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As exportações de carne bovina termoprocessada para os Estados Unidos serão retomadas nesta segunda-feira (27/12). A decisão de autorizar as vendas para o mercado norte-americano foi do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos, que constatou a eficiência dos planos de controle do governo e das empresas para garantir a qualidade da carne. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, considerou a reabertura das exportações de carne ao mercado norte-americano uma vitória da agropecuária brasileira. "Trata-se de um reconhecimento da qualidade dos nossos produtos, que certamente terá impacto na conquista de novos mercados." O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Costa, disse que os norte-americanos verificaram a preocupação do Brasil em escolher os fornecedores e o cuidado dos produtores rurais em respeitar o prazo de carência da aplicação da ivermectina (vermífugo) até o abate dos animais.
Exame - O governo brasileiro decidiu, também, adotar a mesma metodologia aplicada pelos norte-americanos para avaliar o nível de ivermectina, a partir do exame no músculo do animal. "Já fizemos esse procedimento nas últimas análises de resíduo do medicamento em 460 amostras. Em nenhuma delas foi violado o nível de ivermectina permitido pelos Estados Unidos, de 10 partes por bilhão", enfatiza Costa. A princípio, serão liberados 12 frigoríficos localizados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A última missão do governo norte-americano esteve no Brasil no período de 31 de agosto a 22 de setembro de 2010. Na ocasião, os técnicos visitaram frigoríficos exportadores de carne bovina termoprocessada localizados em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Exportações - As exportações de carne bovina termoprocessada estavam embargadas desde maio deste ano, devido à presença do vermífugo acima dos níveis considerados toleráveis pelos Estados Unidos. Em 2009, as vendas do produto para o mercado norte-americano renderam US$ 223,1 milhões, o que corresponde a 43,2 mil toneladas. (Imprensa Mapa)
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Mais um atleta da Copagril/Faville/Dalponte/MCR Futsal fará parte da Seleção Brasileira de Futsal. Além de Gadeia que foi convocado pela segunda vez para integrar o selecionado brasileiro, Léo Oliveira, eleito o melhor goleiro da Liga Futsal 2010, estará presente no desafio das Estrelas que acontecerá nos dias 26 (Santos -SP) e 28 de dezembro (São Bernardo do Campo - SP). Léo substituirá o experiente guarda-meta Franklin, da atual campeã catarinense Krona/Joinville/DalPonte, que foi cortado devido a um problema no tornozelo.
Alegria - Diante da surpresa, Léo, não escondeu a alegria de poder participar dos dois confrontos entre a seleção das estrelas que atuam no exterior contra as que jogam no Brasil. "É uma emoção muito grande, eu estou muito feliz, até porque eu não esperava essa notícia, já que a convocação estava definida. Foi um presente de natal pra mim e toda minha família. Estou muito feliz, emocionado", revelou. Como companheiro de posição no selecionado dos atletas locais, o jogador da Copagril/Faville/Dalponte/MCR Futsal terá o catarinense Djony, que costuma chegar bem ao ataque e sempre deixar sua marca. Ainda segundo Léo, a convocação de última hora só veio fechar com chave de ouro o ano de 2010, o melhor de sua carreira.
Um ano especial - "Este ano foi o mais especial de toda minha carreira, até porque a Copagril não era um time de tanta expressão e conseguiu chegar a final da Liga Futsal, o campeonato mais importante do calendário. Para o ano que vem os objetivos são muitos, principalmente garantir de vez uma vaga na seleção brasileira e chegar as finais de outras competições", disse o recém-convocado. Por fim, o goleiro afirmou que o torcedor que for acompanhar os Desafios das Estrelas não irá se decepcionar. "Vou fazer o máximo para aproveitar essa oportunidade. Pretendo atuar com a mesma raça e vontade que tenho demonstrado na minha equipe". (Imprensa Copagril)
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A redução de 10% no plantio de trigo no Paraná em 2011, dada como certa pelo setor produtivo, pode liberar mais de 100 mil hectares para o milho, considerando que em 2010 a área cultivada foi de 1,16 milhão de hectares, 11% abaixo da registrada em 2009. Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os triticultores reclamam que não há política de preços que garanta renda mínima e que, a partir de 2011, só a produção de primeira qualidade poderá ser vendida para o governo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ainda analisa medidas de apoio ao trigo.
Comercialização - O setor produtivo propõe medidas de apoio à comercialização e classificação, além de salvaguardas contra importações do grão. Nova reunião foi realizada no início desta semana com representantes do Mapa, em Brasília, mas ainda não há garantia de apoio. A próxima reunião está marcada para 10 de fevereiro. O governo federal reluta em reverter redução no preço mínimo do trigo e em ampliar a cobertura do seguro rural para perdas climáticas. Os técnicos do Mapa não querem também prorrogar a portaria ministerial que amplia as exigências de qualidade na classificação do trigo. A portaria está prevista para vigorar a partir da safra de 2011, mas o setor alega que não há sementes disponíveis no mercado para produzir um grão de acordo com os novos critérios.
Consumo - A produção nacional de 5,8 milhões de toneladas é insuficiente para atender o consumo. A demanda interna vem sendo suprida com importação de mais de 5 milhões de toneladas de trigo ao ano. Esse volume pode chegar a 6 milhões de toneladas em 2011, informam os moinhos. O Paraná registra produção de 3,37 milhões de toneladas em 2010. Uma redução de 10% na produção do estado obrigaria o país a ampliar as importações em 5,7%, considerando o total de 5,8 milhões compradas no exterior pela indústria nacional neste ano. O desânimo na produção toma conta do setor num ano em que problemas enfrentados em outras regiões produtoras indicam que os preços internacionais tendem a subir. As cotações esperadas para 2011 são melhores que as praticadas nos últimos dois anos, conforme os especialistas no mercado do trigo. (Gazeta do Povo)
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Os preços do milho estão subindo e prometem rebater a tendência de recuo no plantio da segunda safra do ciclo 2010/11 no Paraná, que começa em janeiro, informam os técnicos do setor. O valor pago ao triticultor no estado se aproxima de R$ 20 por saca (31% acima do preço de dezembro de 2009), apesar de as chuvas estarem derrubando, dia após dia, as estimativas de quebra neste verão. Já contando com uma produção regional maior que a prevista para o verão de La Niña- com risco de seca -, as cotações se sustentam pela tendência de quebra na Argentina e no Rio Grande do Sul, onde realmente vem ocorrendo falta de chuva. Pesam também fatores como a redução do plantio na primeira safra registrada em todo o Sul do país e o aumento das exportações de milho nos últimos três meses.
Leilões - Os preços em Mato Grosso, próximos de R$ 15 a saca nas principais regiões produtoras, indicam que as estratégias do setor para reduzir a oferta excessiva - que abateu as cotações nos últimos dois anos - estão funcionando. Os leilões promovidos pelo governo para incentivar o escoamento ajudaram a alavancar as exportações, que acabam de atingir 8,9 milhões de toneladas - 5,3 saindo de Mato Grosso (60%) e 1,8 milhão do Paraná (21%) -, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O setor espera exportar 10 milhões de toneladas até o fechamento dos números deste ano. Mas, com um volume acima de 8,5 milhões já superaria a meta estabelecida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nesse ritmo, os estoques finais do país serão de 9 milhões de toneladas de milho - 14% abaixo dos registrados um ano atrás.
Plantio - Os estados do Sul reduziram o plantio de verão em 9,8% (270 mil hectares), conforme a Expedição Safra Gazeta do Povo. O Paraná foi responsável por recuo de 170 mil hectares e cultiva atualmente 767 mil hectares - menor área registrada pelas estatísticas oficiais acumuladas a partir de 1976/77. Com recuo de 18,4% no cultivo, o estado deve produzir 5,29 milhões de toneladas, considerando queda de 4,2% na produtividade. A seca que vem sendo registrada na Argentina e no Rio Grande do Sul deve sustentar os preços e fazer com que o plantio da segunda safra seja maior que o do ano passado no Paraná, avalia o agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) Otmar Hübner. O órgão é ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Rio Grande do Sul - Com possibilidade de quebra numa parcela estimada entre 10% e 30% das lavouras, o Rio Grande do Sul paga até R$ 27 por saca de milho ao produtor, informa a Emater gaúcha. A média atual (R$ 23 por saca) está 20% acima da praticada no ano passado. A Emater trabalha com estimativa de quebra de 17% para o milho. A Expedição Safra prevê recuo de 9,2% no estado. O fato de os produtores estarem planejando redução de aproximadamente 10% no plantio de trigo no Paraná também deve aumentar as apostas na segunda safra de milho, acrescenta Hübner. O primeiro levantamento oficial do Deral será elaborado a partir de janeiro.
Plantio de inverno - A tendência de aumento no plantio do milho de inverno vem sendo cogitada também pelos técnicos da cooperativa Coamo e da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ano passado, o estado plantou 1,3 milhão de hectares de milho na segunda safra - área 10% menor que a do período anterior. A produtividade, no entanto, foi bem maior, elevando a produção em 50%, para 6,76 milhões de toneladas. (Gazeta do Povo)
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Na mesma época em que se realizava a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), quando os olhos do mundo se voltam para problemas como o desmatamento no Brasil, uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP mostrou que a nossa política para preservação da cobertura de matas nativas está longe do ideal. Especialmente se comparada à política aplicada por outros países, como os europeus, onde o foco no incentivo à preservação - e não na punição aos que não a respeitam- tem gerado sucesso na redução do desmatamento do continente.
Exemplo - Intitulado Comparação de políticas florestais do Brasil com as de alguns países da Europa e das Américas, o estudo do professor Carlos José Caetano Bacha tem a premissa de que é importante tentar absorver o exemplo desses países para melhorar a eficiência em solo brasileiro, onde se concentra a maior área de florestas do globo. Quando se fala de políticas florestais, a grande diferença apontada por Bacha entre o Brasil e a Europa - onde foi constatada ampliação da cobertura florestal nos últimos 15 anos - é que aqui se adota o que ele chama de "política de comando e controle" em relação ao desmatamento, e lá é aplicada uma política de incentivo econômico à preservação florestal. O que quer dizer que enquanto o Brasil tenta deter o desmatamento através de uma legislação, com punições aos que a violarem, muitos países europeus incentivam financeiramente os donos das terras para a preservação. Isso é feito da seguinte maneira: estima-se, por exemplo, quanto o proprietário ganharia se utilizasse a área de preservação para agricultura ou pecuária, e então esse valor é pago a ele, que por sua vez se compromete a preservar a cobertura florestal do terreno. Além disso, o governo cobre parte dos custos com reflorestamento.
Brasil - Já no Brasil, a lei obriga o produtor a não desmatar, porém não fornece estímulos para que isso ocorra. Todos os custos para preservação e reflorestamento são do proprietário. Inclusive, caso ele tenha comprado a terra já desmatada, ele é obrigado por lei a arcar com o reflorestamento da reserva legal, mesmo sem ter tido culpa no processo. "Na Europa se recebe para conservar, enquanto que no Brasil se paga", afirma Bacha. Nos últimos anos, no entanto, algo parecido ao que é feito na Europa tem ocorrido no Brasil, para a preservação de nascentes de água, mas em uma proporção menor. O proprietário de uma terra que tenha uma nascente recebe um incentivo financeiro de governos municipais ou ONGs para não poluir ou afetar essa fonte. Só que mesmo com uma forma de aplicação semelhante à europeia, o número de beneficiados pelo sistema é muito pequeno. "São milhares nos países da Europa, enquanto que no Brasil são apenas dezenas", completa Bacha, sendo que aqui há uma quantidade muito maior de terras do que nos países europeus.
América do Sul - Com a comparação entre as políticas florestais brasileira e europeia já em estágio de conclusão, a pesquisa entra agora em uma segunda fase. A ideia agora é averiguar as políticas de outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Chile. Mais especificamente no que diz respeito ao reflores-tamento, no qual esses países têm obtido bons resultados. Neles, têm-se conseguido avanços nessa área através de vantagens tributárias dadas na produção de celulose e madeira. Já no Brasil, predomina a concessão de crédito rural ao plantio de florestas, mas aquém da dimensão necessária. O foco então é analisar os instrumentos utilizados nesses países, com características econômicas semelhantes à nossa, e ver se essa política tem feito a diferença nesse sentido. De acordo com Bacha, ainda é cedo para afirmar se as práticas adotadas por esses países são uma opção para o Brasil, que tem proporções muito maiores. Não se pode dizer que uma política seja melhor que a outra, exatamente pelas diferenças entre os países. Mas pode-se considerar as políticas que tiveram algum tipo de sucesso e tentar adaptá-las à nossa realidade. O estudo de Bacha é apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Portal Ecodebate - Adaptado por APRE)
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Organizações, cooperativas e empresas com experiência em capacitação e assistência técnica florestal (ATEF) podem apresentar, a partir de hoje propostas para se tornarem fornecedores desse tipo de serviço para comunidades selecionadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF). O Serviço Florestal Brasileiro - responsável pela gestão do FNDF - lançou quatro avisos de licitação para selecionar seis empresas ou organizações, que executarão diversas ações envolvendo capacitação e ATEF em 21 comunidades em 6 estados do Norte e Nordeste. A escolha da melhor proposta ocorrerá no dia 29 de dezembro, por meio de pregão eletrônico. As comunidades beneficiadas foram definidas, após chamadas de projetos relacionados a quatro temas: manejo florestal para assentados na caatinga; manejo florestal comunitário e familiar em RESEX da região norte; produção de sementes e de mudas para restauração florestal da Mata Atlântica no Nordeste.
Critérios - Serão selecionadas as empresas que propuserem o menor preço para realização das atividades previstas nos editais. No entanto, antes da assinatura dos contratos os vendedores devem provar ter capacidade técnica para executar as ações. As empresas ou organizações devem ter experiências prévias em atividades de capacitação e assistência técnica florestal e já devem ter trabalhado com público com perfil semelhante às comunidades beneficiadas. Para participar do pregão, os interessados precisam estar credenciados no Portal de Compras do Governo Federal (http://www.comprasnet.gov.br). O credenciamento pode ser feito diretamente pela internet. Para assinar o contrato, os vencedores do pregão devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro de Fornecedores (Sicaf). As instruções para se cadastrar no Sicaf estão no portal compras.net. Para mais informações sobre a licitação, os interessados podem entrar em contato com o Serviço Florestal Brasileiro, por telefone (61-2028-7147 61-2028-7147) ou por e-mail (
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )Prioridades do FNDF em 2011 - No próximo ano, o FNDF deve apoiar projetos com três focos principais: 1) capacitação de extensionistas para atividades de manejo florestal na Amazônia e Caatinga e para a recuperação florestal na Mata Atlântica; 2) promoção das boas práticas de uso dos recursos florestais no Cerrado; e 3) apoio à disponibilização de recursos humanos para o desenvolvimento florestal na Amazônia e Caatinga. Estas prioridades constam no Plano Anual de Aplicação Regionalizada (PAAR-2011), que foi apresentado para o Conselho Consultivo do FNDF no dia 15 dezembro. O PAAR será publicado até o fim de 2010, após manifestação final dos integrantes do Conselho, formado por representantes dos governos federal, estadual e municipal, sociedade civil, representações de trabalhadores e do empresariado. (ASCOM - Serviço Florestal Brasileiro - retirado de CIF)
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Faltando uma hora e 37 minutos para o fim do ano legislativo e com a presença de menos de 5% dos parlamentares que compõem as duas Casas, o Congresso aprovou ontem o primeiro Orçamento da gestão Dilma Rousseff. O governo só conseguiu concluir a negociação com parlamentares da base e da oposição - insatisfeitos com o baixo índice de pagamento de emendas parlamentares e com os amplos poderes que a peça orçamentária de 2011 concede ao Executivo para remanejar receitas - depois das 21h. Se o Orçamento não fosse votado ontem, o roteiro de despesas e de receitas do governo Dilma teria que esperar o recesso, que tem início hoje e termina em 31 de janeiro, para ser analisado. O relatório final da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) manteve o salário mínimo de R$ 540, mas previu dispositivo garantindo a Dilma recursos para elevar o valor se a futura presidente decidir. Os recursos sairiam de um "colchão" de R$ 6,6 bilhões que poderão ser usados no mínimo, no reajuste do Bolsa Família e no aumento de servidores.
Remanejamento - Os itens responsáveis pelo impasse na votação foram regras de remanejamento dos recursos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as condições impostas pela oposição para que as Casas aprovassem o projeto que retira a Eletrobras do cálculo do superavit. Depois de muita conversa, o vice-líder do governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), conseguiu convencer os colegas a votarem a retirada da Eletrobras e aprovarem orçamento que mantém teto de 30% no remanejamento de recursos das obras do PAC. A mudança, no entanto, ficou por conta do critério que obriga o governo a submeter à Comissão Mista de Orçamento remanejamentos que superarem 25% do limite. O governo terá liberdade para recompor valores do projeto que estiverem abaixo da proposta original do Orçamento, por meio de medida provisória.
Votação - Com o Congresso esvaziado e sem nomes da linha de frente de Dilma, coube a Gilmar Machado a missão de contornar as arestas e entregar o Orçamento aprovado nos moldes determinados pelo governo. Na sessão de ontem, apesar de manobra ter mantido o registro do quorum da última sessão do Congresso, que listava 67 senadores e 425 deputados, cerca de 30 deputados estavam presentes na votação. Para presidir a sessão, o terceiro-secretário da Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), foi escalado. "Ficção é a presença dos parlamentares nesta noite para votar a lei mais importante. Não vou fazer nenhum ato de obstrução em respeito a Gilmar Machado. Neste momento, os medalhões do partido fogem e deixam o deputado aqui às feras. O que retardou a sessão de hoje são parlamentares com o pires na mão que pedem o pagamento das emendas", protestou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Segundo o relatório, a estimativa de receita é de R$ 2,03 trilhões. Foram previstos R$ 74,2 bilhões para a Saúde, R$ 62,6 bilhões para a Educação e R$ 40,1 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Despedida com farpas - Os senadores Mão Santa (PSC-PI) e Ideli Salvatti (PT-SC) abriram mão do espírito natalino ao se despedirem da Casa, ontem. Na última sessão da petista e do socialista cristão no Senado, Ideli e Mão Santa trocaram farpas e o piauiense chegou a pedir que a futura ministra da Pesca do governo Dilma Rousseff se retirasse do plenário. Mão Santa fazia seu 1.502º discurso quando a líder do governo no Congresso pediu um aparte para fazer um comunicado inadiável. O senador do Piauí, que gastou toda a tarde de ontem discorrendo sobre seu mandato e relação pessoal com outros parlamentares, não deu a palavra a Ideli e ainda pediu que ela se retirasse do plenário enquanto recebia homenagens. "Não, não. Pela ordem aqui, não", respondeu Mão Santa ao pedido de pronunciamento de Ideli. "Pela ordem é o presidente. A senhora não vai pedir agora, não, porque aqui já se usou a tribuna até por quatro horas. Por educação, sente-se." A senadora respondeu à reação do piauiense com um "está bem", mas Mão Santa não parou. "Aliás, é até melhor que se retire." Indignada com a atitude do senador, a futura ministra respondeu: "Isso mostra a sua educação". O apreço de Mão Santa pelo tempo de discurso no plenário faz parte do folclore do Senado. O senador que não conseguiu se reeleger é um dos campeões no ranking da oratória. Fez 1.502 intervenções no plenário durante a legislatura. Ideli, por sua vez, registra 732. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que também se despediu ontem do Senado para assumir o governo do Rio Grande do Norte, tomou a palavra por 180 vezes.
Folclore - Os longos discursos de Mão Santa chegaram a ser alvo de questionamento de outro parlamentar, que apresentou registro à Mesa Diretora, mas desistiu de interpelar os colegas. Servidores da Casa que têm a missão de acompanhar todas as sessões, prestando assessoria ou segurança, reclamavam que muitas vezes passavam do horário de trabalho e não recebiam horas extras durante os discursos de Mão Santa. As participações do senador, no entanto, com seu linguajar pitoresco e estratégia de usar temas familiares para falar com os eleitores, fazem sucesso com os telespectadores da TV Senado. (Correio Brasiliense)
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Os contratos de café tiveram forte recuo no dia de ontem na bolsa de Nova York após atingir no pregão de terça-feira a maior alta em mais de 13 anos na bolsa americana. Os papéis com vencimento em maio de 2011 encerraram o pregão a US$ 2,316 por libra-peso, desvalorização de 365 pontos. De acordo com a Dow Jones Newswires, a retração se deveu a um movimento de realização de lucros que testou o limite da commodity, que vem batendo altas sucessivas nos últimos dois meses por conta da expectativa de menor oferta do tipo arábica de qualidade. "Nós estamos apenas correndo dos compradores", disse ontem um trader à agência. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o arábica fechou em queda de 0,06% com a saca de 60 quilos valendo R$ 407,30.
Demanda arrefece - Depois de subir mais de 600 pontos nesta semana, o algodão voltou a cair com apostas de que a demanda vai arrefecer diante dos preços elevados. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem encerraram o pregão na bolsa de Nova York valendo 139,69 centavos de dólar por libra-peso, queda de 500 pontos. As exportações da pluma dos Estados Unidos, maior exportador mundial, caíram 35% na semana encerrada em 9 de dezembro, na comparação com os sete dias anteriores, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos citados pela Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a pluma fechou com leve valorização de 0,03%, com a libra-peso valendo 291,47 centavos de real.
Apetite chinês Os futuros de milho voltaram a subir ontem - pela quarta sessão consecutiva - na bolsa de Chicago diante dos rumores de que os Estados Unidos vão exportar ainda mais grãos para a China, o maior consumidor mundial. Os contratos com vencimento em maio encerraram o dia a US$ 6,17 o bushel, valorização de 6,75 centavos de dólar. A China vai ampliar suas importações de grãos e algodão e aumentar as reservas governamentais de alimentos, inclusive carnes e açúcar, segundo anúncio do Ministério de Comércio chinês informado pela Bloomberg. No mercado de Mato Grosso, segundo maior produtor nacional de milho, os preços do grão fecharam estáveis com compradores ofertando R$ 14,50 pela saca em Sorriso, segundo o Imea/Famato.
Restrição de qualidade - Especulações de que o declínio na oferta de trigo de alta qualidade irá impulsionar a demanda pelo cereal americano fizeram as cotações do trigo subir ontem nas bolsas americanas. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem fecharam em alta de 17,25 centavos de dólar a US$ 8,0975 o bushel em Chicago. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento fechou com igual valorização a US$ 8,525 o bushel. Nesta safra é esperada que a moagem do cereal de qualidade em regiões importantes da Austrália seja metade do volume previsto por causa das fortes chuvas, segundo dados da Australia & New Zealand Banking Group Ltd, citados pela Bloomberg. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos do cereal encerrou o dia a R$ 24,08, queda de 0,70%, segundo o Deral/Seab. (Valor Econômico)
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O Banco Central (BC) lançou na quarta-feira (22/12) o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), uma medida dos preços internacionais que têm relevância para a dinâmica da inflação doméstica. Segundo o BC, o indicador se mostra necessário devido à importância crescente desses itens para a economia brasileira e, consequen-temente, seus potenciais impactos sobre a dinâmica dos preços ao consumidor e, também, repercussões nas expectativas dos agentes. O IC-Br é composto por uma cesta de indicadores de preços com pesos diferentes de acordo com a relevância para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Banco Central deve divulgar esse índice periodicamente, além de fornecer a abertura dos dados para três setores: IC-Br Agropecuária, o IC-Br Metal e o IC-Br Energia.
Trajetória - Segundo o BC, a trajetória recente do indicador ratifica a visão de que houve contribuição significativa, nos últimos meses, da elevação dos preços das commodities para a aceleração do IPCA. "O período iniciado no segundo semestre de 2010, registra variação do IPCA mais acentuada do que a das medidas de exclusão, trajetória consistente com a elevação, no mercado internacional, das cotações das principais commodities agrícolas e metálicas." A criação do indicador permitiu ainda ao BC estimar a influência desse indicador na dinâmica dos preços. Na avaliação da autoridade monetária, o repasse de um choque no IC-Br para o IPCA se inicia logo no primeiro mês em que os preços médios da cesta se elevam. O pico acontece no mês seguinte e torna-se praticamente nulo a partir do quinto mês. (Valor Econômico)
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As recentes vitórias do Brasil em disputas comerciais com os Estados Unidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) devem dar um alento aos produtores brasileiros de etanol, que acabam de sofrer um duro revés com a aprovação pelo Congresso americano da prorrogação por um ano do subsídio e da tarifa de importação do produto. O etanol americano já possui poderosos estímulos. Um dos mais eficientes é a legislação para a produção e uso de energia renovável, a Renewable Fuel Standard (RFS), que prevê o consumo de quantidades crescentes de biocombustível até 2022. Atualmente, a gasolina americana tem 10% de etanol; e os produtores querem que o percentual chegue a 20%, mas isso depende da adaptação dos automóveis americanos. Lançada em 2006, a RFS tornou os Estados Unidos o maior produtor mundial de etanol, ultrapassando o Brasil.
Incentivo - Também para incentivar o uso de energias renováveis, o governo americano concede às refinarias um subsídio de US$ 0,45 por galão (3,8 litros) de etanol misturado à gasolina. Uma tarifa de US$ 0,54 sobre o galão do etanol importado evita que o subsídio vá para estrangeiros. Um dos maiores prejudicados é o Brasil, que produz etanol de cana-de-açúcar a custos mais baixos do que o americano, feito à base de milho. O Brasil é o maior exportador mundial de etanol. Os subsídios expirariam no fim do ano, se nada acontecesse. Isso era considerado bastante provável uma vez que custam por ano US$ 6 bilhões e os Estados Unidos estão sufocados por um déficit público crescente. Pesavam ainda contra o etanol americano as críticas ambientalistas, dadas as exigências de pesticidas e fertilizantes do milho; e seu impacto no preço dos alimentos.
Lobby - No entanto, a diplomacia e os produtores de etanol brasileiros confiaram demais no bom senso dos políticos americanos. Acabou prevalecendo o poder do lobby de uma indústria que é ativa apoiadora financeira de congressistas americanos, com contribuições calculadas em US$ 1 milhão nos últimos dois anos. Com o argumento de que o fim do subsídio e da tarifa de importação ameaçaria milhares de empregos, a indústria de etanol americana conseguiu manter por mais um ano suas regalias, em uma medida incluída de última hora em um pacote destinado a um assunto totalmente diferente, a prorrogação dos cortes de impostos feitos no governo anterior de George W. Bush, medida considerada importante pelo presidente Barack Obama para tentar reanimar a economia.
Negociação - Nos últimos anos, os diplomatas e produtores brasileiros de etanol tentaram negociar com os americanos uma mudança nas regras. O Brasil deixou de subsidiar a produção de etanol há cerca de dez anos e eliminou a tarifa de importação no início deste ano. Mas as tentativas de negociação e manifestações de boa vontade não foram bem-sucedidas. A saída agora é apelar para a OMC. A experiência recente do Brasil junto a esse organismo mostra que são boas as chances de uma vitória. No ano passado, o Brasil foi autorizado a retaliar os Estados Unidos por subsídios ao algodão. O processo começou em setembro de 2002; os subsídios foram considerados ilegais em 2005. Houve painéis de discussão, apelação e arbitragem até que, finalmente, em novembro de 2009, o Brasil foi formalmente autorizado a aplicar as contramedidas. Durante esse período, não houve revisão satisfatória dos incentivos condenados da lei agrícola dos Estados Unidos, que só cedeu após o sinal verde para as retaliações, ainda assim com relutância.
Laranja - Nesta semana, o Brasil ganhou outra causa contra os Estados Unidos na OMC, desta vez envolvendo o suco de laranja. A decisão dos árbitros ainda é preliminar e sujeita a recursos, mas considera ilegal o método usado pelos Estados Unidos para sobretaxar os exportadores brasileiros de suco de laranja sob acusação de dumping. O processo já dura 15 meses e deve chegar a um final apenas no segundo semestre de 2011. Chamado de "zeroing", ou zeragem, o método para apurar se os preços praticados por fornecedores estrangeiros estão abaixo do mercado já foi questionado no caso de outros produtos, como siderúrgicos, e resultaram em condenações aos Estados Unidos em disputas com o Japão e a União Europeia. Não vale a pena esperar mais um ano no caso do etanol, acreditando que o subsídio eventualmente expire, nem subestimar o poder do lobby americano. Até mesmo porque as discussões no âmbito da OMC costumam ser bastante demoradas. (Valor Econômico)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na terça-feira (21/12), no Rio de Janeiro, que a presidente eleita Dilma Rousseff não vai realizar cortes orçamentários do PAC. O presidente afirmou que o Orçamento de 2011 ainda está sendo negociado. "Eu posso dizer que não vão cortar dinheiro do PAC, porque o compromisso da companheira Dilma Rousseff é pelo desenvolvimento desse país. Ela sabe porque ela foi a gestora do PAC. Ela trabalhou como ninguém para o PAC dar certo e tenho certeza de que ela vai gastar cada centavo do PAC", disse. Em seu último evento como presidente da República no Rio de Janeiro, Lula participou da inauguração do teleférico no Morro do Alemão, complexo de favelas recém-ocupadas pela polícia e pelo Exército.
Relatora - Indagado sobre a decisão da relatora do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), de reduzir as verbas do programa em R$3,3 bilhões em 2011, Lula lembrou que tem poder de veto da peça a ser votada no Congresso. "Vocês fizeram matéria precipitada. Ela (Serys) não pode torcer para as coisas darem errado assim, ou tentar desmentir o presidente. Vocês sabem que tenho poder de veto. Esse orçamento, que for votado, tem de vir para mim. Está sendo negociado. O fato de a relatora dizer que quer fazer isso ou aquilo... Primeiro, é preciso saber se vai fazer. Vamos esperar o Orçamento ser aprovado para a gente poder saber se vai cortar alguma coisa do que colocamos. E eu posso te dizer: não vão cortar dinheiro do PAC".
Redução - O relatório final apresentado pela senadora prevê redução no PAC de R$43,5 bilhões para R$40,15 bilhões no próximo ano. Mas, diante da reação irada de Lula, Serys recuou e incluiu ontem em seu parecer uma autorização para que o governo faça a recomposição dos R$3,3 bilhões suprimidos do PAC. Essa foi a saída acertada entre a Comissão Mista de Orçamento e o Ministério do Planejamento para acabar com o mal-estar. A recomposição será feita pelo governo, por decreto, com a emissão de créditos suplementares nesse valor de R$3,3 bilhões. A relatora apresentou errata permitindo recomposição e abriu brecha para o governo negociar um reajuste para os servidores do Judiciário e do Ministério Público, que reivindicam 56%. A relatora manteve a posição de não dar o reajuste, mas autorizou o governo a negociar. O parecer manteve o mínimo em R$540. Mas a reserva especial de R$6 bilhões foi usada nas negociações como promessa de que vários pleitos ainda serão aceitos no futuro. À noite, a Comissão do Orçamento começou a discutir a votação do parecer.
Irritação - No caso do PAC, Serys ficou irritada com o vazamento da informação sobre o corte e disse que a redução de R$ 3,3 bilhões fora feita pelos relatores setoriais (das áreas do Orçamento), que têm prerrogativa de cortar até 15% das verbas do PAC para destinar dinheiro a emendas parlamentares. Esse ano, eles remanejaram R$5,2 bilhões. Mas o relatório final é dela. "A relatora-geral não fez corte nenhum no PAC, foram os relatores setoriais. Estou dando autorização para que o governo restabeleça os R$ 43,5 bilhões. Então, não haverá cortes", disse Serys, alegando que, como relatora-geral, havia até aprovado uma emenda de R$500 milhões para obras do programa.
Paulo Bernardo - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reuniu-se com Serys e com o vice-líder do governo no Congresso, Gilmar Machado (PT-MG), para encontrar uma saída e acalmar Lula. A solução é não alterar a proposta orçamentária, o que poderia inviabilizar a votação este ano. (O Globo)
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Depois de se reunir na terça-feira (21/12) com o presidente Lula, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, minimizou os efeitos do atraso na votação do Orçamento de 2011, que poderá ficar para o próximo ano. Segundo Bernardo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, poderá começar seu mandato sem o Orçamento aprovado, mas não terá problemas para pagar as despesas nem para manter os investimentos do PAC. Os investimentos do PAC-2 poderão sofrer atrasos se o Congresso não concluir a votação este ano. "Se o Congresso aprovar, fica tudo resolvido. Se não aprovar, eu tranquilizei o presidente: a presidente Dilma não vai ter trauma. De fato, ninguém vai morrer se não for aprovado o Orçamento", comentou. Sobre a preocupação de Lula com o PAC, Bernardo disse que a solução criada pelo Congresso resolve o problema: o governo poderá repor, por decreto, as verbas cortadas. "Não há motivo para brigarmos", disse Bernardo. (O Globo)
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A infraestrutura de transporte do Braisl é a pior entre dez das maiores economias (como China, Alemanha e Rússia), sendo superada até mesmo pela da Índia, que é considerada parâmetro negativo para o setor. De acordo com a consultoria Economist Intelligence Unit, faltam investimentos nas malhas rodoviária e ferroviária, são raras as estradas asfaltadas que atendem os padrões de excelência, e problemas de congestionamento são constantes.
Apagão - Para Robert Wood, analista sênior da Economist Intelligence Unit, a malha brasileira corre o risco de "apagão" nos próximos anos, especialmente com a realização da Copa, em 2014, e da Olimpíada, dois anos depois. Segundo ele, falta estratégia de longo prazo para os investimentos e as obras andam muito devagar. "Há muitos entraves burocráticos e os gastos públicos são muito baixos e sofrem com a corrupção." (Folha de S. Paulo)
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A Revista Época publicou, na edição de 10/12, a lista dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Coube ao ex-ministro da Agricultura e também deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB - PR) traçar o perfil do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B - SP), que se destacou pela atuação como relator do Código Florestal. Para Stephanes, a votação do Código Florestal é um dos desafios para o próximo governo. Ele também cita a necessidade de criação de um marco regulatório para fertilizantes e a necessidade de ampliar a logística e infraestrutura de escoamento da produção para baratear os alimentos.
Íntegra do texto - "A formação marxista conferiu ao deputado Aldo Rebelo uma característica marcante que é a de depositar um olhar humanista sobre os acontecimentos do País e do mundo. Afinal, o Marxismo se debruçou sobre mudanças importantes na História através dos tempos que acabaram influenciando o nosso desenvolvimento, como o capitalismo, por exemplo. À medida que o contexto político mundial mudou, com a queda do Muro de Berlim e a globalização, principalmente, Rebelo demonstrou capacidade para se adaptar, com uma nova visão, mas sem perder a essência. Isso ficou claro em, pelo menos, dois episódios recentes: em 2004, quando ocupou o Ministério das Relações Institucionais, ao se posicionar, positivamente, em situações de conflito, como na disputa territorial da reserva indígena Raposa Serra do Sol; e, este ano, ao assumir a relatoria do Código Florestal, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, na qual se revelou um estudioso da questão. Aldo Rebelo manteve uma postura democrática, aberta ao diálogo e ao entendimento, além de ter a sensibilidade para captar a realidade rural, em centenas de reuniões e visitas pelo interior do País. Isso o tornou um conhecedor da realidade do campo, levando-o a produzir uma proposta com bom-senso, equilíbrio e racionalidade, conseguindo, por meio de uma visão científica, contemplar um modelo que considera as necessidades da produção e do meio ambiente. Lembro, ainda, que esse equilíbrio, aliado à capacidade de articulação e gerenciamento, ele já havia revelado quando exerceu a presidência da Câmara dos Deputados, entre 2005 e 2007."
Link - Confira a publicação no site: http://wwww.revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI194875-17445,00.html
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O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, propôs na terça-feira (21/12) que o agricultor brasileiro negocie diretamente suas desavenças comerciais com os concorrentes e abra mão da intermediação da Organização Mundial do Comércio (OMC). Para ele, o foro internacional demora muito para apresentar soluções. O ministro garantiu que, com o apoio da presidente eleita, Dilma Rousseff, fará uma campanha para promoção da agricultura no exterior com o objetivo de desconstruir teses "mentirosas" de concorrentes em relação à produção nacional.
Reação - Rossi, que assumiu o ministério em maio e permanecerá no próximo governo, orienta os agricultores a deixarem de lado o "discurso da lamentação" e a reagirem para tratar o agronegócio como um "potencial brasileiro". Segundo ele, nem mesmo as queixas em relação à desvalorização do dólar, que torna menos competitivos os produtos brasileiros, deve ser argumento para o setor se acomodar. "Com o câmbio e a logística que temos, estamos quebrando todos os recordes de produção. Imagine quando construirmos um câmbio e uma logística melhores", indagou em entrevista ao Estado.
Mudança - O ministro está disposto a afastar a visão do produtor que "chora" e o papel de um Estado paternalista para o setor. "Temos de olhar como ganhar mais mercado, aumentar a produção de alimentos, pois o mundo é faminto e isso é uma oportunidade de negócios". Em suas viagens ao exterior, Rossi disse ter se surpreendido com o desconhecimento sobre a produção brasileira. "Eles ainda acreditam em mitos que foram criados por nossos concorrentes, como trabalho escravo e destruição da Amazônia."
Difamação - O governo pretende deixar claro, por exemplo, que a cana-de-açúcar é cultivada a mais de 2 mil quilômetros de distância da Amazônia e que as relações de trabalho no setor estão avançadas. "Somos a terceira agricultura orgânica do planeta, somos o único país do mundo que tem um programa de apoio à sustentabilidade", mencionou. "O que os concorrentes falavam eram mentiras." Rossi também disse que o Brasil é vítima de uma campanha difamatória dos concorrentes na questão da erradicação da febre aftosa. "O Brasil está livre de febre aftosa, isso é inegável. Não devemos entrar em alegações de concorrentes, que usam pretextos sanitários para razões mercadológicas", argumentou. Para ele, o País apenas será livre quando todo o continente estiver afastado da doença. Atualmente, o governo brasileiro fornece doses da vacina contra a aftosa para a Bolívia, a fim de evitar contaminação do gado doméstico. O ministério estuda estender esse trabalho à Venezuela e ao Equador.
Solução rápida - Ainda em relação às carnes, o Brasil não conseguiu resolver um imbróglio iniciado em maio com os EUA, importador de produto enlatado e que acabou na suspensão dos negócios. As divergências entre os países se dão em relação a limites máximos de vermífugo presente nas carnes. Para Rossi, os americanos estão dificultando a possibilidade de um acordo. Ele, no entanto, se diz otimista mais uma vez e acredita numa "resolução rápida" a partir de agora. Apesar de ter comemorado a decisão preliminar da OMC de condenar barreiras ao suco de laranja nacional e julgar ilegais as medidas protecionistas dos EUA, ordenando-as que fossem retiradas, o ministro defendeu que os setores agrícolas que se sintam prejudicados na competição mundial tentem um acordo direto com os concorrentes. "Isso é melhor do que uma disputa na OMC, que pode levar uma década." (O Estado de S. Paulo)
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões. O resultado representa crescimento de 1.693,9%. No próximo ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, serão destinados para a Saúde Animal R$ 93,8 milhões.
Meta é o reconhecimento - "Vamos continuar atuando, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste para alcançarmos, até o fim de 2011, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Já o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ocorrer em 2012", informa o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim. Neste ano, foram realizadas vacinações oficiais contra a doença no Amapá, nos 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e em áreas indígenas de Roraima (nas reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos).
Cobertura vacinal - Em relação à cobertura vacinal da primeira etapa da campanha, no primeiro semestre deste ano, o índice alcançou 97,2%. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que vacinou 100% dos animais com idade abaixo de 12 meses, em fevereiro, na região de fronteira com a Bolívia, e 99,7% dos animais com menos de 24 meses, em todo o estado, em maio. Segundo o secretário Jardim, a retirada da vacinação deve ser vista com cautela. "É preciso que os serviços veterinários estaduais estejam estruturados, com profissionais capacitados para realizar uma detecção rápida da doença e que o controle de trânsito dos animais seja efetivo", explica. Entre os avanços conquistados neste ano, está o reconhecimento pelos Estados Unidos de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína catarinense, pleiteada pelo governo desde 2007.
Classificação - Neste ano, alguns estados evoluíram na classificação contra a febre aftosa. O noroeste do Pará passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram de ser risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido. Hoje, 15 unidades da federação já detêm o status de livre de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação. (Imprensa Mapa)
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) promove leilão de Valor de Escoamento de Produto (VEP) do milho, nesta quinta-feira, 23 de dezembro. Serão ofertadas 260 mil toneladas de milho dos estoques públicos. Do total, 200 mil toneladas vão para os estados das regiões Norte e Nordeste e 60 mil toneladas para o Espírito Santo, Rio de Janeiro e norte de Minas Gerais. Podem participar produtores e cooperativas de aves, suínos e pecuaristas de leite, indústrias de ração animal e de alimentação humana. O preço de abertura será o resultado da média dos preços de mercado nos cinco dias anteriores ao leilão na região em que o produto está armazenado. A maioria do grão mantido pela Conab é da 1ª safra de 2008/2009 e da 2ª safra (safrinha), plantada em janeiro e fevereiro de 2009. O 2º leilão de VEP de milho está programado para 6 de janeiro de 2011. A quantidade será definida posteriormente pela estatal. (Imprensa Mapa)
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As negociações de trigo e derivados no Brasil praticamente se encerraram, com boa parte dos agentes colaboradores do Cepea entrando em férias coletivas nesta semana. Em muitas regiões, não há sinalizações de preços para nenhum produto. As movimentações, consequentemente, continuam relacionadas aos leilões de PEP - última edição do ano foi realizada no dia 16 - e às importações, diante do avanço da colheita na Argentina.
Agenda - Os leilões de PEP/Trigo serão reiniciados no início do próximo ano. (Com informações Cepea/Esalq)
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Com superávit comercial de US$ 58,2 bilhões neste ano, o agronegócio é mais uma vez a principal fonte de sustentação das contas externas brasileiras, graças ao seu poder de competição. As exportações de alimentos e matérias-primas de origem agropecuária têm sido favorecidas pelos preços internacionais. Mas esse benefício vem sendo contrabalançado em boa parte pela valorização do real, nociva não só à indústria manufatureira, mas também à produção rural e à agroindústria. Não há como desvincular o bom resultado comercial do setor de sua eficiência reconhecida internacionalmente. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ressaltou esse desempenho e projetou para este ano um novo recorde de exportação, US$ 75 bilhões, numa entrevista ao jornal Valor.
Segurança para produzir - Convidado para continuar no posto no próximo governo, ele citou esses números para falar de seus planos e transmitir um recado político: o setor precisa de segurança para produzir bem e para ser competitivo. É um lembrete oportuno, a duas semanas da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff. O agronegócio, um dos segmentos mais eficientes da economia, continua na mira do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do PT, do MST e de outras organizações comprometidas com as bandeiras do atraso. Ele não usou estas palavras, mas foi veemente na defesa de quem realmente produz. Não é justificável, segundo o ministro, a revisão dos índices de produtividade usados para a desapropriação de terras. Uma portaria já passou pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e está engavetada no Ministério da Agricultura, porque o ministro Wagner Rossi se recusou a assiná-la. Seu partido, o PMDB, aprovou em 2009 uma moção contra o aumento dos índices, mas o PT insistiu. A questão é geralmente apresentada como um conflito entre os grandes proprietários, defendidos no Congresso pela bancada ruralista, e os chamados movimentos sociais. Essa forma de apresentar os fatos escamoteia o problema essencial.
Interesse público - O maior interesse em jogo não é o de grupos econômicos ou de organizações privadas, mas o interesse público. A maioria dos brasileiros vive em cidades e depende de uma produção eficiente para ter alimentos abundantes, bons e baratos, acessíveis a qualquer trabalhador. É esta a questão básica. Um fato é inegável: o agronegócio nacional tem proporcionado esses alimentos e também um grande volume de matérias-primas para processamento industrial. Além disso, é competitivo nos mercados globais e suas exportações são a principal fonte do superávit comercial - uma fator importantíssimo para a estabilidade e a segurança econômicas do País. Pode ter havido razão econômica para a reforma agrária há algumas décadas. Mas a agropecuária brasileira transformou-se amplamente nos últimos 40 anos. Modernizou-se tecnologicamente e seus padrões de gestão foram atualizados. O setor produz muito mais que o necessário para abastecer o mercado interno e para atender à crescente demanda internacional. As políticas defensivas adotadas pelas grandes potências concorrentes são um dos melhores atestados dessas grandes transformações.
Agronegócio em alta - Os governantes têm reconhecido essas mudanças e louvado o agronegócio por sua contribuição ao crescimento e à segurança da economia. Mas têm adotado uma política esquizofrênica, acentuada nos oito anos de administração petista. O governo tem uma área encarregada de promover a expansão do agronegócio - o Ministério da Agricultura - e outras empenhadas em fustigá-lo - com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente na liderança. Ao insistir nas desapropriações, o governo faz uma perigosa confusão entre objetivos. Seu foco deveria ser a criação de condições de emprego para os grupos mais desfavorecidos e, de modo geral, menos preparados para trabalhar numa economia moderna. A agropecuária brasileira se modernizou. Os defensores da reforma agrária continuam no passado. A presidente eleita faria bem ao País se escolhesse o compromisso com a modernidade. (O Estado de S. Paulo)