasileiros nos dois últimos anos.
Resposta - Para a UE a resposta para mudar a definição da cota é clara: "A Comissão Europeia manteve contatos com as autoridades brasileiras sobre essa questão em 2010. A conclusão das discussões foi de que uma modificação da definição da Cota Hilton não é possível. No entanto, a Comissão continua aberta a escutar as propostas brasileiras sobre certos aspectos técnicos da aplicação da cota. Aguardamos propostas brasileiras".
Discussão - No governo brasileiro, mesmo essa discussão limitada só pode ocorrer depois que o setor privado no Brasil decidir o que quer exatamente. É que até agora os produtores de carne bovina só ameaçaram pedir ao governo que denuncie a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Se eles pedirem a abertura de disputa, o governo precisa preparar estudos, toda a argumentação, ver as despesas de custos de advogados, e tudo isso leva tempo", diz uma fonte.
Argentina - A Argentina, por sua vez, terá ampliada em duas mil toneladas sua cota, totalizando 30 mil. Para os argentinos, as exigências são as mesmas feitas os produtores brasileiros. A diferença é que as pastagens na Argentina têm maior teor de proteína que as do Brasil. Assim, dá para atender os europeus e vender carne de "vaca vegetariana", como diz um negociador, sem que seja necessário fazer suplementação da alimentação. O aumento da cota poderá significar à Argentina - se todo o volume for cumprido - valores adicionais de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões, estimam os argentinos. (Valor Econômico)
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O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, rejeitou a alegação da União Europeia de que não há muitos produtores brasileiros interessados na utilização da cota Hilton. "Mercado a gente quer e o mercado está lá, mas nas condições impostas [pela UE], fica difícil alguém se interessar", afirmou Sampaio. Ele se referia à exigência europeia de que os cortes bovinos vendidos dentro da cota Hilton sejam provenientes apenas de animais rastreados desde a desmama (10 meses de vida) e que sejam alimentados só a pasto, sem nenhum tipo de suplementação a partir dessa idade.
Alterações - Nas discussões com a União Europeia, desde o fim de 2010, os representantes do governo brasileiro têm defendido a alteração da definição da Cota Hilton para o Brasil. O objetivo é desvincular o conceito de carne bovina de alta qualidade do processo de alimentação dos animais. De acordo com Sampaio, os europeus sugeriram, como saída para a questão da suplementação, que os produtores brasileiros utilizem apenas produtos não processados como suplementação, tais como cana e silagem. Processados como farelo de soja, usados pelos pecuaristas brasileiros para a engorda dos animais no confinamento, não seriam permitidos.
Suplementos - Além disso, a UE sugeriu a definição do período do ano em que esses suplementos poderiam ser usados na alimentação. "Não concordamos com isso porque engessaria ainda mais", afirma o diretor-executivo. "Essa flexibilização que estão propondo não resolve o problema", acrescenta. Segundo ele, o setor seguirá buscando uma mudança que permita tornar as exportações de carne na Cota Hilton atraentes. "Vamos fazer mais uma tentativa". Reafirmou que a alternativa de ir à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a UE por conta das exigências continua na mesa. (Valor Econômico)
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Médicos veterinários da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estão sendo capacitados para assegurar o respeito, no Estado, às normas do abate humanitário de bovinos, suínos e aves. A fiscalização do abate segundo essas normas será incorporada a partir deste ano à rotina do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis). A previsão é que até o primeiro quadrimestre de 2012 todos os frigoríficos paranaenses já tenham aderido ao abate humanitário de animais de produção.
Curso - Esta semana, veterinários da Seab estão fazendo um curso de três dias, ministrado por dirigentes da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) - uma organização não-governamental que firmou parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O curso começou em Curitiba na terça-feira (14/06) e será encerrado nesta quinta-feira (16/06). Além da capacitação, o curso visa a conscientização das estruturas de governo e dos frigoríficos para a importância do tema.
Multiplicadores - Participam cerca de 48 profissionais, entre dirigentes e fiscais do serviço de inspeção estadual e federal. Ao longo do ano serão ministrados mais 50 cursos em todo o Estado. Eles serão levados a todas as regiões com concentração de frigoríficos e dirigidos aos funcionários desses estabelecimentos. Os participantes dos cursos regionais deverão ser multiplicadores das boas práticas de abate de animais para outros funcionários.
Orientações - As orientações são passadas por meio de vídeos e manuais. Segundo a médica veterinária Charli Ludtke, coordenadora do Programa Nacional de Abate Humanitário e gerente de animais de produção da WSPA, o objetivo do material é conscientizar sobre a melhor forma de manejo e cuidados que se deve ter com os animais antes do abate.
Comprometimento - "O que queremos é comprometer as pessoas envolvidas com o manejo dos animais em ambiente calmo e tranquilo, melhorando também as condições de trabalho das pessoas que trabalham no abate", disse Charli. Ele ressalta que toda a atividade precisa ser planejada e organizada, o que é bom também para a produtividade. "Animais mais calmos têm menor risco de lesões e, assim, de causar perdas econômicas significativas para os produtores e agroindústrias", acrescentou. Segundo Charli, a interação do homem com os animais e a condução dos animais nas instalações tem de ser harmoniosa. E isso deve iniciar na propriedade, durante a criação, e persistit até o transporte e frigorífico.
Princípios - Entre os princípios básicos que devem ser observados estão os métodos de manejo e instalações que diminuem o estresse e o sofrimento dos animais; emprego de pessoal competente, bem treinado, atento e cuidadoso; equipamento apropriado que seja ajustado ao propósito; insensibilização eficaz durante o abate, induzindo os animais à imediata perda da consciência e insensibilidade à dor; e garantia de que o animal não retorne àa consciência até ocorrer a morte.
Existente - Para o chefe do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP), Horácio Slongo, o abate humanitário já existe no Paraná, com o banimento em muitos frigoríficos de técnicas arcaicas como a marretada ou excesso de choque nos animais. "O papel do médico veterinário é cuidar para que os animais sofram o menos possível no momento do abate", disse.
Consequências econômicas - A coordenadora da WSPA ressalta que o abate humanitário também tem consequências econômicas, já que o animal que sofre menos estresse na hora do abate gera carne de melhor qualidade. "Um bovino estressado no momento do abate pode produzir uma carne mais escura e endurecida", afirma. No caso de suínos, a carne pode ficar mais pálida, mole e liberar muita água.
Instrução Normativa - A implantação do programa de capacitação sobre o abate humanitário atende à Instrução Normativa 3 do Ministério da Agricultura e Abastecimento, de 2008, que determina as boas práticas em todo o País. Em função da parceria entre o ministério e a WSPA, a capacitação da fiscalização está sendo levada aos estados e municípios brasileiros para que o serviço seja adotado e os treinamentos virem rotina nos frigoríficos. (AEN)
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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural instala nesta quinta-feira (16/06) a subcomissão que vai discutir medidas para corrigir as assimetrias do Mercosul que podem prejudicar produtores brasileiros e dos outros países do bloco. A criação da subcomissão foi proposta pelo deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). O parlamentar lembra que os princípios fundadores do Mercosul estabeleciam a harmonização de políticas tributárias, agrícolas e econômicas e a adoção de medidas compensatórias para garantir a mesma base legal de competitividade.
Igualdade - "Estabelecida a igualdade de condições, para os casos de ineficiência previa-se a reconversão das atividades, considerando as aptidões das regiões, a capacidade empreendedora e recursos governamentais destinados para este fim". Luis Carlos Heize lembra que, ao longo dos anos, várias exceções foram feitas, prejudicando o equilíbrio econômico e, consequentemente, produtores dos países do bloco.
Desequilíbrios - Alguns desequilíbrios setoriais e de fluxo de mercadorias acabaram prejudicando de forma mais grave produtores brasileiros. Os agricultores, por exemplo, segundo ele, são prejudicados por assimetrias tributárias e incentivos, que fazem com que a produção agrícola dos países vizinhos tenham custos unitários menores, devido aos preços mais baixos das máquinas, implementos e insumos agrícolas.
Eleição - Na mesma reunião, serão eleitos o presidente e o vice. A instalação está marcada para as 15h30 no plenário 16. (Agência Câmara)
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A Mesa Executiva da Assembleia Legislativa do Paraná homenageará 21 ex-deputados estaduais da região Sudoeste na quarta sessão itinerante da Casa, que será realizada nesta quarta-feira (15/06), às 18 horas, no auditório do Teatro Eunice Sartori - Espaço da Arte, em Francisco Beltrão. Entre os ex-parlamentares homenageados está o presidente da Cooperativa dos Produtores de Carnes Nobres do Sudoeste do Paraná (Coopercarnes), médico veterinário Aryzone Mendes de Araújo, que foi deputado estadual nos anos de 1970 a 1974 representando o Sudoeste paranaense. "Recebi com surpresa esta indicação. Quando o cerimonial da Assembleia me ligou informando, perguntei se era eu mesmo o homenageado", brinca Aryzone. Ele lembra que os únicos dois ex-deputados que ainda residem em Francisco Beltrão são ele e o deputado João Arruda, outro homenageado. Aryzone preside também o Sindicato Rural de Francisco Beltrão e a Agência de Desenvolvimento da Meso Região, ligada ao Ministério da Interiorização Nacional.
Homenagens - Durante a sessão da Assembleia em Francisco Beltrão serão homenageados postumamente os ex-deputados já falecidos, Antonio Anibelli, Arnaldo Faivro Busato, Cândido Machado de Oliveira Neto, Percy Schreiner e Walter Alberto Pecoits. As outras personalidades que serão reverenciadas pelo Legislativo são Antonio Martins Anibelli, Aryzone Mendes de Araújo, Candido Manoel Martins de Oliveira, Deni Lineu Schwartz, Haroldo Rodrigues Ferreira, Ivo Thomazoni, João Batista de Arruda, José Rogério Carvalho, Lauro João Lobo Alcântara, Luiz Alberto Martins de Oliveira, Luiz Fernandes da Silva "Litro", Nereu Carlos Massignan, Nilson Romeu Sguarezi, Ovídio José Constantino, Pedro Irno Tonelli e Túlio Luiz Zanchet.