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O agronegócio sustentou em 2010 o superávit da balança comercial brasileira pelo décimo ano consecutivo, de acordo com relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde 2001, quando o saldo da balança voltou a ficar positivo, os embarques do setor vêm crescendo a ponto de compensar com folga os déficits dos demais setores. Depois da queda do superávit registrada em 2009 - de 9,82% no agronegócio e de 23,08% no total nacional -, os embarques de produtos do campo voltaram a crescer em 2010. A tendência é que o recorde de 2008, a saldo de US$ 59,99 bilhões, tenha sido superado.
Âncora - O agronegócio funciona como âncora da balança comercial de duas formas: revertendo índices negativos ou compondo a maior parcela do saldo positivo. De acordo com os números dos últimos dez anos, apenas em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor do que o superávit total do Brasil. Mesmo nesses dois anos, o setor foi responsável por 85,7% e 92,1% do saldo da balança comercial, respectivamente. Nos outros oito anos desta década, o resultado do setor foi maior, o que significa que, se as importações e as exportações se igualassem, o país voltaria a enfrentar déficit, como ocorreu por seis anos consecutivos de 1995 a 2000. Em 2001, o saldo do agronegócio foi sete vezes maior que o nacional, numa diferença de US$ 2,69 para US$ 19,06 bilhões.
Importações - As importações do agronegócio também são recordes neste ano. Houve ampliação no saldo de cereais, farinhas e preparações (10,7%) e no de produtos florestais (64,1%) em relação a 2009. Entre os produtos do setor mais importados estão trigo, papel e pescado. Com gasto de US$ 12,05 bilhões até novembro, o agronegócio está importando 35,6% mais este ano. Os demais setores ampliaram a compras no exterior em 45,6%, atingindo US$ 154,02 bilhões. O resultado é que as importações totais passam de US$ 166 bilhões, valor 43,9% acima do registrado na mesma época do ano passado pelo País.Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, os números mostram que, mesmo com o real valorizado, "o agronegócio vai bater novo recorde". A previsão do Mapa é de resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de R$ 173 bilhões para R$ 185 bilhões. Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora a Kátia Abreu (DEM-TO), o agronegócio está retomando a linha de crescimento interrompida logo após os recordes de 2008. (DCI - Diário do Comércio & Indústria)
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Dilceu Sperafico*
O agronegócio brasileiro prossegue surpreendendo positivamente. Exemplo disso é o Projeto Biomas, lançado na Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), da Organização das Nações Unidas (ONU), em Cancun, no México, em seis de dezembro.
Trata-se de iniciativa da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A entidade representativa do agronegócio uniu-se à empresa estatal de pesquisa agropecuária, para a implantação de proposta preservacionista que mereceu anúncio oficial em evento mundial de meio ambiente.
Por mais contraditório que possa parecer a ambientalistas mais radicais, o projeto mostra o País avançando ao unir os setores produtivo, governamental e científico, no desafio de duplicar a produção de alimentos e biocombustíveis sem derrubar uma árvore para abrir espaços às lavouras e pastagens.
O Brasil, vale lembrar, possui 851 milhões de hectares de área e alcançou a condição de celeiro do planeta preservando 56% das florestas originais.
Para desenvolver a iniciativa inédita, ao longo de diversos anos, serão realizadas pesquisas nos seis biomas, que são Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, visando conciliar agropecuária e preservação ambiental.
Assim, a classe rural e a comunidade científica enfrentarão o desafio de atender a demanda crescente por alimentos, produzindo com sustentabilidade. Em 2050, a população mundial será de nove bilhões, o que exigirá aumento de 70% na produção de alimentos. No Brasil, em 2009, o agronegócio representou 23,4% do PIB, 42,5% das exportações e gerou 37% dos empregos.
O projeto terá 40 milhões de reais para o estudo do cultivo de árvores na atividade rural, como alternativa para diversificação de sistemas produtivos e composição de áreas de preservação permanente e reservas legais.
Cerca de 200 pesquisadores trabalharão em parceria com cooperativas, empresas estaduais e municipais de assistência técnica rural, meio ambiente e pesquisa agrícola. Serão instalados módulos em cerca de cinco mil propriedades, com áreas entre dois e cinco hectares de plantio simples ou consorciado de espécies florestais.
A proposta reforça nossa pregação de que o agricultor é o maior interessado na preservação ambiental, por exercer atividades a céu aberto e sujeitas às intempéries climáticas, além das variações de mercado.
Como destacam pesquisas da Embrapa Florestas, a mata é um elemento vital para a viabilização e manutenção da propriedade rural, devido aos seus benefícios econômicos e socioambientais. Além disso, o estudo do cultivo e preservação de florestas irá gerar subsídios científicos para embasar o aprimoramento da legislação ambiental.
O projeto vai estudar os biomas brasileiros, como vitrines tecnológicas à disposição dos produtores rurais, que poderão optar pelas práticas mais adequadas à cada propriedade, a partir de ações já testadas e aprovadas. O avanço garantirá a produção com a segurança da prática e do embasamento científico da preservação dos recursos naturais.
Dessa forma, o projeto permitirá que o Brasil dobre a produção de alimentos e biocobustíveis sem devastar as florestas, além de estimular o cultivo de árvores para a recuperação de áreas degradadas ou impróprias para a agricultura intensiva e ampliar a diversificação das fontes de renda do agricultor.
*O autor é deputado federal pelo Paraná.
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Ao tomar posse como governador do Paraná no sábado (01/01), Beto Richa anunciou um Plano de Ação de 180 dias para dar prioridade a ações emergenciais e ainda um corte de 15% nos gastos de custeio da máquina pública. "Começamos agora a executar o Plano de Governo em todas as suas frentes, priorizando as ações emergenciais", disse Richa. "O Plano de Ação é um compromisso com a responsabilidade, o aperfeiçoamento e as mudanças no atendimento às demandas sociais", afirmou. Richa foi empossado no cargo na Assembleia Legislativa juntamente com o vice-governador Flávio Arns. Em seguida, em solenidade no Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado e prestigiada por cerca de 4 mil de pessoas, o então governador Orlando Pessuti transmitiu o cargo a Beto Richa.
Prioridades - Ao discursar na Assembleia, Richa reafirmou os compromissos assumidos com a população paranaense durante a campanha e enfatizou que as áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura terão prioridade em seu governo. "Iniciamos hoje um novo tempo no Paraná. Um tempo que começa não apenas no calendário que assinala a abertura de um novo ano, mas também na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com respeito e oportunidades para todos", disse o governador na abertura de seu pronunciamento. "O novo Paraná que queremos é fruto de muitos sonhos e todos já estamos bem acordados para fazer com que eles se transformem em realidade. Por isso, quero fazer dessa solenidade um momento de renovação da fé e da esperança", destacou Beto Richa. "Sim, eu acredito que é possível melhorar a vida das pessoas que mais precisam da ação competente do governo", reafirmou. "É possível melhorar a saúde, a educação, a segurança pública, a infraestrutura e ainda garantir a preservação do meio ambiente", acrescentou o novo governador. Richa disse que sua gestão será pautada pela transparência, pelo respeito e pela austeridade.
Investimentos - Um dos objetivos mais imediatos, informou, será a recuperação da capacidade de investimentos do Estado. "Os baixos níveis de capacidade de investimento do Estado foram ainda mais deprimidos pelas dificuldades e pela realização de gastos que a prudência não recomendaria. Definitivamente, esse não é o tipo de herança que gostaríamos de ter recebido. De minha parte, não hesitarei em meu compromisso de recolocar o Estado no rumo correto do desenvolvimento", ressaltou o novo governador. Beto Richa disse vai governar dialogando com cidadãos, entidades e empresas, em parceria com os municípios e em sintonia com os demais poderes constituídos. "Rejeito o comportamento fundamentalista que inibe os investimentos, afugenta as empresas e amedronta a todos", afirmou o governador. "É reprovável o legado que coloca o Estado na obrigação de promover um duro ajuste emergencial, que certamente vai exigir sacrifícios ainda não totalmente dimensionados pela nossa equipe de transição", analisou Beto. "Enfim, os quase 30 anos de prática democrática já deveriam ter servido para desestimular completamente as aventuras daqueles que se acham donos da coisa pública e usuários dos recursos de todos. Queremos virar essa página da história", destacou. (AEN)
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A transmissão de cargo na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento ocorreu nesta segunda-feira (03/01), às 14h30, na sede do Instituto Emater-PR, em Curitiba. O economista Norberto Anacleto Ortigara assumiu o cargo de secretário da Agricultura e do Abastecimento em substituição ao secretário Erikson Camargo Chandoha, que deixa a pasta após 9 meses de gestão. Confirmaram presença na posse o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, deputados federais e estaduais, o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Ademir Muller, o coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da região Sul (FetrafSul), Celso Ricardo Ludwig, entre outras lideranças.
Currículo - Na solenidade de posse, Norberto Ortigara anunciou os integrantes da equipe que, junto com ele, vai dirigir o Sistema Estadual de Agricultura. O economista e técnico agrícola Norberto Ortigara é funcionário de carreira da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná desde 1978, nas funções de pesquisador, analista de mercado, chefe de divisão, diretor de departamento, diretor-geral e secretário de Estado substituto. Foi membro dos Conselhos de Administração da Emater-PR, da Ceasa-PR, da Claspar e da Codapar. Desde 2006, foi secretário municipal do Abastecimento de Curitiba. (AEN)
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O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) é o novo secretário de Fazenda do Estado do Paraná. A posse aconteceu na manhã desta segunda-feira (03/01), em Curitiba, e foi acompanhada por diversas lideranças empresariais, entre as quais, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. Hauly é natural de Cambé e tem 60 anos. É economista, professor, foi vereador e prefeito de Cambé, secretário de Estado da Fazenda (1987 a 1990) e presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Paraná. Em 1991, foi eleito deputado federal e, desde então, reeleito sucessivamente.
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Agregar valor ao produto é um dos principais objetivos da Coasul Cooperativa Agroindustrial. O exemplo disso é a construção e operação do novo abatedouro de aves. Contudo, a cooperativa também tem por meta agregar valor à produção primária. Um passo neste sentido foi dado no dia 22 de dezembro, quando foi assinado um contrato para viabilização de venda da soja da agricultura familiar para duas indústrias de Biodiesel: a ADM do Brasil Ltda e a BSBios. O presidente da Coasul, Paulino Capelin Fachin, esclarece que isso só foi possível porque a cooperativa possui a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)/Pessoa Jurídica, ou seja, mais de 70% dos 4.500 cooperados são pequenos produtores e acessam a linha Pronaf.
Benefícios - Os cooperados da agricultura familiar só tem a ganhar com o acordo, como esclarece o Gerente Técnico, Paulo Roberto Fachin. "Com o fornecimento de soja para a produção de biodiesel, a Coasul agregará R$ 1,00/saca de 60 quilos ao preço de mercado do grão praticado na região. É um bônus ao cooperado que acessa a linha Pronaf". Ele também explica que a ação faz parte de um programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Só podem participar do programa os cooperados que tem DAP pessoa fisica (Pronafiano). O cooperado deve procurar a unidade da Coasul mais próxima e preencher um cadastro. (Imprensa Coasul)
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Para investir na estocagem de produtos agrícolas, os agricultores brasileiros já contrataram R$ 10,1 bilhões dos recursos disponíveis para comercialização na safra 2010/2011. O valor, liberado de julho a novembro deste ano, faz parte do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) direcionado a agricultura empresarial. "Investir no armazenamento possibilita que o agricultor aguarde o melhor momento para comercializar seus produtos", explica Edilson Guimarães, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O governo aplicou também, em 2010, R$ 1,45 bilhão na execução da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Os recursos foram utilizados para apoiar a comercialização de mais de 15,7 milhões de toneladas de milho, trigo, feijão, arroz e sisal. A maior parte das operações foi direcionada ao milho (12,4 milhões de toneladas) e trigo (três milhões de toneladas). Além disso, foram gastos mais R$ 400 milhões na manutenção dos estoques governamentais, incluindo frete, impostos e seguros. Para complementar o abastecimento interno e regularizar os preços, o Ministério da Agricultura ainda colocou à venda 714 mil de toneladas de milho e 20 mil de toneladas de feijão dos estoques públicos.
Saiba mais - O governo federal executa a intervenção no mercado agrícola por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Lançada em 1966, a PGPM ainda exerce papel relevante na política agrícola brasileira e consequentemente nas decisões do agricultor sobre o plantio da sua lavoura. "Por essa política, o governo garante que o produtor receba pelo menos o seu custo de produção e, com isso, pode diminuir a volatilidade de preços, assegurando sua renda e remuneração", afirma Guimarães. Quando foi criada a PGMP, havia dois instrumentos de operação: o Empréstimo do Governo Federal (EGF), linha de crédito com base no preço mínimo para estocagem do produto, e a Aquisição do Governo Federal (AGF), mecanismo pelo qual o governo compra diretamente dos produtores para formar estoques públicos e vendê-los no mercado, conforme a demanda. Os mecanismos, que existem até hoje, servem para tirar o excedente da colheita do mercado, estocando-o até a entressafra.
Equalização de preços - A partir de 1991, foi desenvolvido novo formato para que o governo realizasse intervenções na comercialização agrícola do País. O trabalho resultou na criação de instrumentos de equalização de preços e em ações mais próximas do comportamento do mercado, envolvendo maior volume de produção amparada e número mais expressivo de produtores beneficiados. Hoje, existem nove mecanismos de apoio à comercialização e de abastecimento operados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre eles, o EGF e a AGF. (Imprensa Mapa)
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O Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, dispõe de diversos instrumentos de apoio à comercialização e de abastecimento. Confira:
Venda do estoque público: é realizada por meio de leilões para regular o abastecimento e o preço dos produtos agrícolas na região de origem do depósito.
Valor de Escoamento de Produto (VEP): é um leilão de venda de estoque público. Neste caso, o governo paga uma subvenção, chamada de prêmio, para que o produto seja escoado para uma região determinada, com dificuldade de abastecimento.
Prêmio para Escoamento de Produto (PEP): é concedido prêmio pelo governo à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento. Este instrumento desonera o governo da obrigatoriedade de comprar e estocar o produto.
Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (Pepro): é concedido pelo governo ao produtor um prêmio equivalente a diferença entre o preço de sua venda ao mercado e o preço mínimo.
Contrato de Opção de Venda Pública de Produtos Agrícolas: é um contrato negociado pelo governo que permite ao produtor vender a sua produção para os estoques públicos em data futura por um preço previamente fixado (preço de exercício). Funciona como um seguro ao produtor contra a queda de preços e permite melhorar também os preços ao consumidor.
Recompra ou Repasse de Contrato de Opção de Venda: é realizada uma reversão dos contratos de opção do governo para um agente privado, mediante a oferta de subvenção financeira equivalente à diferença entre o preço de exercício e o preço de mercado.
Prêmio de Opção de Venda Privado de Produtos Agrícolas (Prop) - É o setor privado quem lança as opções e assume o risco de pagar pelo produto um preço superior ao vigente no mercado. O governo oferta, por meio de leilão, subvenção para limitar o risco da empresa lançadora dos contratos. Os agentes privados se comprometem a ofertar aos produtores os contratos de opção de venda.
Linha Especial de Crédito de Comercialização (LEC) - É um financiamento para produtos que não constam da PGPM, com a possibilidade de operação com preço próximo ao de mercado. A LEC possibilita o financiamento para carregamento (transporte) de estoques.
Capital privado - O governo federal também recorre a mecanismos capazes de atrair o capital privado para o financiamento da atividade agrícola e para o apoio à comercialização. Tratam-se de títulos de crédito especialmente desenvolvidos para financiar o agronegócio. "A ideia é estimular o investidor urbano, seja ele um pequeno poupador ou um grande fundo de pensão, a financiar a atividade rural, complementando o crédito rural regulamentado pelo governo" disse o secretário de Política Agrícola. São sete os títulos de crédito do setor privado: Nota Comercial do Agronegócio (NCA), Cédula do Produto Rural (CPR), Nota Promissória Rural (NPR) e Duplicata Rural (DR), Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) e Warrant Agropecuário (WA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). (Imprensa Mapa)
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Após o término do prazo de cadastro dos produtores orgânicos, na última sexta-feira, 31 de dezembro, a primeira avaliação do Ministério a Agricultura aponta que cerca de 1,5 mil produtores orgânicos estão de acordo com as novas regras e mais 3,5 mil estão em processo final de cadastramento. "São cinco mil projetos de produtos adequados à norma, número que deve crescer com a adoção do sistema oficial de cadastro", explica o chefe da Divisão de Controle de Qualidade Orgânica, Roberto Mattar. Segundo ele, quem ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se à alguma entidade certificadora. Aqueles que fazem venda direta devem se cadastrar no hosite do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do Mapa para as orientações sobre o processo de regularização.
A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos. O selo também poderá ser concedido pelos sistemas participativos de garantia, associações de produtores que fazem o processo de auditoria, fiscalização e certificação. Já os produtores que vendem por conta própria seus produtos de origem da agricultura orgânica receberão, ao se cadastrar no site do ministério, uma declaração que os autoriza a realizar as vendas em feiras e entregas em domicílio.
O que são e técnicas utilizadas - Os produtos orgânicos são cultivados sem emprego de agrotóxicos e fertilizantes químicos, são provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não agridem a natureza e mantêm a vida biológica do solo ativa. As técnicas para se obter o produto orgânico incluem manejo orgânico do solo e diversidade (rotação) de culturas, que garantem a qualidade dos alimentos. Também são características fundamentais na produção orgânica a responsabilidade social e ambiental, como o uso adequado do solo, água, ar e recursos naturais. (Imprensa Mapa)
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O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou dezembro de 2010 com elevação de 0,72%. A taxa foi menor do que aquela apurada na terceira prévia do período, de 0,87%, que seguiu duas medições com inflação acima de 1%. No ano completo, o indicador subiu 6,24%, superando os 3,95% de 2009. Os números são da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A moderação no ritmo de alta do IPC-S em dezembro foi influenciada pelo grupo Alimentação - após abrir o mês com variação de 2,72%, o grupo terminou o período com avanço de 1,43%. Em 2010, registrou incremento de 9,85%. Também tiveram desaceleração entre a terceira medição e a leitura final de dezembro os ramos Habitação (0,38% para 0,29%), Educação, Leitura e Recreação (0,46% para 0,37%), Vestuário (0,82% para 0,80%) e Transportes (0,60% para 0,59%). No acumulado do ano, essas taxas corresponderam a 3,97%, 4,72%, 4,53% e 6,69%, respectivamente. Saúde e cuidados pessoais, contudo, deixaram uma alta de 0,47% na terceira apuração de dezembro para terminarem o mês com acréscimo de 0,53%. No mesmo sentido, Despesas Diversas foram de 0,46% para 0,51%. Em 2010, essas classes de despesas aumentaram 5,37% e 4,68%, nesta ordem. (Valor Econômico)
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Para iniciarmos bem o ano de 2011 trago para reflexão o teor do livro "Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética", do autor Mário Sérgio Cortella.
Em busca do sentido: Cortella inicia o livro mencionando que cada vez mais as empresas buscam ser espiritualizadas e ter líderes espiritualizados. Espiritualidade "é a sua capacidade de olhar que as coisas não são um fim em si mesmas, que existem razões mais importantes do que o imediato". "Temos carência profunda e necessidade urgente de a vida se muito mais a realização de uma obra do que de um fardo que se carrega no dia-a-dia".
O lado bom de não saber: "Reconhecer o desconhecimento sobre certas coisas é sinal de inteligência e um passo decisivo para a mudança". Para Cortella, devemos ser humildes para dizer que não sabemos ou não conhecemos algo. "Essa é a regra básica para a vida: quando você está no fundo do
poço, a primeira coisa que precisa para sair de lá é parar de cavar. E a pá que continua cavando é, ao não saber, fingir que sei". "Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo. Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir. Cuidado com gente cheia de certeza, elas ficam muito satisfeitas consigo mesmo e só ficam fazendo mais do mesmo o tempo todo". "Uma pessoa humilde sabe que o dela não é o único modo de ser, com um único modo de pensar. Aliás, a pessoa que tem humildade usa o outro como fonte de renovação.""Num mundo competitivo, para caminhar para a excelência é preciso fazer o melhor, no lugar de, vez ou outra, contentar-se com o possível. E isso exige humildade e exige que coloquemos em dúvida as práticas que já tínhamos. Porque se as práticas que tínhamos e temos no dia a dia fossem suficientes, estaríamos melhores." "Para ser capaz de uma mudança cada vez mais significativa e positiva é necessário ter humildade." O grande pensador alemão Immanuel Kant, no século XVIII, dizia: "avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incerteza que ele é capaz de suportar".
Estoque de conhecimento: quando fala em educação no ambiente empresarial, Cortella diz que "educação continuada pressupõe a capacidade de dar vitalidade às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas". "Investir em cursos, em formação, não significa que a empresa estará mais bem preparada porque não é automático. O contrário é automático: não investir na formação implica uma perda significativa da competência e da qualidade". "A questão da educação corporativa tem um papel importante na retenção de bons profissionais. Sim. Eu fico no local onde percebo que estão investindo em mim. Isto é uma forma de reconhecimento".
Lealdade Relativa: reconhecimento é fator decisivo para a permanência de um profissional na empresa. "Ninguém fica num local apenas por conta do salário, mas sua permanência é também condicionada pela capacidade de enxergar a finalidade positiva do que faz, do reconhecimento que obtem, do bem-estar que sente quando seu trabalho é valorizado e se percebe ali a possibilidade de futuro conjunto."
Fundamental é chegar ao essencial: "Há uma mudança em curso no mundo do trabalho. As pessoas estão começando a fazer uma distinção necessária entre o que é essencial e o que é o fundamental. Essencial é tudo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é o que lhe permite conquistar algo. No mundo da empresa, salário não é essencial, é fundamental. O que eu quero no meu trabalho é ter minha obra reconhecida, me sentir importante no conjunto daquela obra."
Aquilo em que me reconheço: uma das principais tarefas do líder é esclarecer a obra coletiva. "O líder é aquele que obtem satisfação procurando satisfazer a obra e os outros. O líder é aquele que inspira as pessoas, que anima as pessoas a se sentirem bem com o que fazem". Existem duas características precípuas da liderança: o líder não nasce pronto, ele se forma. E liderança não tem a ver com idade, tem a ver com experiência. "Isso significa também que quando você lidera pessoas é adequado, sim, colocá-las não na fogueira, mas numa experiência intensa. Porque, ao intensificar a experiência, ela cresce e se fortalece."
Competências essenciais na arte de liderar: "Líderes são homens e mulheres que ajudam indivíduos e equipes a fazerem a travessia rumo ao futuro. Atualmente, a necessidade não é estar partindo o tempo todo, mas sim estar preparado para partir." "O líder deve ficar atento àquilo que muda e estar sempre disposto a aprender".
Ao final do livro Cortella menciona um ditado chinês: "Quando dois homens vem andando na estrada, cada um carregando um pão, e trocam os pães quando se encontram, cada um vai embora com um pão. Mas, quando dois homens vem andando na estrada, cada um com uma idéia, e ao se cruzarem trocarem idéias, cada um vai embora com duas idéias
Fonte: Portal do Cooperativismo de Crédito
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Em função do feriado de fim de ano, não haverá expediente nesta sexta-feira, dia 31 de dezembro, na Ocepar e no Sescoop/PR. As atividades voltam ao normal na segunda-feira, 03 de janeiro. A diretoria, representada pelo presidente João Paulo Koslovski, e por todos os colaboradores do Sistema Ocepar, deseja a todos os cooperativistas, cooperados, lideranças, parceiros e colaboradores, um Feliz Ano Novo e um 2011 repleto de alegria e realizações.
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O portal da Castrolanda na internet ganhou um novo visual. O formato adotado em dezembro pela Cooperativa, evidencia os rumos da Castrolanda e valoriza a marca que apresenta produtos com alvo no consumidor final. O visitante pode conhecer em mais de 30 telas de conteúdos toda a estrutura da Cooperativa que em 2011 completa 60 anos. O formato da página é um projeto coordenado e desenvolvido pela área de comunicação da Cooperativa e toda a estrutura assegura facilidade de navegação e atende as necessidades de quem busca informações corporativas da Castrolanda.
Comercialização - Além de páginas específicas das unidades de negócios da Cooperativa (agrícola, carnes, leite, industrial) a Castrolanda inova com uma área específica para comercialização de animais pela internet. "É uma ferramenta muito importante para que os nossos associados disponibilizem gado leiteiro para venda. Estamos com uma estrutura preparada para o agendamento de fotos dos animais nas propriedades e tenho certeza que a internet é uma excelente ferramenta de exploração comercial do nosso rebanho que tem reconhecimento nacional", disse o coordenador de comercialização de gado da cooperativa, Dirceu Rodrigues.
Notícias - Outro destaque é a parceria com uma das principais agências de notícias do país, a Agência Estado, onde a cada 15 minutos são postadas as principais notícias da hora, tanto nacionais como internacionais. As cotações, previsão do tempo e o programa diário de rádio também foram destacados logo na lateral direita do site.
Interatividade - As informações de relacionamento da cooperativa com o associado ganharam destaque e a interatividade foi valorizada. A tradicional enquete ganhou destaque e os resultados vão ser acompanhados mensalmente no jornal Castrolanda Notícias. Outros canais foram mais bem explorados como o Fale Conosco, SAC (Serviço de Atendimento Castrolanda) e o lançamento da Ouvidoria, mais um canal de atendimento aos interesses dos associados para com a Cooperativa.
Classificados - Os classificados divulgados semanalmente na Circular da Cooperativa ganharam destaque no site. Os associados interessados em comprar, vender ou alugar qualquer produto do meio rural devem solicitar a publicação na área de comunicação da Cooperativa.
Em desenvolvimento - As páginas individuais para a divulgação dos produtos para o consumidor final estão sendo desenvolvidas. Os produtos: cordeiro, leite e batatas vão ganhar um espaço exclusivo com todas as informações pertinentes aos produtos. A Grife Castrolanda também vai ganhar um espaço especial no site. Todos os produtos que divulgam a marca institucional da Cooperativa vão estar expostos na internet. (Imprena Castrolanda)
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A Revista Paraná Cooperativo, editada pela assessoria de Comunicação e Imprensa do Sistema Ocepar, também ganhou um espaço no novo portal da Castrolanda. Ao acessar o link da revista, na parte inferior do site, o internauta confere a versão online em sua formatação original. Isto é possível graças a utilização do sistema Real Paper, desenvolvido pela VS Comunicação. O programa, também utilizado para leitura da revista na página do Sistema Ocepar (www.ocepar.org.br), permite folhear as páginas da publicação com um nível inédito de fidelidade.
Edição especial - A Revista Paraná Cooperativo é publicada mensalmente e distribuída em todo o Estado com as principais notícias do cooperativismo paranaense. Como tradicionalmente acontece, no final do ano, é produzida uma edição especial contendo um resumo das ações de responsabilidade social do cooperativismo paranaense. A circulação desta edição ocorrerá em janeiro de 2011.
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Há mais fatores que indicam que as principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior permanecerão com preços internacionais firmes nos primeiros meses de 2011 do que elementos que sinalizam a possibilidade de uma queda significativa em relação aos elevados patamares atuais. As cotações de soja e milho são as mais elevadas desde julho de 2008, enquanto o suco de laranja oscila em torno de máximas em três anos e meio, o café em mais de 13, o açúcar em três décadas e o algodão em 140 anos. A demanda global por alimentos segue aquecida, puxada por emergentes liderados pela China, e perduram reflexos climáticos negativos sobre a oferta de exportadores como Rússia e Argentina. Ao mesmo tempo, as incertezas financeiras em mercados desenvolvidos como EUA e Europa ainda geram movimentos que deixam como resultado um dólar fraco e atraem grandes fundos de investimentos a mercados como os de grãos, entre outros, cujos fundamentos justificam a ampliação dessas apostas.
Estoques - Conforme as estimativas mais recentes do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), nesta safra 2010/11, em fase final de colheita no Hemisfério Norte e de plantio no Hemisfério Sul, a produção mundial de trigo e grãos forrageiros, incluindo o milho, alcançará 1,725 bilhão de toneladas, para um consumo total de 1,786 bilhão. Se confirmado o cenário, os estoques voltarão a cair, o que já ocorreu em 2009/10 em relação ao ciclo anterior. Como informou na quarta-feira o Valor, o total de investimentos financeiros nos mercados de commodities em geral, inclusive não agrícolas, soma US$ 360 bilhões, ante US$ 10 bilhões há uma década, e conforme o banco Barclays Capital, de Londres, o fluxo líquido de aportes adicionais nos índices de commodities deve fechar o ano próximo de US$ 60 bilhões.
"Agroinflação" - Dispostas as cartas conhecidas na mesa, restam ao crescente número de observadores preocupados com a novamente galopante "agroinflação" global a expectativa de que as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo chinês para frear a inflação de fato arrefeçam o apetite do gigante e a esperança de que mais esse ciclo agrícola ascendente perca força ainda no primeiro semestre, com as definições sobre a próxima safra de cereais e grãos (2010/11) no Hemisfério Norte - que tende a ser grande justamente em virtude da tendência de que os preços estejam remuneradores quando os produtores decidirem quanto vão plantar. Certezas "altistas" e dúvidas "baixistas" também norteavam os cenários traçados pelos especialistas em commodities agrícolas no fim de 2009. A diferença básica é que as perspectivas apontavam para uma oferta global gorda nos primeiros meses de 2010. A bonança se confirmou e os preços chegaram a ceder um pouco, apesar da China, mas vieram os problemas climáticos sobre a produção de grãos na região do Mar Negro a partir do fim do primeiro semestre e novas disparadas aconteceram.
Bolsa de Chicago - Para efeito da inflação dos alimentos, soja, milho e trigo, referenciados na bolsa de Chicago, são os produtos agrícolas cujas altas aprofundadas pela crise na Rússia, que brecou suas exportações, e pela menor produtividade nos EUA mais preocupam. Mas também boa parte das mais importantes "soft commodities" (açúcar, algodão, café e suco de laranja), balizadas em Nova York, tiveram a oferta de exportadores - o Brasil entre eles - reduzidas por problemas climáticos e subiram com força em 2010. A exceção foi o cacau, que mesmo assim encerra o ano com potencial para subir com mais uma crise política em seu principal exportador, a Costa do Marfim. Levantamento do Valor Data com base nas médias mensais dos contratos de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) das oito commodities agrícolas citadas mostra que todas subiram em dezembro (médias até o dia 29) na comparação com novembro e que sete delas encerrarão o mês com cotações mais elevadas que em dezembro de 2009.
Maiores altas - Na relação anualizada, o maior salto, de 77,05%, é o do algodão, seguido por café (53,20%), milho (44,28%), trigo (43,39%), soja (26,91%), suco (21,57%) e açúcar (14,70%). O cacau aparece com baixa de 10,84%. O petróleo, uma das commodities preferida dos investidores, sobe 18,01% em Nova York no confronto entre as médias dos meses de dezembro; o ouro, que ganhou força com os tropeços e tombos europeus, sobe 23,37%. Instados a explicar a onda de valorização das matérias-primas básicas para a produção de alimentos, analistas, economistas e executivos das grandes tradings mundiais de grãos têm se esforçado para lembrar que os preços mantiveram-se relativamente acessíveis nas últimas três décadas e que todo ciclo, de alta ou de baixa, um dia termina. Em sua mais recente declaração pública, o CEO da americana Bunge, o brasileiro Alberto Weisser, previu preços ainda elevados em 2011, mas vislumbrou uma acomodação já em 2012.
Médias em dezembro - É difícil precisar, mas as contas do Valor Data baseadas nas médias de preços praticadas em dezembro em Chicago e Nova York sugerem que o ciclo ascendente atual já dura pelo menos seis anos, apesar de a volatilidade ter aumentado proporcionalmente ao crescimento das apostas dos fundos de investimentos nesses mercados. Uma tabela que cruza as oscilações das oito commodities do levantamento em 12, 24, 36, 48, 60 e 72 meses produz, no total, 48 variações, certo? Dessas, apenas três são negativas: a do cacau em relação a dezembro de 2009 (10,84%), a do trigo sobre dezembro de 2007 (15,06%) e a do suco na comparação com dezembro de 2006 (19,25%). As demais 45 variações resultantes são positivas. A maior delas é a do açúcar, que fecha este dezembro com preço médio 210,99% superior ao de dezembro de 2004. Não por acaso a FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, começou a externar sua preocupação com mais veemência nas últimas semanas. Em meio a tantas valorizações, as importações globais de alimentos poderão superar US$ 1 trilhão em 2010, marca só registrada em 2008, por causa das disparadas de preços que antecederam a quebra do banco Lehman Brothers.
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As orientações de plantio da canola em seis estados brasileiros foram publicadas na edição desta quinta-feira (30/12), do Diário Oficial da União. O estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) refere-se às cultivares adequadas para plantio e às condições climáticas e de solo para safra 2010/2011. A publicação oficial traz, ainda, as diretrizes para o cultivo de feijão 3ª safra no Paraná. As recomendações para o plantio da canola no Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás podem ser encontradas nas portarias nº 462 e nº 467. Com o zoneamento agrícola, é possível identificar os municípios e os períodos de semeadura, em condições de baixo risco climático. A canola é originária de regiões de clima temperado frio e se adapta bem às condições climáticas do Sul do Brasil, com tolerância às baixas temperaturas. Recentemente, a cultura foi introduzida no Centro-Oeste, cultivada na entressafra de soja, milho e algodão. No Brasil, a oleaginosa foi desenvolvida por melhoramento genético, sendo conhecida como canola de primavera.
Feijão 3ª safra - Cultivado tanto por pequenos quanto por grandes produtores em todo o país, o feijoeiro possui sistemas de plantio que atentem sistemas altamente tecnificados e aqueles com menor uso tecnológico. De acordo com a portaria nº 461, a temperatura é considerada o elemento climático de maior influência para o feijão. A recomendação é que o plantio não ocorra em locais extremamente quentes, o que prejudica o florescimento e a frutificação. No período de floração, é preciso que os termômetros marquem, no mínimo, 12ºC. No Paraná, a safra 2009/2010 de feijão 3ª safra alcançou 7,1 mil toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). (Imprensa Mapa)
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* Luiz Renato Lazinski
Durante o mês de dezembro, foram observadas precipitações acima da média histórica, na maior parte das áreas produtoras de grãos do Brasil. No Sul, as precipitações registraram valores acima dos 300 mm na maior parte da região, sendo que este valor, representa quase o dobro do que era esperado para a época do ano, a exceção ficou para o centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as precipitações, continuaram muito irregulares e abaixo da média. Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e áreas produtoras de grãos do Nordeste, as chuvas também foram bem distribuídas e acima da média na maior parte destas regiões, mantendo excelentes condições hídricas no solo, para o bom desenvolvimento das lavouras. Mais uma vez vale ressaltar, que para o Centro-sul do Brasil, muitas destas precipitações estão vindo acompanhadas de temporais, rajadas de ventos fortes e ocasionalmente com queda de granizo. A formação de áreas de convergência de umidade, favoreceram a ocorrência de chuvas de forte intensidade, que excederam a climatologia, mantendo as chuvas acima da média para o mês de dezembro.
A exemplo dos últimos meses, as temperaturas continuaram apresentando grandes amplitudes, com mudanças bruscas e os extremos se acentuando, no Sul do Brasil, em conseqüência da entrada de massas de ar frio, ainda com forte intensidade. Em meados de dezembro, grande parte da região Sul, apresentou queda acentuada de temperatura, com declínios superiores a 12°C, em menos de 24 horas. Na região central do Brasil, as temperaturas vem mantendo os padrões médios, para a época do ano.
O fenômeno climático "La Nina", que vem sendo classificado como um episódio de intensidade moderada a forte, persiste com anomalias de até -02°C nas temperaturas das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial, numa extensa área daquele Oceano, conforme podemos observar na figura 01. Os modelos de previsão climática continuam mostrando a continuidade do La Nina, pelo menos, até o segundo semestre de 2011, conforme podemos observar na figura 02.
No Centro-sul do Brasil, para os próximos meses, seguem os prognósticos de precipitações abaixo da média, porém, com uma distribuição mais irregular, intercalando períodos de muita chuva com períodos maiores de pouca ou nenhuma precipitação. Para a região Centro-oeste, áreas agrícolas do Nordeste e maior parte da região Sudeste as chuvas que voltaram ao normal no decorrer de novembro e dezembro, devem continuar com o mesmo padrão, ou seja, chuvas bem distribuídas, abundantes e acima da média.
Quanto às temperaturas, vamos continuar observando mudanças bruscas, em função da entrada de massas de ar frio, que ainda devem ocasionar grandes variações, acentuando os extremos, no Centro-sul do Brasil. Nas demais regiões as temperaturas seguem os padrões normais para a época do ano.
* Luiz Renato Lazinski
Meteorologista
INMET/MAPA
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A justificativa das indústrias brasileiras que dão preferência para o trigo importado, em detrimento ao produto nacional, é de que atualmente há mais facilidade de crédito para comprar o produto no mercado externo que o câmbio está favorável às importações. Outro argumento refere-se à baixa qualidade trigo nacional, fato que não condiz com a realidade, como comprova levantamento feito pela gerência técnica e econômica do Sistema Ocepar (Getec). As análises das 135 amostras referentes as 550 mil toneladas de trigo do Paraná vendidas nos últimos leilões de PEP, apresentaram um valor médio de Força de Glúten (W) de 273 e de Falling Number (FN) de 319, o que caracteriza trigo de excelente qualidade.
Tecnologia reflete no campo- A qualidade do trigo paranaense é resultado dos investimentos realizados nos últimos em tecnologia para cultivares. No Paraná e no Rio Grande do Sul, por exemplo, os cultivares da classe pão ou melhorador representavam 53% das áreas na safra de 2008. Em 2010, esse percentual aumentou para 79%, sendo que no Paraná para a safra 2011 a expectativa é que o cultivo de variedades da classe pão e melhorador chegue próximo a 100%.